Historias

terça-feira, 9 de setembro de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 40

Era madrugada. Joseph acordou sentindo seu corpo todo alerta, excitado, tenso. Demetria acordara várias vezes naquela noite, oras com calor e oras com frio, conforme sua febre ia e vinha. Joseph acordou todas às vezes e cuidou dela até que estivesse dormindo. Até que ela acordou, mas não com febre. Olhara o marido dormir por minutos. Então, subitamente, precisava estar com eles. Juntos, unidos em um só. Se movera silenciosamente, acariciando-o, beijando-o. Quando encontrou o feixe da bermuda dele, seu corpo já havia respondido absolutamente, enquanto o dono dormia. Demetria se livrou da calça do moletom, sempre com cuidado pra não fazer nenhum movimento brusco demais, temendo acordá-lo. Joseph só acordou quando o corpo dela se encaixou ao seu, ouvindo a respiração áspera dela próxima ao seu ouvido, ele soube que estava acordado. Abriu os olhos e arfou, cada pedaço do corpo sendo violentamente chamado a realidade.
Demetria não disse nada, continuou movendo-se sobre o corpo dele, calma e ritmadamente.

Joseph: É louca? – Perguntou, rouco, as mãos buscando a cintura dela e apertando-a. Ele afundou o rosto no ombro dela, beijando cada pedaço da pele com sede. Demetria riu, mordendo o a orelha dele, enquanto se apoiava em seus ombros pra se mover. – Que diabo, está doente, Ma Belle. – Grunhiu, o corpo oncilando junto ao dela.

Demetria: Não importa. Me beije.

Joseph: Maldita seja, Demetria. – Acusou, com a voz arquejante, e buscou a boca dela. Logo os lábios dos dois se encontravam com a mesma sintonia com a qual os corpos se moviam.Demetria sentiu as mãos dele subirem por dentro da blusa do moletom, removendo-o, e o corpo ainda frágil pela febre dela se encontrou com o quente e forte dele.

Logo Joseph apanhou ela pela coxa, mantendo-a presa ao seu corpo enquanto se deitava na cama, com ela por baixo de si. Estavam bem enquanto estivessem assim. Desse modo eram iguais, e estariam bem enquanto seguisse. Mas só enquanto seguisse.

Demetria ria levemente. Joseph estava afundado no travesseiro, deitado de bruços, um fio de suor correndo pelas costas, a respiração ofegante. Ela continuou, quieta, esperando. Até que a luz ao lado dele se acendeu. Demetria virou o rosto e viu a mão dele no abajur, e o rosto observando-a.

Joseph: É louca? – Perguntou, rouco. Demetria riu. – Está febril outra vez, Ma Belle? – Perguntou, incrédulo.

Demetria: Me sinto perfeitamente bem. – Garantiu.

Joseph: Eu poderia ter machucado você. – Ressaltou, atencioso e preocupado. Demetria assentiu, olhando-o – E o melhor é que você não está dando a mínima pra isso. – Disse, debochando de si mesmo.

Demetria: Não é pecado desejar meu marido, é? – Perguntou, virando o rosto pra encará-lo.

Joseph: Não comece. – Avisou, vendo o olhar dela. Demetria engatinhou até ele – Demetria Devonne, não. – Reprimiu. Então a boca dela tocou o primeiro músculo das costas dele, beijando atrevidamente – Sabe que não vou te fazer nada.

Demetria: Já o fez. – Sussurrou no ouvido dele, sorrindo, enquanto suas mãos subiam pelo peito dele, quente, abafado contra o lençol.

Joseph: Não fiz. Você o fez. – Contestou.

Demetria: Não o fez? – Perguntou, fazendo biquinho, e mordiscando a orelha dela.

Joseph: Demetria Jonas, é uma sedutora. – Acusou, e ouviu o riso dela atrás de si – É melhor você ir dormir.

Demetria: Mas eu não quero. – Disse, a voz envolvente como veludo, enquanto sua boca passeava pela nuca dela.

Joseph: E que diabo você quer? – Perguntou, exasperado, afundando o rosto no travesseiro de novo. A resposta demorou um instante pra chegar, e ele percebeu que ela se afastava, engatinhando de ré pro seu lado da cama. Então o hálito doce e quente dela tocou seu ouvido.

Demetria: Quero que o faça. – Sussurrou, e os lábios dela deixaram o ouvido dele.

Joseph virou o rosto, os olhos dilatados de desejo apenas pela voz dela, vendo a esposa ali, nua, engatinhando perto dele, os cachos caindo livremente pelos ombros e colo, os olhos azuis parecendo duas safiras, os lábios que pareciam pedir pra ser beijados.


Joseph: É um demônio. – Acusou, segurando-se em toda vontade que tinha pra não atacá-la. Não podia. Ela estava doente. Se resultasse pior, a culpa seria dele.

Demetria: E você me quer. – Disse, um sorriso nascendo em seu rosto. Joseph a observava, fascinado. Que ele a queria não era novidade pra ninguém – Mas não o toma, meu amor. – Provocou, virando o rosto pro lado – Não sabe a gana que tenho agora. Não faz idéia de como estou quente, de como o desejo, de como meu corpo está gritando pelo seu. Mas me castiga. – Disse, se fazendo de indefesa. Um sorriso breve nasceu no rosto de Joseph. Mal sabia ela com o que estava brincando. – Não me toca, me deixa sofrer.

Joseph: Está doente, neném. Se piorar, será mais uma culpa pra que eu leve. – Disse, e ela viu ele morder o lábio inferior ao final da frase. Faltava muito pouco.

Demetria: Mas eu quero. Eu estou pedindo.

Joseph: Não conta. – Disse, e ela viu a mão dele se agarrar distraidamente no lençol. Nem ele via o que estava fazendo.

Demetria: Hum... – Ela pensou. Precisava fazer algo agora, era o ultimo golpe, e ele perderia toda aquela resistência. Olhando a cabeceira da cama, algo riscou a mente dela.

Joseph viu ela engatinhar pra perto de si, e quase prendeu a respiração, se mantendo quieto. Mas ela não o tocou. Ele viu as mãos pálidas dela subirem pela cabeceira da cama e se manterem ali, suspensas, como se estivessem presas. Ela jogou o cabelo pro lado, o olhar encontrando o dele, e sorriu. E ele não acreditava que ela estava fazendo aquilo.

Demetria não viu como, nem quando. Ele parou, olhando-a por um instante, os olhos verdes sondando-a. Então, com um impulso, ele se ergueu, se pondo atrás dela. Ela se manteve quieta, ansiosa, os pulsos na cabeceira da cama.


O corpo dele colou ao dela, quente, forte, e ela arfou, sentindo as mãos dele passarem por seu quadril, subindo pelas costas, passando pelos braços, e realmente prendendo as mãos dela na cabeceira, enquanto com os joelhos abria as pernas dela, ficando ajoelhado dentre elas.

Joseph: Agora, quieta. – Disse, possessivo, e ela sorriu. Joseph baixou o rosto agressivamente pra pele exposta do pescoço dela, o tronco firme se deitando na pele pálida das costas dela, e ela arfou, sentindo-o morde-la com fome, beijá-la com gana.

Então, sem que ela esperasse, ele a possuiu. O corpo dos dois onSelou pra frente, fazendo ela se amparar na cabeceira da cama, franzindo as sobrancelhas com força. Não entendia porque se sentia assim. Toda essa gana, esse tesão incompreendido e sem fim, mas quase se desfez quando ele puxou mais seus cabelos a fim de buscar sua boca. Joseph se arremeteu a ela de novo, novamente os corpos dos dois foram contra a cabeceira da cama.


Demetria: Deus. – Arfou, baixando a cabeça, enquanto cravava as unhas na mão dele, que segurava seus pulsos.

Só ele era capaz de fazê-la sentir assim. Muitos pensam que sexo é uma questão de rapidez. Mas não. É rapidez, força, e jeito. Joseph sabia disso. Sabia exatamente o que fazer pra que ela não tivesse mais controle de nada. Assim os dois se consumiram como dois animais, com mais violência que da primeira vez. A cabeceira da cama se chocava com os impulsos dos dois, mas Demetria não tremulava, muito menos ele. Precisavam daquilo. Então, de repente, ela se sentiu muito perto do tão buscado orgasmo. Suas mãos tremeram, e ele sentiu, enquanto mordia a nuca dela. Demetria se moveu, ansiosa, mas a mão dele, autoritária, a manteve ali, impedindo-a de ir em frente, deixando-a no mesmo passo que ele.


Demetria: Por favor. – Choramingou, a voz quebrada, e ele sorriu, malévolo.

Joseph: Você pediu, Ma Belle. – Lembrou, investindo violentamente nela.

Demetria: Eu preciso... – E Deus, ela precisava. Com urgência, ou enlouqueceria.

Joseph: Precisa? – Demetria assentiu, franzindo o cenho e se agarrando a cabeceira da cama – Sim? – Ela confirmou, e ele sorriu – Mas não vai ter. – Provocou, e ela sentiu o ritmo dos movimentos dele se amenizarem. Ela quase chorou com isso.

Demetria: Joseph... – Grunhiu, lançando os quadris contra os dele. Joseph também estava perigosamente perto de seu alivio, mas queria vê-la assim, dependente dele.

E ele se pôs calmo, pra desespero dela. Por alguns minutos, assim foi. Então, do nada, a mão dele agarrou a cintura dela com força, e ele voltou a se mover, golpeando-a com mais força, mais violência. Demetria foi ao céu, enquanto seu corpo ia e voltava. Os cabelos lhe caíram ao rosto, mas ela não ligou. Logo não importava mais. Foi tomada por uma explosão agressiva, que lhe roubou os sentidos. Joseph a manteve, impedindo que caísse. Mas logo caiu junto com ela. Demetria soluçava e tremia, os pés dormentes, a testa soada. Joseph estava cansado e satisfeito quando puxou ela, mole, pros seus braços. Demetria o abraçou, ainda meio aérea.


Joseph: Está bem? – Perguntou, atencioso e preocupado, vendo-a quietinha. Demetria assentiu, sorrindo de leve - Minha louca. – Murmurou no ouvido dela, e ela sorriu mais ainda, os olhos ainda feJustin os.

Demetria: Meu amor. – Respondeu, erguendo os lábios pra beijá-lo ternamente.

Era por isso. Pelo conforto de casa, pela corpo quente dela, pela proteção, pela companhia, pelo brilho dos olhos dela, pelo timbre da voz dela quando gemia em seus braços, pelo modo que o azul de seus olhos brilhava quando ela dizia que o amava. Era por isso que ele tinha esperado 4 anos.]


Na manhã seguinte...


Próximo Capitulo... 

Desculpem a demora tive muitos problemas ! beijos 

PS. Eu Te Amo - Capitulo 39

Demetria estava usando um moletom preto, composto por calça e mangas cumpridas. Tinha apanhado o terno cinza grafite que Joseph lembrava ter largado no sofá quando chegaram e o vestira enquanto se abraçava. Os pés afundavam na neve enquanto ela avançava pro foco da briga. O rosto estava pálido, frágil, e os lábios tremiam levemente pelo frio. Os cabelos, de um chocolate intenso, brigavam com o vento e com a neve, caindo soltos pelas costas dela.

Robert: Demi. – Murmurou, vendo o estado dela.

Joseph: Satisfeito agora? – Perguntou, a voz tremula de tanta raiva.

Kristen saiu do carro e veio ajudar Selena a se levantar. A ruiva sacudiu os cabelos, espantando a neve, e passou a mão pelo rosto dolorido pelo impacto.

Selena: Sterling? – Perguntou, indignada.

Sterling: Ele não bate em mulher. Eu bato. – Disse, com a mão por cima da camisa branca, onde havia a marca de um sapato. – E nunca mais me chute. – Avisou. Selena revirou os olhos.

Joseph: Ma Belle. – Murmurou, passando a mão nos cabelos. Robert ainda olhava Demetria, paralisado.

Joseph caminhou até Demetria, tirando o sobretudo que usava. Ele passou o sobretudo pelos ombros dela, por cima do terno, e abotoou-o na altura dos seios dela, agasalhando-a. Selena se aproximou, os cabelos castanhos  ricocheteando ao vento.

Selena: Demi? – Chamou, após se aproximar – Você...

Demetria: Eu estou bem, Sel. – Disse, enquanto Joseph tirava seus cabelos de debaixo do sobretudo – É só um mal-estar, um pouco de febre, dor de cabeça. Mas vou ficar bem. – Prometeu.

Joseph: Como eu disse. – Disse, deboJustin o.

Selena: Não se meta. – Rosnou pra ele, agasalhando os ombros de Demetria.

Robert: Nós ficamos preocupados. – Disse, a voz se revelando perigosamente próxima. Joseph se virou bruscamente, vendo Robert atrás dele. Robert atendeu na retaguarda. Demetria interferiu.

Demetria: Por favor. – Pediu, com a voz fraca – Rob, vê, eu vou ficar bem. Se não melhorar, eu vou ao hospital.

Robert: Tudo bem. – Recuou, vendo o estado debilitado dela. – Selena, vamos embora. – Disse, apanhando o braço de Selena.

Selena: Não pense que vai ficar assim. – Avisou a Joseph, mais em uma ameaça.

Joseph: Vá pro inferno. – Mandou, revirando os olhos.

Selena saiu, caminhando com Robert. Ele abraçou Kristen pelo ombro, selando os lábios com os dela, e a levou até o carro. Abriu a porta pra ela. Logo o volvo prateado se retirou dali. Sterling o imitou, e foi seguido por Selena. Logo o portão do prédio se fechou. As pessoas foram voltando pra suas casas, o silêncio foi reinando.

Joseph: Seus pés. – Disse, desgostoso, vendo os pés dela, mais brancos que o resto do corpo, afundados na neve. – Vamos pra casa. - Disse, após passar a mão na maçã do rosto dela.

Ele se abaixou, apanhando-a pelas dobras dos joelhos, e a carregou. Demetria não disse nada, se sentia completamente mal, bem pior agora. Afundou a cabeça no ombro dele e se deixou ser levada pra casa. Estava acabado. Por enquanto. Na verdade, eles não faziam a mínima idéia do que estava por vir.

-

Joseph levou Demetria de volta pro quarto. Ela estava quietinha quando ele a pôs na cama.

Joseph: Frio? – Confirmou, retirando o sobretudo chamuscado de neve dos ombros dela.

Demetria: Bastante. – Assumiu, com a voz quebrada.

Joseph: Eu vou resolver. – Prometeu, enquanto tirava seu terno que ela havia vestido, deixando-a de moletom novamente.

Joseph foi até o banheiro, e voltou com uma toalha. Demetria viu ele apanhar um pequeno controle na mesinha, e após desligar o ar condicionado, ajustou o aquecedor.Ele se sentou aos pés da cama e apanhou os pés dela, secando-os e aquecendo-os.


Demetria: Obrigado. – Disse, vendo-o cuidar de seus pés.

Joseph: Por? – Perguntou, friccionando a toalha nos tornozelos dela.

Demetria: Por não ter brigado com ele. – Disse, se afundando no travesseiro quente. Joseph olhou pra frente, quieto – Quero dizer, você se controlou. Mandou chamar a policia, mas não avançou pra ele. Atendeu o que eu pedi.

Joseph ficou quieto, aquecendo os pés dela. Ela provavelmente estava avançando pelo apartamento, ou no elevador, quando a briga quase estourou. Não vira nada. Se chegasse cinco minutos antes, o teria visto. Mas não viu. Que continuasse assim. Como diria o ditado: que os olhos não vêem, o coração não sente.

-

Robert: Passa algo? – Perguntou, vendo Kristen quieta.

Era o apartamento de Robert e Kristen. Ele estava deitado, de bermuda, e ela de pijama, saindo do banheiro. Mas Robert conseguia distinguir cada pedacinho do rosto dela. Cada palmo.Estava tensa.

Robert: Venha aqui. – Chamou, estendendo a mão.

Kristen foi, engatinhando pela cama, e Robert a abraçou, fazendo-a deitar-se em seu peito. Ela se abraçou ao marido, manhosa, e ele sorriu.

Robert: O que tem aqui dentro agora? – Perguntou, beijando a testa dela.

Kristen: Só estou um pouco preocupada com a Demi. – Explicou, dando de ombros. – Quero dizer, ela estava muito pálida.

Robert: É a cor que uma pessoa assume se tem febre e se expõe a uma temperatura drasticamente menor a que seu corpo consegue manter. – Explicou. Kristen gemeu, apoiando os braços no peito dele, erguendo o rosto. Robert soprou os longos cabelos da esposa, rindo.

Kristen: Porque diabos eu me casei com um maldito medico? – Perguntou, meio exasperada, fazendo ele rir gostosamente.

Robert: Talvez você precisasse de um. – Disse, selando os lábios com os dela várias vezes. Kristen sorriu, aceitando os beijos do marido.

-


De volta ao apartamento Jonas...

Próximo Capitulo...

PS. Eu Te Amo - Capitulo 38

Joseph: Abra. – Ordenou ao porteiro em um sibilo. Com um rangido, o portão começou a se mover pra esquerda, abrindo caminho. Selena fechou a porta do carro e veio na direção dos dois. Kristen obedecera o marido e esperava, temerosa. Sterling estava sentado no capô do seu carro.

Robert: Onde ela está?

Joseph: Que diabo, não ouviu quando eu disse da primeira vez? NÃO É DA SUA CONTA! – Rugiu, passando pelo portão. Usava um sobretudo preto que o deixava ainda mais ameaçador.

Selena: O que fez com ela?! – Perguntou, a voz fina cortando a noite, se misturando com a neve.

Joseph: Selena Marie, faça-me um favor? Cale essa boca. – Disse, lançando um olhar de desprezo a ruiva. – Alguma pergunta, Sterling? – Perguntou, ameaçador, virando-se pra Sterling.

Sterling: Estou aqui só de espectador, obrigado. – Dispensou, acenando e sorrindo.

Joseph: Fora daqui. Os dois. – Voltou-se a Selena e Robert.

Segurança do Prédio: Senhor... – Começou.

Joseph: Não se meta. – Disse, sem olhar o outro – Fora! – Repetiu.

Robert: Só quando ver ela. – Impôs, as narinas infladas de raiva.

Joseph: MALDIÇÃO, ESTÁ DOENTE! – Rugiu.

Selena: O que ela tem? – Desafiou.

Joseph: Está febril. – Respondeu, com a voz entediada.

Robert: Só acredito vendo.

Joseph: Então não vai acreditar. Ela dormiu. – Rosnou – Agora você, como o digno profissional que supostamente diz ser... – Interrompido.

Robert: NÃO LHE IMPORTA QUEM EU SOU! – Gritou, perdendo a paciência.

Joseph: ME IMPORTA QUANDO VOCÊ ARMA UM CIRCO NA MINHA RUA, QUANDO QUER ENTRAR EM MINHA CASA SEM SER CHAMADO ATRÁS DE MINHA MULHER, QUE ESTÁ DOENTE! – Rugiu de volta. Sterling desceu do capô do carro. Alguém tinha que separar aquilo.

Sterling: Tudo bem, senhores, eu acho que já basta. Temos platéia o suficiente. – Disse, se aproximando dos dois, os cabelos louros sendo espantados pela neve. Vários vizinhos saíram de seus apartamentos pra olhar, ou estavam na janela. Haviam alguns repórteres ali também. Demetria era famosa. Joseph e Robert eram conhecidos, cada um em sua área.

Selena: Só vai bastar quando Demetria aparecer. – Desafiou.

Joseph: Selena Marie, eu não bato em mulheres. Não me obrigue a abrir uma exceção. – Rosnou.

Selena: Estou tremendo até a raiz do cabelo. – Debochou.

Robert: Ah, mulheres não? Tudo bem, vamos tentar com homens. – Rosnou, por dentre um sorriso torto.

Foi um pandemônio. Sterling se lançou no meio dos dois, evitando a colisão, levando os impactos. Kristen choramingou. Selena se ergueu em um pé e chutou a barriga de Sterling com o salto da bota. O louro arqueou, xingando-a, e empurrou Joseph, enquanto tossia. Os seguranças entraram no meio. Sterling se recuperou, entrando no meio. Joseph parecia destinado a destruir o rosto de Robert, mas como não conseguia alcançá-lo, sua fúria aumentava assustadoramente. Robert era rápido, mas haviam Sterling, os seguranças e o porteiro, eram muitos pra driblar. Sterling deu uma cotovelada em Robert e ganhou tempo pra ir até Selena. Todos viram ele passar o pé pelo meio das pernas dela e empurrá-la pelo colo, fazendo a ruiva levar uma bela queda, os cabelos castanhos enfeitando a calçada branca pela neve, o rosto afundando no gelo frio.

Sterling: AGORA JÁ CHEGA! – Disse, apanhando Robert pela gola da camisa. O ruivo foi arremessado contra o capô de seu volvo, e Sterling o manteve lá, com um esforço absurdo.

Joseph: CHAME A POLICIA! – Rugiu ao porteiro, recuando do tumulto, o sobretudo formando um redemoinho imponente a sua volta, furioso, enquanto Robert conseguia se desvencilhar de Sterling.

Mas então uma voz rouca, por ser baixa e fraca, chamou a atenção.



Demetria: Não chame. – Pediu, aparecendo na direção do elevador principal. Todos a olharam. A fúria de Joseph só pareceu aumentar a ver a mulher parada ali, descalça com os pés na neve, se abraçando, pálida e desprotegida, quando devia estar dormindo, aquecida em seu quarto.

Só aumentou, se é que isso ainda era possível.

Próximo Capitulo...

PS. Eu Te Amo - Capitulo 37

Joseph: Pronto. – Disse, voltando ao quarto. Ele passou a mão pelo pescoço dela, sentindo a pele febril. – Tem febre, Ma Belle. – Disse, preocupado.

Demetria: Tenho frio. – Admitiu, se encolhendo. – Acho que é alguma virose.

Joseph: Vou levar você ao médico. – Disse, prontamente, se levantando. A mão de Demetria o segurou, e ele a olhou.

Demetria: Não. – Pediu.

Joseph: Você precisa. – Disse, se sentando novamente.

Demetria: Preciso que fique comigo. – Disse, manhosa, e se sentou, se abraçando a ele. Joseph sorriu e a admitiu dentre os braços, sentindo o corpo quente e molinho dela.

Joseph: Parece uma criança de colo. – Disse, apanhando-a em seus braços. Ele pôs Demetria em seu colo, virada de lado, e ela se aninhou ali.

Demetria: Tenho remédio receitado. Não preciso de um hospital. – Propôs.

Joseph: Pois muito bem. Lhe dou o remédio, e se não passar, pela manhã vamos ao hospital. E eu não quero ouvir objeção. – Disse, vendo um biquinho no rosto dela. Demetria sorriu, aceitando.

Joseph se levantou e buscou o remédio, dando a ela em seguida. Então buscou um roupão agasalhado, de veludo, pra ela. Em seguida, pôs ela de volta na cama. Embalou o sono dela por minutos, só que quando ela estava quase pegando no sono, o interfone tocou. Maldição.


Joseph: Eu atendo. – Disse, se levantando.

Demetria: Amor. – Segurou-o, e ele a olhou – Não brigue com ele. Joseph, eu te imploro. – Pediu.

Joseph não disse nada. Apenas se levantou e saiu do quarto.

-

Joseph caminhou calmamente até o interfone. Tinha ganas de atender e mandar que Robert subisse, e acabar com a raça dele antes que conseguisse cruzar o corredor. Ele parou perto do interfone, que chamava, decidido. Porém...

Amor, não brigue com ele. Joseph, eu te imploro.

Joseph parou olhando o interfone. Que diabo. Ele respirou fundo, usando cada fibra que tinha, e ergueu a mão. Ao invés de apanhar o fone, a mão dele sondou a lateral do interfone. Joseph desligou o alarme do interfone. Desse modo, o aparelho apenas piscava, avisando que estava chamando, mas sem volume. Ele respirou fundo e virou o rosto, voltando pro quarto.


Joseph: Pronto. – Disse, sorrindo pra ela.

Demetria: E...? – Perguntou, quietinha. Sua cabeça começava a doer.

Joseph: E... não importa mais. – Disse, se aproximando dela. Demetria sorriu e estendeu as mãos pra ele, chamando-o. Joseph se sentou ao lado dela e a apanhou no colo, abraçando-a, e beijou-lhe os cabelos – Continua quente demais. – Murmurou nos cabelos dela.

Demetria: Vai passar. Fique aqui. – Disse, se aninhando a ele. Joseph a aceitou, Ashley ndo-a, e contendo a fúria que corria por debaixo da sua pele.

Enquanto isso, na portaria...


Porteiro: Não atende. – Disse, pondo o interfone no gancho.

Selena: Eu tenho permissão pra subir sem interfonar. – Lembrou, prática.

Porteiro: Não tem mais. – Selena o olhou, indignada. Sterling assoviou, divertido – O Sr. Jonas deu ordens expressas pra que todos fossem anunciados.

Sterling: Tente de novo. – Disse, com as mãos nos bolsos. O porteiro voltou a interfonar. – Eu vou ficar no carro. Tá frio demais aqui. – Disse, chutando a neve.

Selena: Você não saia daqui. – Rosnou. Sterling revirou os olhos.

Kristen: Será que ela tá bem? – Perguntou, pequenininha, se abraçando, enquanto olhava pra cima.

Selena: Eles estão ai. O apartamento está aceso. Ele não está deixando ela atender. – Disse, se virando pra Robert. O ruivo assentiu, olhando as luzes fracas do 26º andar do prédio. Não havia como confundir o apartamento, era a cortina que Demetria escolhera, todos a conheciam.

Porteiro: Nada. – Disse, pondo o fone no gancho.

Robert: Tudo bem. Sterling, - Sterling o olhou – Quero que faça uma coisa. – Disse, olhando a luz do apartamento de Demetria.

Sterling: O que? – Perguntou, desconfiado.

Robert: Algo que você faz muito bem. – Disse, sorrindo torto.

Sterling: Que diabo, o que? – Perguntou, ficando impaciente.

Robert: Barulho. – Disse, se virando pra Sterling. Viu a carinha confusa do louro, e olhou pro carro de Sterling parado atrás dele, logo voltando o olhar pra ele.



Selena entendeu o recado e saiu, pegando a chave de seu carro. Robert deu a meia volta, abraçando a esposa, e saiu caminhando. Logo três carros paravam na frente da portaria do prédio. O porteiro saiu, pra chamar a segurança. Logo o barulho ensurdecedor de três buzinas se confundia com o riso de Sterling, que além de buzinar, jogava com os pneus do carro, que gritavam em protesto contra o asfalto da rua. Os vizinhos saíram pra olhar, comentavam do absurdo que era. Logo a porta do elevador principal se abriu. Joseph saiu de lá, as pupilas dilatadas de raiva, as mãos tão tensas que pareciam que iam se curvar em garras. Robert sorriu, satisfeito, e saiu do carro. Kristen tentou acompanhá-lo, mas ele fez sinal pra que ela ficasse. Isso era entre ele e Joseph.


Joseph não veio sutilmente. Estava furioso. 

Próximo Capitulo...