Historias

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 79

Quando Joseph se aproximou Demetria, ela, ainda histérica, apanhou a pesada mesa de madeira pelas bordas, e virou pro lado dele. A mesa era pesadíssima pra ela, mas não pra ele; ele amparou a mesa antes que caísse pro seu lado (provavelmente quebrando seus dois pés) e jogou na direção dela, mas não nela, e sim na estante de livros que estava atrás dela. A mesa foi de encontro à estante, se batendo fortemente com ela, e caindo no chão com um barulho ensurdecedor.
Vários livros caíram da estante (que fazia contorno a toda a parede da sala, do chão até o teto, e era presa na parede, por isso não desabou), acumulando o barulho com os pinceis de Demetria. Falando em Demetria, essa não tinha mais nenhum móvel entre ela e o marido, que agora estava no ápice de sua fúria. Ela foi olhou em direção da porta, mas pra seu desalento ela se lembrou que ele havia feJustin o ao entrar. Não daria tempo de correr. Seja então o que Deus quiser.

Joseph avançou pra ela, que a inicio pensou que ele fosse lhe dar uma bofetada. Mas não, a mão dele traçou do rosto dela até a nuca, onde apanhou um punhado de cabelo com força, fazendo-a parar de atirar as coisas nele, mantendo o rosto dela inclinado pra trás pelo puxão.

Joseph: Agora você vai parar de agir como uma criança, porque eu não sou seu pai pra te agüentar. – Disse, a voz docemente raivosa. Agora sim, era o Joseph de antes, pensou ela enquanto encarava-o, raivosa. Quando brigavam, era exatamente assim que ele agia. Sem ‘não me toques’ pro lado dela. Ele ter perdido as estribeiras e aparente controle não era algo que confortava ela agora.

Demetria: Me largue. – Rosnou, se debatendo, e o puxão em seu cabelo se tornou mais forte, fazendo-a parar.

Joseph: Eu disse pra parar. Agora. – Disse, os dois olhos tão ameaçadores que causavam um arrepio na espinha dela. O verde esmeralda dos olhos dele parecia agressivo só ao olhar.

Demetria: Eu vou dar queixa de você por agressão. – Rosnou. Ela viu um sorriso nascer no rosto dele; um sorriso malévolo, malicioso, e se refletia em seu olhar – Eu juro por Deus que eu vou, Joseph.

Joseph: Vai nada. – Debochou, sorrindo. Demetria gemeu quando ele apertou mais o cabelo dela. Demetria percebeu, instantaneamente, que gemer fora um erro absurdo de sua parte nesse momento. Algo que ela não queria agora faiscou junto com a raiva, nos olhos dele – Saia daí, não quero que se machuque. – Disse, indicando os cacos de vidro da lâmpada do abajur, e de dois porta-retratos dela que quebraram quando a mesa virou.

Demetria: Não. – Disse, fincando pé no chão. – Não vou me machucar, e você vai me largar. Agora, Joseph, eu não estou brincando.

Joseph: Ah, você não tá brincando mais, neném? – Perguntou, o sorriso faiscante aumentando em seu rosto. Ela viu ele se aproximar. – Mas agora eu estou. E eu não pedi pra você sair daí, eu mandei.

Demetria: Você não manda em mim. – Rosnou, a cabeça se inclinando mais pra trás conforme o puxão dele aumentava.

Joseph: Pode ser. Só que eu sou mais rápido você, mais forte que você, - Disse, e ela sentiu a mão dele passando sutilmente por sua cintura. Em seguida ele a ergueu do chão, retirando-a do circulo de cacos de vidro, e andou até um ponto em que o chão estava livre – E tenho mais força de vontade que você. – Concluiu, deboJustin o.

Demetria teve um ataque: era agora ou nunca. O acertou de todos os modos que conseguiu pensar, com tapas, unhadas, se debateu, o empurrou. Joseph se esquivou da maioria, mas isso não o deixou imune da unhada que levou na maxilar direita, nas quais três fios de sangue começaram a cair tranquilamente, da bolacha que o atingiu na outra face, e dos arranhões mais leves que seu pescoço levava. Ele franziu o rosto, tirando-o do alcance de Demetria, então ela acertou seu pescoço, deu braço, e continuava se debatendo. Joseph suspirou, quase como entediado, e apanhou um dos braços frágeis dela e puxou com força, fazendo-a girar, dando as costas a dele, enquanto a outra mão puxou o cabelo dela com força. O choque a fez parar.


Demetria: Ai! – Protestou, contra a dor no braço preso.

Joseph: Se eu não soubesse do seu gênio até acharia que você realmente queria me machucar. Mas não queria, não é, Ma Belle? – Perguntou, a voz doce e o hálito quente no ouvido dela.

Demetria: Eu vou gritar. – Avisou, tentando mover a cabeça. Mas os cabelos embolados a mão dele não permitiram. Ele resultaria lhe arrancando um punhado de cabelo, isso sim.

Joseph: E depois de todo o barulho que já fizemos, acha que alguém vai aparecer? – Perguntou, a boca acolhendo a orelha em beijos seguidos.

Demetria virou o rosto pro lado oposto, custando mais um puxão de cabelo, querendo sair dos beijos dele. Foi um alivio pra ela quando sentiu ele soltar seu cabelo. Ela arfou, sentindo o couro cabeludo latejar. Então sentiu pra que ele soltara seu cabelo: precisava da mão livre pra desfazer o nó do roupão, que era o que ele fazia agora. Demetria usou a mão livre pra tentar impedir a mão dele, sem muito sucesso. Era só um laço, e mesmo com a mão dela contendo-o, foi só puxar e o roupão se abriu, revelando a lingerie preta que ela usava por baixo.

Joseph: Sabe qual a verdade, Ma Belle? – Perguntou, sussurrando no ouvido dela, enquanto sua boca descia vertiginosamente pela pele de seu pescoço e pelo seu ombro, afastando o roupão que caiu de um lado do braço dela – Você precisa de um trato. De um bom trato. – Disse, mordiscando a pele da maxilar dela. Demetria podia fechar os olhos e fingir que isso era um flashback; era exatamente igual há quatro anos atrás. Mas ela manteve os olhos abertos em par, enquanto sua pele se arrepiava, tornando-se uma linda delatora. Joseph sorriu ao ver o corpo dela trair sua resistência – Ah, precisa sim. Já faz muito tempo, não é? – Perguntou, passando a boca pela nuca dela, levando os cabelos perfumados juntos. Ao sentir a boca dele levemente em sua nuca o arrepio foi mais forte, e Demetria praguejou em silêncio – Mas está tudo bem. Eu vou resolver isso. – Prometeu, após afastar o roupão do outro ombro. O roupão teria caído ao chão, se o braço dela não estivesse preso a ele. Ficou pendurado apenas por um braço. Demetria ficou parada, imóvel, sentindo o corpo quente dele moldando o seu próprio, agora vestida só com a calcinha e o sutiã. Ela imaginava um modo de surpreendê-lo pra poder correr dali.

Mas antes que pudesse concluir alguma idéia, ele a virou bruscamente, soltando o braço dolorido dela, e a beijou com fúria.

A reação dela foi parar no inferno, pensou, atordoada, enquanto a mão firme dele puxava sua cintura fina pra si. Demetria sentiu a língua dele invadir sua boca agressivamente, e sentiu um choque quando percebeu que correspondia. Ele não estava forçando um beijo; os dois estavam se beijando. Isso lembrava tanto Demetria... Um passado feliz, onde ela não tinha temores nem ressentimentos, só um amor, tão grande quanto o tempo... Onde ela confiava a vida nele... Os dois eram marido e mulher, e só. Era exatamente assim que acontecia, o modo como ele a sufocava, a monopolizava. Então, com um choque, no meio do beijo, Demetria se lembrou de que ela estava no presente. O passado ficara pra atrás com uma mancha negra que o separava do presente. Uma mancha feita de dor, solidão e sofrimento. Joseph, que estava tão absorto no beijo que ela lhe retribuía que não se lembrou de segurar as mãos dela. Foi um susto pra ele quando recebeu uma nova unhada, mais forte que a primeira, que fez seu rosto recomeçar a sangrar. Demetria o estapeou com força, mordeu os lábios dele e se debateu. Joseph agüentou seus tapas, seus empurrões, sem desistir, sem pestanejar. Era como se ela estivesse acariciando-o, só que a caricia era tão forte que uma unhada dela rasgou três tiras do tecido da camisa do ombro dele, ainda deixando um vergão vermelho em sua pele. Demetria tinha a cabeça em pânico: será que aquele homem não sentia dor? Ela tinha o sangue do rosto dele, do pescoço, nas mãos, e ele continuava inabalado. Demetria tentou empurrá-lo, mas uma mão dele prendia sua cintura enquanto a outra prendia seu rosto. Ela grunhiu dentre o beijo, mas não teve efeito.

Joseph: Está me irritando, Ma Belle. – Murmurou, carinhoso, pra provocá-la, enquanto beijava seu pescoço com ganas.

Demetria: Você é medíocre. – Rosnou, empurrando o ombro dele.

Joseph: E você é linda. – Retribuiu, fazendo graça da raiva dela.

Demetria: Me solte. – Implorou, choramingando. Perdera as forças nos braços dele.

Joseph: Você quer que eu te solte? – Perguntou, mordiscando a parte frontal do pescoço dela. Demetria tinha dificuldade até pra respirar desse jeito. Não houve resposta da parte dela por um instante, e ele trabalhou pra que se mantivesse. Demetria sentia as duas mãos dele na barriga nua dela, cada uma de um lado da cintura. As mãos dele subiam e desciam, desde o quadril até a curvatura dos seios , de um modo apertado, pegado, e parecia deixar um rastro quente quando passavam, enquanto ele beijava-lhe demoradamente os pontos do rosto, pescoço, ombro, e colo. Mas ele queria uma resposta pra sua pergunta. Assim, foi diminuindo a pressão das mãos e deixando os beijos mais espaçados... Demetria logo suspirou de frustração.

Demetria: Não. – Respondeu, por fim. Joseph sorriu e ela procurou a boca dele, saudosa por seu gosto.

Joseph: Minha menina . – Murmurou, sorrindo, e deixou que ela o beijasse.

A coisa entrou em erupção depois disso. Aparentemente Joseph esperara por esse momento há tempos, e Demetria o queria. Ele deu impulso a ela, que pulou, satisfeita, no colo do marido. Seus cabelos eram uma cortina marrom em torno dos dois.
Demetria sentiu-se sentar sob algo frio, que veio descobrir ser o tampo da mesa dele (lembrando que a mesa dela tava emborcada lá na casa do inferno). Demetria não perdeu tempo, puxou a camisa dele, que logo voou pela sala. Ela sorriu por dentro ao sentir o contato forte do peitoral dele com seu corpo frágil. Ele estava ocupado devorando a boca dela, enquanto uma mão brincava livremente com um de seus seios, sob o sutiã preto.

Joseph: Chega. – Disse, de repente, soltando a boca dela. Sua voz estava tremula, quebrada. Joseph colocou a mão no colo dela, empurrando-a gentilmente, e fazendo-a se deitar sob a mesa. – Venha aqui, Ma Belle. – Convidou, beijando em torno do umbigo dela.

Demetria fechou os olhos. Não queria ver, apenas sentir. Joseph sorriu quando viu o rostinho ansioso dela, e como estava linda daquele jeito, meu Deus. Ela sentiu as duas mãos dele pegarem as laterais de sua calcinha, e ergueu o quadril, pra facilitar a remoção da peça. Depois sentiu o corpo quente dele cobrir o seu, oprimindo-a, e ofegou só com isso, ainda de olhos feJustin os. Porém, ele ainda estava com a maldita calça. Joseph beijou a lateral do rosto dela com vontade, e sorriu outra vez ao sentir Demetria, com as mãos trêmulas, empurrando a calça dele. Demetria podia muito bem se encarregar daquilo, mas queria que fosse exatamente igual à antes de tudo. E, antes, era ele que guiava ela, ele que comandava, e ela era feliz assim. Logo, continuou de olhos feJustin os, apenas sentindo a boca dele se deliciar em sua pele. Joseph viu o estado dela e sorriu, apaixonado, beijando-lhe o ouvido. Resolveu provocar-lhe uma ultima vez, antes de jogar tudo pra cima.


Joseph: Abra as pernas, meu amor. – Sussurrou no ouvido dela, com a voz rouca. Demetria percebeu, nesse instante, que no transe em que estava, permanecera com as pernas juntas. A voz dele causou um arrepio, quase um estremecimento no corpo dela – Me deixe entrar... – Seduziu, e com um sorriso a viu ela morder o lábio, ainda com os olhos cerrados. Ele beijou os lábios dela carinhosamente.

Demetria, prontamente, tirou as pernas de debaixo dele, enlaçando sua cintura. Joseph se demorou mais um instante, então, abruptamente, a possuiu. Demetria, mesmo esperando por aquilo, não achou que fosse ser naquele momento. O ar foi expulso de seu corpo em um espasmo prazeroso.

Demetria: Meu Deus. – Ofegou, se agarrando ao ombro dele, aceitando a invasão ao seu corpo. Ela abriu os olhos e pareciam haver pequenos pontos vermelhos por onde ela olhava. Mas ele começou a se mover, e ela fechou os olhos de novo, se entregando.

Demetria cravou as unhas nos ombros dele, não agressivamente, mas carinhosamente (ou pelo menos a inicio). Mas ela havia se esquecido de como Joseph realmente era na cama. A cada segundo parecia nascer algo nele que exigia sempre mais dela, e ela o entregava, como podia. Ela o agarrou pelas costas, as unhas cravando uma linha vermelha pelas costas dele, e os dois continuaram. O tempo passou, e não haviam mais gritos raivosos ali, e sim arfadas e gemidos de prazer puro. Só que chegou uma hora que não dava mais pra ela. Não conseguia respirar. Sabe quando você tá muito, mas muito apertada pra fazer xixi, e não pode? Aquela agonia, aquela sensação de descontrole? Demetria sentia algo semelhante, porém mais forte. Joseph ergueu o rosto e deu um breve chupão na maçã do rosto dela.


Joseph: Calma, neném. – Sussurrou, e viu Demetria tomar uma grande golfada de ar. O corpo dela parecia estar travando, perante ao orgasmo iminente e violento que sentia vir. Joseph sentia dificuldade em possuí-la, e não queria machucá-la.

Demetria: Não... não consigo... – Ofegou. Ela queria dizer que não conseguia respirar. Joseph sorriu, parando seus movimentos, e beijou o rosto dela com carinho, os lábios, o nariz, os olhos. Ele já havia passado por isso. Há muito, muito tempo, mas havia passado.

Joseph: Juntos, sim? – Induziu, murmurando no ouvido dela. Demetria riu, rouca, e ele sorriu. Ela sentia algo prestes a estralar dentro dela, estava muito próximo. Ele saiu dela, e tornou a entrar, mas devagar. Demetria ofegou, e mordeu o ombro forte dele. – Mais, meu amor... – Sussurrou, e sentiu Demetria ofegar debaixo de si. Ele repetiu o movimento sobre ela calmamente, mordendo até sua alma pra manter a calma agora. Demetria tinha um sorriso perdido no canto dos lábios – Me dê mais, Ma Belle... – Insistiu, e sentiu ela se acomodar melhor debaixo dele. Estava melhorando, pensou ele, mordendo os lábios enquanto se movia cada vez com mais força – Assim... Eu quero tudo de você, neném. – Terminou, e sentiu ela solta novamente. Com um gemido afogado ele voltou ao seu ritmo normal, no qual os corpos dos dois se chocavam violentamente. Demetria inclinou a cabeça pra traz, deixando um gemido vir.

O dia por fim amanhecera. Não que fizesse alguma diferença, naquele céu nublado, mas a diferença dentro daquela sala era enorme. Não faltava mais nada, então...


Demetria: Amor... Joseph. – Chamou, agoniada, se agarrando ao ombro dele. Joseph a olhou, preocupado que algo passasse errado – Eu vou... – Ela não conseguiu terminar; com um gemido derrotado, afundou o rosto no pescoço dele.

Joseph trouxe o rosto dela pro seu e a beijou. O orgasmo de Demetria estourou violentamente, e o gemido dela morreu na garganta dele. Não demorou nada, e ele se veio dentro dela, deixando seu corpo cair sobre o dela, ofegando fortemente. Demetria não viu mais muita coisa, estava cansada. Ela se lembrava de tê-lo acomodado em seu colo, acariciando-lhe os cabelos. Então o cansaço da noite perdida em claro, a exaustão da briga e a dormência da transa a venceram, e ela adormeceu.


Próximo Capitulo...

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