Historias

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 36

Dito e feito. Ela viu Joseph atravessar a sala, e recuou um passo. Mas não correria. Não mesmo. Então ele a apanhou nos braços, e então a beijou. Demetria respondeu o beijo, mas não como era sempre. Apenas correspondeu. Tinha tanta raiva por amá-lo desse jeito. Ela conseguiu força pra se libertar do beijo dele por um instante, então...

Demetria: Por favor. – Pediu, com a voz quebrada e os olhos ainda fechados.

Joseph a observou por um momento. Era um condenado perto dela, só isso. Ela sentiu os braços dele se afrouxando, e abriu os olhos. Ele a observava, quieto.

Joseph: Vá tomar um banho quente. E vista algo mais agasalhado. Está frio. – Disse, o olhar misterioso, e se afastou dela, dando-lhe espaço pra sair. Demetria assentiu e deu as costas a ele, saindo dali.

Horas depois...

Na casa de Robert...

Kristen: Ela não vem. – Disse, encolhidinha em uma poltrona.

Selena: É melhor ligar. – Sugeriu.

Robert: Se ele fez alguma coisa, eu vou até lá. – Prometeu, apanhando o telefone.

Kristen: Rob... – Pediu, temerosa.

Sterling: Eu vou também, é claro. Adoro barraco. – Disse, soprando a fumaça de um cigarro.

No apartamento dos Jonas...

Joseph estivera quieto todo este tempo, pensando em tudo. Então reparara que Demetria também estava quieta demais. Depois do barulho do chuveiro, não houve mais nada. Ele respirou fundo e se levantou, avançando calmamente pelo corredor. Entrou no quarto, e viu ela encolhidinha em seu lado da cama, as mãos sobre a barriga, os olhos fechados
, o cabelo solto pelo travesseiro. Sorriu e se aproximou, sentando-se ao lado dela e pegando sua mão. Demetria abriu os olhos, duas pedras azuis, pra encará-lo. Seus olhos ardiam. 

Joseph: Não queria te acordar. – Disse, acariciando as costas da mão dela com o dedão.

Demetria: Não estava dormindo. – Respondeu, a vozinha rouca.

Joseph: Eu prometi que nunca mais iria lhe machucar, Ma Belle. E eu não vou. – Ressaltou, olhando a mão dela.

Demetria: Não pode afastar meus amigos de mim. – Disse, olhando-o.


Joseph: Não é minha pretensão. Eu só não... – Ele parou, e ela esperou – Não me peça isso, neném. – Pediu.

Demetria: Qual o problema com Robert? Desde sempre, Joseph. Me pondo entre os dois. Só me diga porque. – Pediu, olhando-o.

Joseph: Tem... tem algo nos olhos dele quando ele olha pra você. Algo que não tem nos olhos de Nicholas , nem nos de Sterling.

Demetria: Ele é louco pela Kris, você sabe disso.

Joseph: Eu sei. – Tranquilizou – Mas, não sei o que é, não gosto do modo como ele te olha. Faz com que eu me sinta acuado. – Explicou. – Está quente, Ma Belle. – Disse, segurando a mão dela entre as suas, sentindo a diferença da temperatura da pele dela.

Então, antes que Demetria pudesse responder, o telefone tocou.


Joseph: Alô? – Disse, a mente voltada a pele quente de Demetria, imaginando qual seria o problema.

Robert: Demétria, por favor? – Pediu, curto e grosso.

Joseph: Infelizmente ela não pode atender. E não poderá ir ao seu jantar, também. Nossas desculpas. – Disse, debochando.

Robert: Eu posso saber porque?

Joseph: Poder, não pode. Mas como eu estou de ótimo humor hoje, ela não está muito bem.

Robert: O que ela tem? – Perguntou, ainda achando que era mentira.

Joseph: Não é da sua conta. – Respondeu, perdendo a paciência.

Robert: Eu sou médico. – Lembrou.

Joseph: A mim, me dá igual. Não é o médico dela. – Dispensou.

Robert: Não me faça perder a paciência, Joseph. – Rosnou.

Joseph: Ok, agora eu estou realmente assustado. Mais alguma coisa? – Perguntou.

Robert: Estamos indo. – Avisou, e então o telefone ficou mudo.

Joseph: Que venham. – Disse, após por o telefone no gancho, despreocupado.

Então ele foi até o quarto, cuidar de Demetria. Queria que a mulher já tivesse em alto sono quando Robert chegasse.

Proximo capitulo...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 35

Demetria não falou nada a viagem inteira. Deus, Joseph estivera tão perto de brigar com Robert, por nada! Era inacreditável. Quando ele parou, no estacionamento do prédio dos dois, ela não disse nada. Tirou o cinto de segurança, pegou sua bolsa e saiu do carro, fechando a porta, deixando-o atrás de si. Joseph observou ela caminhar sob os tamancos altos, espantando alguma neve do sobretudo creme. Ele respirou fundo e saiu do carro. Alcançou Demetria quando ela chamava o elevador.

Demetria: Eu não quero falar. – Disse, quando sentiu ele se aproximar. Joseph apenas assentiu, quieto. Quem dera ela realmente não quisesse falar.

O elevador chegou, e os dois entraram. Logo saíram no seu andar. Demetria abriu a porta, e entrou em casa, tirando o sobretudo, e largando-o em cima do sofá.

Joseph: Pretende ir a algum lugar? – Perguntou, parando na porta do quarto, se encostando no portal, observando ela prender os cabelos.

Demetria: Vou a um jantar de boas vindas na casa de Kristen e Robert. Não devo demorar. – Disse, empurrando os tamancos com os pés.

Joseph: Por...?

Demetria: Por o que? – Perguntou, impaciente, se virando pra ele. Joseph viu a fúria contida no azul dos olhos dela.

Demetria viu o marido virar as costas, e sair dali. Ficou no quarto até esfriar a cabeça, e então foi atrás dele. A noite já caíra lá fora. Joseph estava quieto demais. Quando chegou a sala, ele estava sentado no sofá, com duas folhas de papel na mão, e parecia concentrado em comparar alguma coisa nos dois papeis.

Demetria: Eu vou deixar algo pronto pra você jantar. – Disse, atravessando a sala. Joseph ergueu os olhos, despreocupado, olhando-a passar com o a sua frente.

Joseph: Você não vai, Ma Belle. – Disse, abaixando os papeis.

Demetria parou onde estava, e se virou pra ele. Joseph largou os papeis de lado, e encarou ela. Havia um misto de raiva, increSelidade e ironia no rosto dela.

Demetria: Não?

Joseph: Não. – Confirmou.

Demetria: E você, quem é pra me dizer onde eu vou ou deixo de ir? – Perguntou, irritada.

Joseph: Sou seu marido. – Lembrou, como se a pergunta fosse tão obvia que não merecia ser feita.

Demetria: E como pretende me impedir? – Deu corda, deixando sua fúria se acumular.

Então ela viu um sorriso nascer no rosto dele. Um sorriso satisfeito, tranqüilo. Um sorriso de quem já tinha o jogo ganho. Demetria teve o súbito impulso de olhar pra porta. Joseph se acomodou na poltrona, esperando. Ela caminhou até a porta, e puxou a maçaneta. Não abriu. Trancada. Demetria sorriu consigo mesma e foi até a gaveta da mesinha ao lado da porta. Abriu a mesinha, e haviam alguns pertences, incluindo uma caixinha de madeira. Abriu a caixinha e... estava vazia. A chave reserva sumira.

Joseph: Não adianta, Ma Belle. – Disse, e estava certo. As portas estavam trancadas. Ela não poderia se jogar do 26º andar.

Demetria: Não pode me trancar. – Disse, virando-se pra ele.

Joseph: Amanhã de manhã as portas e janelas estarão abertas ao vento. Mas hoje está frio demais. – Disse, sorrindo do rosto dele.

Demetria: Me dê as chaves. – Pediu, se aproximando.

Joseph: Ma Belle, se você quisesse ir comigo pra onde quisesse, eu lhe entregaria as chaves. Se quisesse ir com Sterling, ou até com Selena, que é má influencia, eu as entregaria. – Disse, se levantando – Mas Robert não. Robert é pedir demais. – Ele caminhou até a janela, observando a neve cair.

Demetria: Joseph, está fazendo tudo errado. Não pode escolher com quem eu ando. Não pode me prender. – Ela respirou fundo, contendo a fúria – Meu amor, me dê as chaves. – Pediu. Joseph sorriu, se virando pra ela.

Joseph: Não adianta. – Repetiu.

Demetria: Eles vão vir. – Avisou.

Joseph: E eu os receberei. – Respondeu, tranqüilo.

Demetria explodiu.

Demetria: QUE DIABO, OLHE O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO! – Gritou, e Joseph esperou.

Joseph: Robert não, Demetria. – Disse, calmo.

Demetria: Não é meu pai. – Rosnou.

Joseph: Sou seu marido. – Repetiu.

Demetria: Só pelos próximos dez meses. – Disse, furiosa. Joseph a observou, e ela viu o choque riscar o olhar dele. Ela não havia falado no prazo do tempo desde que voltaram. Ele demorou um curto espaço de tempo pra responder.

Joseph: Então pelos próximos dez meses você vai ser submetida a tudo isso. – Disse, apontando pra porta trancada.

Demetria: Você enlouqueceu. – Acusou.

Joseph deu de ombros, olhando-a. Parecia ter o peso do mundo nos ombros. Demetria o encarou por minutos, esperando que desistisse daquilo, que visse a confusão que ia dar. Mas ele não se moveu.

Demetria: Eu... eu vou tomar um banho, e vou me deitar. – Disse, a meia voz, reconhecendo a batalha perdida. Joseph a observou, quieto.

Joseph: Irei logo. – Disse, relaxando a postura defensiva. Havia acabado.

Demetria: Não. – Disse, e ele a olhou. Ela sabia que era um grande erro fugir dele. Joseph era como um predador, e ela era a presa. Fugindo dele, despertava-lhe o desafio de domá-la, submetê-la. Viu o brilho do desafio riscar o olhar dele – Esta noite não.


Desculpem a demora estava viajando sem acessos. mas ai esta !! 

Proximo Capitulo...