Historias

terça-feira, 14 de outubro de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 42

Quando Demetria conseguiu, enfim, chegar ao ateliê, era hora do almoço. Ela tinha o rosto risonho, a pele corada, e uma carinha sapeca. Selena já havia almoçado, e Sterling devorava um X-bacon. Ela deu bom dia, e foi pro seu lugar, começando a remexer tudo, trabalhando a toda. Selena a observava, e Sterling também, enquanto mastigava.

Demetria: O que há? – Perguntou, apanhando sua máquina. Demetria, além de pintar, fotografava, era um detalhe a se lembrar.

Selena: Pensei que não viesse hoje. Estávamos preocupados. – Sterling assentiu.

Demetria: Foi só uma febre boba, passou logo. – Ela cheirou o ar – X-Bacon no almoço, Sterling? – Perguntou, se levantando.

Sterling: Tô cuidando da minha mão. – Disse, risonho, de boca cheia. O estomago de Demetria embrulhou com o cheiro forte de bacon, e ela fez uma careta, baixando o rosto pra câmera profissional. Demetria mexeu em alguns controles, até que o assunto veio a tona.

Selena: Pensei que o brutamontes do seu marido não lhe deixaria vir trabalhar. – Alfinetou.

Sterling: Selena. – Advertiu, após engolir o que tinha na boca.

Selena: É a verdade. – Disse, largando uma caneta na mesa e se recostando em sua cadeira.

Demetria: Não fale assim dele, Sel, por favor. – Pediu, equipando a maquina.

Selena: O que esperava que eu dissesse depois de ontem? – Perguntou, observando a amiga. – Ele quase avançou no Rob. Por nada, Demetria, por nada! – Acusou – Até quando você vai permitir isso?


Demetria: Eu não vou permitir nem proibir nada. Ele é meu marido, teve ciúmes. Não defendo a reação dele, é claro, mas o Rob não leva uma auréola. – Ela ergueu o rosto – E, se quer saber, ele concordou em que eu marque um jantar, com todos nós, Robert e Kristen inclusos, pra nos... conhecermos melhor. – Disse, satisfeita. Ela riu consigo mesma, se lembrando das condições de Joseph quando ela pediu isso.

Selena: Está pedindo permissões agora, Deus a abençoe. – Disse, irônica.

Demetria: Assunto encerrado, Sel. Você é nossa convidada, mas não vou forçar você a ir. – Disse, ainda mexendo na maquina.

Sterling: Eu vou, aviso prévio. – Demetria riu – Vai fotografar o que? – Perguntou, mudando o assunto antes da resposta de Selena.

Demetria: O dia está bonito. Achei que daria uma boa foto. Depois pensei em ir ao cais, Joseph me chamou, então eu poderia tentar umas fotos pra próxima vernissage. – Disse, caminhando até a janela. Selena suspirou, deboJustin a. Demetria ignorou.

Sterling: Soube que o cargueiro que estava lá finalmente foi embora. – Comentou, mordendo o sanduíche.

Demetria: Melhor ainda, tenho vista livre. – Disse, animada. Ela levou a câmera ao rosto, fotografando as pessoas que passavam no térreo, o céu nublado de Londres, enfim.

Naquele dia, Demetria trabalhou. No dobro de seu normal. Robert esteve lá, atencioso, e constatou que Demetria não tinha absurdamente nada. A loura terminou uma tela, comeu uma enorme porção de sushi, e trabalhou de novo. Sterling achou graça, mas não riu muito. O tratamento que se aplicava estava dando certo – a mão estava finalmente inflamando, e aquilo doía. Logo voltaria ao hospital. Selena apenas observou.

Selena: Mas pelo amor de Deus! – Exclamou a certo ponto, quando Demetria começou uma tela. Era hora de parar. Sterling estourou em risos.

Demetria: O que foi? – Perguntou, perdida na conversa.

Selena: Você parece uma locomotiva, o que há com você, Demetria? – Perguntou, exasperada.

Demetria: Nada. – Disse, fazendo uma careta confusa.

Selena: Impossível.

Sterling: Eu sei de uma coisa que deixa uma pessoa bem... digamos que... elétrica. – Disse, se recostando em sua cadeira.

Selena e Demetria: O que? – Perguntaram, juntas, olhando-o.

Sterling: Sexo, ladies, sexo. – Disse, rindo. Demetria corou. – Em boa quantidade, e bem feito. É bem revigorante. – Disse, tranqüilo.

Demetria: Você é patético. – Disse, parada, o rosto queimando de uma vergonha que ela não sabia porque levava, parada onde estava, com o avental de pintura e um pincel em uma mão.

Selena: Claro que não. – Disse, revirando os olhos.

Sterling: Porque não? – Perguntou, se indignando.

Demetria: Virou graça agora. – Disse, olhando de um pro outro.

Selena: É CLARO que ela não transou com ele. Não depois de ontem. – Disse, obvia. Demetria ergueu as sobrancelhas. Sterling estourou em um riso gostoso, jogando a cabeça pra trás – Não transou, não é? – Perguntou, desconfiada.

Demetria arregalou os olhos e se virou pro quadro. Não acreditava que estavam discutindo aquilo. Mas uma frase de Selena ecoava em sua cabeça. “Não depois de ontem.”. Ontem. Demetria teve flashes vividos da noite passada em sua cabeça. Da expressão dele, dormindo, enquanto ela lhe fazia amor. A surpresa nos olhos quando acordou. Depois, a carinha dele de tentado, enquanto ela o seduzia. O peitoral forte, quente, amparado em suas costas, e as contrações que ela sentia vindo dele a cada investida que lhe dava. Ela sorria, olhando a tela, o olhar distante, quando um grito lhe chamou.


Selena: DEMETRIA LOVATO! – Gritou, e Demetria se virou, de sobressalto. Sterling quase se dobrava de rir.

Demetria: O que? – Perguntou, exasperada. Selena estava de pé, olhando-a. – Eu preciso ir. – Disse, tirando o avental.

Selena: Pra onde?! – Perguntou, confusa.

Demetria: Preciso ir. – Se resumiu, olhando o relógio – Arrumem tudo por mim. – Disse, pegando seu sobretudo. Sterling parecia que ia asfixiar.

Sterling: Socorro. – Grunhiu dentre o riso, apertando a barriga com a mão boa.

Então Demetria se foi. Selena se sentou, boiando em tudo, e Sterling ainda ria.

Próximo Capitulo...


PS. Eu Te Amo - Capitulo 41

Joseph e Demetria estavam na garagem. Ele se despediu dela com um beijo apaixonado, e seguiu em direção ao seu carro. Demetria ao seu. Ela observou ele dar a partida no carro, e pôs a chave na ignição do seu. Sem resposta. Joseph já estava quase saindo, quando viu o rosto dela frustrado, pelo retrovisor do carro. Ele franziu o cenho, e diminuiu a velocidade, ganhando tempo pra observar. Demetria tentou ligar o carro de novo, sem sucesso. Ele viu a porta do carro dela se abrir e a delicada perna da esposa sair, sob um salto alto, coberta por uma fina meia calça. Joseph parou seu carro, observando-a. Demetria observou o carro, irritada, aparentemente tentando saber qual o problema. Joseph sorriu de canto, quase podia ver a carinha irritada dela, os cabelos caindo no sobretudo bege que ela usava. Demetria virou o rosto ao ver o carro do marido dar a ré, voltando pra ela.

Joseph: O que passa? – Perguntou, após sair de seu carro.

Demetria: Essa porcaria não liga. – Disse, olhando o carro – Juro que não entendo. – Joseph passou por ela, o terno fino lutando contra o vento arisco da manhã, e se sentou de lado no carro. Puxou a marcha e tentou dar a partida. O carro roncou, mas não ligou. – Vou trocá-lo. – Decidiu.

Então ele saiu do carro dela. Foi até a frente dele, e abriu o capô. Ela viu os olhos verdes estudarem o interior do carro, sendo que ela era leiga ali. Poderia olhar por horas, o problema poderia estar em seu rosto, e ela não saberia dizer. Foi quando ele tirou o terno. Demetria observou os músculos do marido, cobertos pelo linho da refinada camisa branca, e sentiu um assalto incompreendido de desejo por ele. Novamente. Ele, sem perceber a reação dela, pôs seu terno a salvo dentro do carro dela e abriu os pulsos da camisa, dobrando-a até os cotovelos. Demetria queria muito se entender naquele momento. Não era normal.

Mas vê-lo ali, as mãos sumidas dentro do capô do carro, o rosto concentrado, os cabelos ainda meio úmidos pelo banho a pouco tomado, naquela roupa social... Demetria olhou os braços dele, soltos da camisa. Lembrou-se do poder que eles tinham, quando a aprisionava. Mil lembranças riscaram sua cabeça. Algumas recentes, outras nem tanto. Lembrou-se da rigidez das mãos, e da virilidade.


Joseph: Não acho que seja o caso de trocar. É um bom carro. Pneus furam, Ma Belle. E eu não tive nada a ver com o ultimo, eu juro. – Disse, erguendo o rosto. Então encontrou o olhar dela – O que há?

Demetria se sentou na beira do capô do carro, do lado dele, observando-o. Joseph estudou a expressão do rosto dela cuidadosamente e sorriu, negando com a cabeça. Ele se inclinou e tomou os lábios dela em um beijo agressivo, ofensivo. Demetria segurou o rosto dele com as mãos e retribuiu o beijo com ganas. Ela ouviu ele fechar o capô do carro com um baque, e sentá-la nele, se pondo dentre suas pernas. O abraçou pela firme cintura, acolhendo-o dentre suas pernas de modo que a saia que usava correu mais pra cima. As mãos de Joseph sondaram por debaixo da saia dela, se frustrando ao se encontrar com a meia calça que a protegia. Ele apertou as coxas dela com gana e a puxou mais pra ci, chocando a cintura dos dois. Demetria sorriu, satisfeita, mas então percebeu que ele se afastava do beijo dela.


Joseph: O que há, Demetria? – Perguntou, fascinado, segurando-a pelos quadris enquanto ela enchia seu pescoço de beijos e chupões.

Demetria: Vamos subir. – Convidou, com a voz quebrada, as mãos apertando a camisa engomada dele, formando amassões. Joseph riu da espontaneidade dela. Ele abriu os olhos e viu uns adolescentes do prédio passando na outra extremidade do grande estacionamento. Comentavam, animados, a cena que supunham estar ocorrendo. Joseph riu com isso.

Joseph: Faz menos de 3 horas desde a ultima vez. – Lembrou, estranhando o desejo repentino da esposa, sentindo as mãos dela sondarem seu cinto.

Demetria: Precisamos subir. – Insistiu.

Joseph: Porque? – Perguntou, achando graça do jeitinho dela, e ao mesmo tempo subindo com as mãos pelas costas dela, debaixo do sobretudo e da blusa.

Demetria: Minha meia calça. – Disse, manhosa, beijando o lóbulo da orelha dele.

Joseph: E que maldita seja. O que há com ela? - Perguntou, mordendo a maçã do rosto dela.

Demetria: Desfiou.

Joseph: É mentira. – Disse, rindo de leve.

Ele viu ela baixar a mão até a coxa, a unha pegando a meia calça fina. Logo um grosso fio se soltou, descendo pela perna dela. Demetria continuou, até que havia um rasgão na meia calça.


Demetria: Não é mais. – Disse, sorrindo. Joseph observou o trecho da pele dela, descoberta pelo rasgão.


Demetria se surpreendeu quando ele se abaixou. Joseph pegou o rasgão com as duas mãos e puxou, terminando de rasgar a meia dela. Segurou sua coxa com ambas as mãos, como quem segura uma fruta a ser devorada. Demetria arfou quando a boca dele encontrou sua coxa, que ele segura com as duas mãos, mordendo-a, chupando-a, instigando-a. E cada vez a boca dele subia mais pela coxa, rasgando mais, se tornando mais intimo. Demetria tinha tremores, quieta, de olhos feJustin os. Então Joseph se tocou de onde estava, e o que estava prestes a fazer. Ela suspirou, frustrada, quando ele se levantou.


Joseph: Vamos subir. – Disse, rouco de desejo. Precisava do gosto dela em sua boca, e daria um show se continuassem ali. Ele puxou Demetria do capô do carro, e ela foi, de bom grado.

Joseph travou os carros dos dois, pouco se importando se o seu estava mal estacionado. Ele apanhou ela, risonha, pelo braço, e eles subiram.

Proxímo Capitulo....