Historias

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 76

No dia seguinte, logo pela manhã, Sterling levou Lúcia ao Zoológico. A menina  ficou fascinada. O pai lhe comprou um algodão doce enorme, rosa, em formato de coração, que ela se lambuzou comendo.

Sterling: Quieta, Lucy. – Pediu, achando graça. Ele tinha um lenço branco na mão e estava abaixado, tentando limpar o rostinho da menina , que saltitava, excitada.

Lúcia: Ainda não vimos os macacos. – Se queixou, ainda animada.

Sterling: Vamos vê-los assim que você me deixar limpar esse rosto. – Lúcia respirou fundo, em um sinal forçado de concentração, e Sterling riu gostosamente, limpando o rosto dela.

Susana: Olá. – Disse, aparecendo atrás dos dois. Sterling rosnou, amassando o lenço dentro da mão. Não fora coincidência, Susana seguira ele.

Lúcia: Oi, mamãe. – Sorriu, passando a mãozinha na boca. Susana apenas acenou com a cabeça, menosprezando a filha.

Sterling: Agora melhorou. – Disse, tirando a ultima migalhinha de algodão doce da bochecha de Lúcia com o dedão.

Susana: Oi, Sterling. – Insistiu, divertida.

Sterling: Olá, Susana. – Disse, se levantando.

Lúcia: Vamos ver os macacos! – Pediu, ansiosa, puxando a mão do pai, que sorriu.

Sterling: Já vamos, meu amor. Vai na frente. Não muito longe, não saia da minha vista. – Disse, e Lúcia saiu saltitando, lindinha em um vestidinho rosa claro. Sterling embolou o lenço e o jogou em uma lixeira próxima.

Susana: “Meu amor”? – Perguntou, achando graça.

Sterling: Com sua licença, Susana. – Disse, pronto pra ir atrás de Lúcia, que empolgada demais pulava alguns metros adiante, obedecendo o pai quanto a não sumir de sua vista, mas louca de vontade de seguir.

Susana: Já pensou? – Perguntou, relaxadamente.

Sterling: Tenho pensado sobre várias coisas ultimamente. Mas nenhuma lhe diz respeito. – Disse, limpando a mão.

Susana: Pensei que tínhamos um acordo. – Disse, ligeiramente engraçada.

Sterling: Não há acordo. – Disse, duro, tentando limpar um pedaço de algodão que derretera e grudara na palma de sua mão. Dava agonia aquilo visgando, pensou, enquanto tentava soltar – JÁ VOU! – Gritou, em resposta ao “Papai!” chamado por Lúcia – A menina  é minha. E você vai perdê-la na justiça.

Susana: Você é cruel, Sterling. – Disse, balançando a cabeça drasticamente – Pobre Demetria.

Sterling: Quem é você pra falar de crueldade, Susana? – Perguntou, incréSelo – Lúcia não é um brinquedo, e eu não vou barganhar. Fim de conversa.

Susana: Tudo bem. – Disse, balançando os braços. Sterling viu ela se virar, e deu graças a Deus achando que ela estava indo embora. Ela, ainda de costas, virou o rosto pra ele, os olhos azuis faiscando por seu rosto – Sabe que eu posso prejudicá-la, Sterling. Sabe das provas que eu tenho, de tudo o que eu tenho a dizer, e que, acredite, ela não vai querer ouvir.

Sterling: Vá embora, Susana. – Mandou, o rosto cansado novamente.

Susana: Assim que fevereiro chegar. – Lembrou, como a data de uma sentença, em um murmúrio, perto do ouvido dele. Então sorriu e finalmente se afastou.


Sterling queria pegar ela e jogar na jaula do leão. Ou do crocodilo. Não, melhor, das cobras, assim ela morreria dentre as irmãs. Ele estava escolhendo qual jaula quando...

Lúcia: Papai, vamos! – Chamou, pegando a mão dele de novo. Sterling assentiu e foi com ela.

Esperemos que Fevereiro chegue, então.

próximo capitulo....

4 comentários: