No sábado, passava das cinco da tarde quando Demi
entrou na alameda principal do condomínio e estacionou o Mercedes na garagem.
Depois que Joe e Dani haviam partido, criara o hábito de ficar cada vez mais
tempo no escritório, trabalhando até mesmo aos sábados, pois só assim conseguia
minimizar a dor provocada pela ausência deles.
De qualquer modo, a vida precisava continuar e uma
prova disso era aquela placa de "VENDE-SE" que trouxera no
porta-malas para colocar na casa em frente. Antes de fazer isso, porém,
precisaria tomar uma boa taça de vinho e reunir coragem para cumprir a sua
triste missão.
Ao pensar no assunto, decidiu que talvez fosse uma boa
idéia procurar Miley, Selena e Kristen para ajudá-la a fazer o que precisava
ser feito, afinal, suas três amigas eram parcialmente culpadas pela tristeza
que a assolava naquele momento.
Imersa naquele misto de emoções, saiu do carro e
começou a deixar a garagem. Então, quase desmaiou de susto quando sentiu um
tufo de pêlos roçar em suas pernas.
— Kiwi?! — exclamou, ao ver o cãozinho
marrom-acinzentado pular tão alto que bastou abrir os braços para pegá-lo no
colo. Antes que tivesse conseguido se livrar das insistentes lambidas de Kiwi
em seu rosto, olhou de soslaio para a rua e avistou Danielle que se aproximava
correndo. Em questão de segundos, as duas estavam se abraçando, chorando, e
Kiwi tentava secar-lhes as lágrimas, sem saber ao certo a quem deveria agradar
primeiro.
— Joe não está em casa — Dani
falou, passado alguns instantes. — Sabe para onde ele foi?
Demi sentiu o coração comprimir-se dentro do peito.
— Sinto muito, querida, mas não sei
nada a respeito de Joe.
A garota a fitou, parecendo incerta sobre o que
dizer.
— Na verdade, não vejo Joe desde a
noite em que você partiu — explicou Demi. — Mas venha, vamos falar sobre isso
lá dentro. |
Minutos depois, estavam sentadas à mesa do pátio, ao
lado da piscina que Dani tanto gostava. Com todo o cuidado. Demi contou a ela
tudo o que acontecera e também sobre a intenção de Joe de vender a casa.
— Será que posso usar seu telefone
para ligar para o meu pai? — Dani pediu, após alguns instantes de hesitação.
— Claro — concordou ela, tirando o
celular da bolsa e entregando-o à menina.
Dani discou rapidamente, e, quando ninguém atendeu,
deixou uma rápida mensagem:
— Joe, sou eu, Dani. Por favor,
ligue para mim assim que puder.
Ao vê-la desligar. Demi comentou:
— Não sei, não, meu bem. Mas acho
que ao perceber que o número do qual você discou é o meu, Joe não retornará a
ligação.
— Nesse caso, ligarei para o agente
dele — respondeu Dani, dando de ombros. — É a única pessoa que sempre sabe onde
Joe está.
— Pode ser uma boa idéia.
— Sim, tão boa que vou fazer isso agora
mesmo. Pode me emprestar o celular novamente?
Quando Demi o fez, Dani pegou o aparelho e foi até o
outro lado da piscina, onde a recepção do sinal era melhor, e falou
animadamente com alguém, antes de retornar à mesa.
— Rápido, Demi — disse, entregando-lhe
o aparelho. — Você precisa me levar até o Wrigley Field. Joe foi convidado a
lançar a primeira bola do último jogo da temporada dos Cubs. Se não nos
apressarmos, eu o perderei para sempre.
Demi começou a protestar, mas Dani parecia tão
desesperada para encontrar o pai que ela acabou por sucumbir ao pedido. Em
segundos, estavam acomodadas no carro e deixavam as ruas arboriMileys de
Woodberry Park para trás.
— O Sr. Vance nos encontrará na
entrada principal do estádio , — Danielle informou, enquanto Demi tentava
driblar o trânsito do final de tarde. — Ele disse que arrumará alguém para
estacionar seu carro enquanto nos conduz até meu pai. Ficaremos na primeira fileira
de cadeiras vips, bem em frente à base principal do time da casa.
Demi fitou Danielle de soslaio.
—Tem certeza de que o Sr. Vance conseguirá
providenciar tudo isso até chegarmos ao estádio?
— Espero que sim, pois foi o que me
prometeu.
— Não fique zangada comigo, Dani,
mas assim que encontrarmos o Sr. Vance acho que deverá acompanhá-lo sozinha. Joe
já deixou bem claro que não temos mais nada a dizer um ao outro.
— De jeito nenhum! — exclamou a
menina. — Você precisa ir comigo. Por favor. Eu morrerei se Jennifer
DiCarlo estiver lá.
Demi franziu o cenho e olhou desconfiada para
Danielle.
— Jennifer DiCarlo? — repetiu, não entendendo o
que estava acontecendo. — A modelo?
— Sim, a própria — Dani confirmou,
parecendo estar prestes a romper em lágrimas. — Voltei de Los Angeles
justamente para impedir Joe de se casar com ela.
A notícia foi tão inesperada que, por um instante. Demi
deixou o carro sair da estrada. Agarrando o volante com as duas mãos, ela
respirou fundo e voltou à pista principal.
— Por acaso Joe lhe disse que se
casará com Jennifer DiCarlo?
— Não — Dani admitiu. — Mas você
não leu a última edição da revista People? Todos estão falando sobre isso e
como Jennifer e Joe são o casal perfeito.
Demi suspirou aliviada.
— Dani, querida, não pode acreditar
em tudo o que lê nas revistas. Existe muito sensacionalismo e notícias manipuladas
por aí.
— Não quero nem saber! — bradou
Dani, enxugando uma lágrima que rolava pela face macia. — Não quero Jennifer
DiCarlo como madrasta. — Com um movimento inesperado, esticou o braço e cobriu
a mão de Demi com a sua. — Você é a única mãe que sempre quis ter, Demi. Sabe
disso, não? Aliás, você é a única mãe que já tive.
Próximo Capitulo...
Meninas a tória está acabando e pretendo posta as sinopses das outras pra vcs escolherem a próxima o que acham ???