Historias

segunda-feira, 21 de julho de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 34

Robert saía do prédio do ateliê de Demetria, com ela em um lado e Selena no outro. Sterling vinha logo ao lado dos dois, comentando algo que fazia os três rirem. Um par de olhos cor de esmeralda os observava de um carro, e havia um misto de increSelidade, exasperação e fúria ao ver Demetria nos braços de Robert. E Selena, ah, sempre Selena, quando era pra prejudicá-lo, sabia ser arisca, mas ali parecia uma coelhinha, de tão fofinha. Nevara no fim da tarde. O salto de Demetria afundou na neve, e Joseph observou a mão de Robert rapidamente agarrar o braço de Demetria, evitando a queda, e um rosnado nasceu em seu peito.

Sterling: Se você caísse eu ia rir. Quero dizer, eu ia rir MUITO. – Disse, sorrindo, com as mãos no bolso, enquanto caminhavam. Robert ria da carinha desavisada de Demetria. Selena estava tranqüila, sorridente, os fios vermelhos lutando contra o vento frio.

Robert: Tudo bem, o horário está certo? – Perguntou, olhando a todos.

Sterling: Se você insiste pela minha presença. – Disse, olhando alguns flocos de neve perdidos.

Demetria: Só vou passar em casa, fazer umas coisas e vou. – Disse, olhando o salto, e espantando um pouco de neve.

Selena: Pra mim tá ótimo. – Disse, animada.

Robert: A Kris ficou super animada. – Comentou, satisfeito.

Sterling: A dor do parto é enorme, mas eu vou indo. – Disse, apanhando as chaves de seu carro.

Selena: Eu também, porque ainda quero lavar os cabelos, e não quero me atrasar. – Disse, imitando Sterling.

Robert: Como você vai? – Perguntou, vendo Demetria.

Joseph: Ela vem comigo. – Disse a voz cortante atrás deles. Demetria franziu o cenho, ainda sem se virar.

Robert soltou os braços de Selena e Demetria e se virou, encarando o outro. Sterling assoviou, animado, se virando também. Selena lançou um olhar fulminante a Joseph, e Demetria encarou o marido, cautelosa.

Robert: Então realmente voltou. – Disse, com desgosto na voz.

Joseph: Pelo que vê, voltei. E esperava não ver você de novo, mas veja só como é a vida. – Disse, irônico – Vamos, Ma Belle? – Perguntou, virando o olhar a Demetria. A loura estremeceu involuntariamente com a fúria reprimida no olhar dele.

Robert: Ela vem comigo. – Disse, decidido, abraçando Demetria pela cintura de novo.

Joseph: Desculpe? – Perguntou, e um sorriso ameaçador começou a nascer em seu rosto.

Demetria: Robert, pelo amor de Deus. – Murmurou, tentando se desvencilhar do braço dele.

Joseph: Solte ela. – Ordenou, em um sibilo.

Robert: Me faça soltar. – Desafiou, com um sorriso torto nascendo no rosto.

Joseph aceitou a proposta com vontade. Demetria gritou. Sterling entrou no meio, recebendo o impacto de Joseph, e cambaleando pro lado, mas conseguindo segurar ambas as partes. Selena olhava Joseph, furiosa. Que Joseph e Robert não se batiam, não era novidade pra ninguém. Desde antes de tudo, os dois nunca se simpatizaram. Agora, era incontrolável.


Selena: Estão chamando a atenção. – Rosnou, alertando sobre as pessoas na rua.

Demetria: Agora chega. Rob, por favor. – Pediu, soltando a mão de Robert de sua cintura. O ruivo a observou, quieto. – Sterling, obrigada.

Sterling: Estamos aqui pra isso. – Disse, debochando, ainda no meio dos outros dois. Joseph observava a cena, quieto.

Demetria: Até logo. – Disse aos outros, e foi na direção de Joseph.


Joseph pegou o braço de Demetria assim que ela passou por ele, virando o rosto pra sorrir pra Robert. O sorriso morreu assim que eles saíram da linha de alcance dos dois. Joseph caminhou até seu carro, ainda segurando Demetria pelo braço, e o destravou. Abriu a porta do carona e ela entrou sem dizer nada, recebendo a portada logo depois. Não queria nem pensar na discussão que teria quando o carro parasse em casa.

Próximo Capitulo...

terça-feira, 15 de julho de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 33

Sterling deu entrada na emergência do hospital um pouco mais atrasado do que gostaria. Conhecia o horário de Tiffany, e fez o máximo pra chegar logo, mas dirigir apenas com uma mão era arriscado. Por fim, ele queria ir ao hospital, sim, mas não em uma maca, e principalmente, fazia questão de estar consciente. Um enfermeiro deixou ele em um quarto, aguardando. Logo a voz dela veio do corredor.

Tiffany: Jay, eu não posso simplesmente largar o hospital pra... – A voz parou. Sterling se apoiou no braço pra escutar a conversa, logo percebendo que se apoiara na mão cortada. Ele grunhiu um xingamento, e segurou a mão, escutando – Eu sei que... Eu sei... Amor, me escuta... – Tentou. Sterling revirou os olhos – Ok, não dá pra conversar assim, James. É meu trabalho. – A pessoa no telefone pareceu contestar – Tudo bem, depois eu falo com você. Porque eu estou trabalhando, e tenho que atender um paciente. Tá, tchau James. Também. Tchau. – Ela desligou o telefone.

Sterling se endireitou prontamente, e esperou. Logo ela entrou, pondo o telefone no bolso do jaleco. Ela sorriu, delicada, ao vê-lo lá.

Tiffany: De novo? – Perguntou, olhando-o sentado lá. – Vou começar a pensar em te processar por me seguir. – Brincou.

Sterling: Sem sangue, sem culpa. – Ele estendeu as mãos. Uma delas estava tão vermelha quanto poderia estar. Tiffany ergueu a sobrancelha, olhando a mão dele. Sterling olhou a mão, e abaixou-a – Ops.

Tiffany: Vamos lá. – Disse, calçando as luvas de borracha – Me deixe ver. – Sterling estendeu a mão pra ela, obediente. Ela tirou o lenço da mão dele, avaliando o corte. – Uh. O que houve? – Perguntou, puxando um carrinho com uns objetos em cima.

Sterling: Acidente de trabalho. – Disse, olhando-a.

Tiffany: Pensei que você trabalhasse em um escritório. De jeito nenhum que isso foi um corte de papel. – Brincou. Ela colocou o lenço dele em cima da mesinha, e puxou-a de modo que ficasse debaixo da mão dele.

Sterling: Justamente por isso foi um acidente. – Disse, e ela sorriu, balançando a cabeça negativamente.


Tiffany se pôs quieta. Sterling observou ela tirar uma pequena tina de metal de um armário, e por debaixo da mão dele. Logo ela pegou uma garrafa com soro, e deixou que o liquido fluísse pela mão dele, lavando o sangue, e revelando o corte. O avaliou, e então apanhou uma agulha cirúrgica. Logo estava suturando a mão dele.

Sterling: Tudo bem? – Perguntou, observando-a.

Tiffany: Tudo sim. Não foi preciso suturar a parte interna, não é suficientemente fundo, então... – Interrompida.

Sterling: Não. – Interrompeu. Na verdade, ele tava pouco se lixando pra aquela mão. Que caísse, se fosse preciso – Você tá bem?

Tiffany: Acho que estou. Por...? – Perguntou, sorrindo de leve, concentrada no trabalho.

Sterling: Está quieta. Não é normal. – Ela fez uma careta ofendida, e ergueu o rosto pra ele – Sem ofensas. – Disse, prendendo o riso.

Tiffany: Já que você pergunta, eu só estou com alguns problemas. – Disse, voltando a atenção pra mão dele. Era estranho que um paciente conhecesse seu temperamento.

Sterling: Problemas do tipo...?

Tiffany: Meu noivo. – Respondeu, puxando a linha com cuidado.

Sterling: Que tem ele? – Perguntou, engolindo a raiva na voz. Porque ele sempre chegava atrasado?

Tiffany: Não gosta da minha profissão. – Resumiu.

Sterling: Você gosta. – Ponderou.

Tiffany: Não é gostar. Eu só nasci pra fazer isso. – Ela deu de ombros, terminando o curativo dele. – Eu não devia estar falando disso com um paciente, sabia? – Perguntou, sorrindo, e molhando um algodão com álcool.

Sterling: Ah. – Disse, ignorando o ardor absurdo que atingiu sua mão junto com o algodão. – Ok. – Ele consultou o relógio que estava na parede – Então o paciente te leva pra almoçar, e ai você se sente mais a vontade pra conversar com ele. – Disse, com um sorrisão enorme no rosto.

Tiffany: Cara de pau. – Acusou, enquanto fazia um curativo. – Eu só tenho horário de almoço daqui à uma hora. – Comentou.

Sterling: Tudo bem, eu ainda tenho a outra mão pra cortar. – Disse, mostrando a mão boa. Com isso Tiffany riu.



Tiffany: Pronto. – Disse, olhando o curativo branco que envolvia a mão dele – Eu vou marcar pra você voltar daqui a alguns dias, então eu vejo se os pontos estão bons. Vou receitar um antiinflamatório, pra dor, e você evita comidas carregadas ou gordurosas, pra não inflamar, sim?

Sterling: Só se você almoçar comigo. – Disse, insolente, se balançando nos pés. Tiffany tirou o cabelo do rosto, olhando o relógio de pulso.

Tiffany: Daqui à uma hora. – Aceitou, e ele assentiu, satisfeito. – E está pronto. – Avisou, saindo.

Sterling olhou o curativo perfeitinho na mão, e logo uma enfermeira entrou pra limpar a mesinha que Tiffany usara. Sterling saiu dali assoviando. Finalmente fizera algo que deu certo.

Sterling: Então seu noivo não gosta da sua profissão. – Começou, quando o garçom retirou os pratos do almoço.

Tiffany: Ele não gosta do tempo que ela me deixa ocupada. – Corrigiu.

Sterling: Há quanto tempo você é noiva?

Tiffany: Dois anos. – Respondeu, calma.

Sterling: Não casaram por...? – Perguntou, tranqüilo.

Tiffany: Porque eu nunca tenho tempo pra tirar uma lua-de-mel do tamanho da que ele quer. – Disse, calma.

Sterling: Então, me perdoe pela clareza, mas dependendo de mim não vai ter tempo tão cedo. – Ele ergueu a mão enfaixada distraidamente demais, e ela riu.

Tiffany: Há outros residentes pra aquele hospital, Sterling.

Sterling: E eu só pago pra ser atendido por você. – Esclareceu, satisfeito.

Tiffany: Aham. – Disse, observando-o, e olhando o rumo que a conversa tomava. – Meu horário de almoço acabou. – Disse, se levantando.

Sterling: Eu levo você. – Disse, procurando o garçom pra pedir a conta.

Tiffany: Não é necessário, sério. – Disse, enquanto saía da cadeira. – Até mais, Sterling.

Sterling: Até daqui a três dias. – Disse, petulante, dando tchau com a mão enfaixada. Tiffany não agüentou e riu, enquanto se virava pra sair.

Sterling sorriu, satisfeito, observando ela ir embora. Pobre James. Se dependesse dos machucados de Sterling, não casaria nunca. Sterling deceparia a mão se fosse necessário, mas não deixaria ela casar. Pobre Sterling, por achar que seria tão fácil.


No final do dia...

Proximo Capitulo...

Desculpeee a demoraaa mas ai está !!!! Obrigada aaa Todas que comentaram vocês são ótimas !!! 

PS. Eu Te Amo - Capitulo 32

And so it is. A situação entre Demetria e Joseph se manteve do modo que nós já conhecemos. Sobre Demetria e Selena, as duas não tocavam no assunto, e assim podiam conviver. O ateliê foi reconstruído com perfeição, as coisas foram postas em seus devidos lugares, e as telas em falta estavam em andamento.

Joseph: Tenha um bom dia. – Desejou, atencioso, após ter parado o carro. O carro de Demetria aparecera com o pneu furado de novo. Demetria quase teve uma sincope, só não o teve porque Joseph jurara que dessa vez não fora ele, e que iria resolver. Assim, ele a levara no trabalho.


Demetria: Obrigada. – Disse, tirando o cinto. Ela se inclinou pro lado dele, segurando seu rosto com a mão delicada, e o beijou docemente.

Joseph a segurou pela cintura, aceitando seu beijo de bom grado. Era calmo, terno, apaixonado, as línguas se encontravam em uma sintonia perfeita. O dia estava frio, como sempre. Logo Demetria sentiu a mão dele, mais quente que o normal, entrando por seu sobretudo, encontrando a barriga definida dela sob a blusa fina. Demetria riu e segurou a mão dele, terminando o beijo com selinhos.

Joseph: Sempre interrompe quando vai começar a funcionar. – Recriminou, olhando-a se afastar. Demetria riu mais ainda.

Demetria: Tchau, Joseph. – Disse, abrindo a porta do carro e saindo. Ele, por fim, riu.

Joseph observou Demetria caminhando até a entrada do prédio, desfilando sobre os scarpins pretos. Ela usava uma blusa leve, branca, jeans, e um sobretudo que combinava com os tamancos. Os cabelos presos em um rabo de cavalo fixo, comportado. Logo ela sumiu na recepção do prédio, e ele foi embora.

Demetria: Bom dia. – Desejou, entrando no ateliê. Recebeu a resposta de Sterling e Selena. – Ainda assim, Sterling? – Perguntou, olhando-o.

Selena: Ele quer porque quer voltar pro hospital. – Disse, achando graça.

Sterling: Licença? É particular. – Disse, e tinha planilhas na mão. Não era do ateliê.

Demetria: Que é isso? – Perguntou, largando a bolsa em sua mesa e se aproximando. Sterling tirou os papeis da mesa e encarou Demetria, com a sobrancelha erguida. Ela recuou, erguendo as mãos. Selena riu, tirando os fios ruivos do rosto.

Selena: Ele subornou alguém do hospital pra conseguir os dias e horários dos plantões da tal médica. – Entregou.

Sterling: Sabe quem matou a caveira, Selena? – Perguntou, subitamente simpático. Selena riu.

Demetria: Vocês dois, me poupem. – Pediu, voltando pra sua mesa. Ela tirou o sobretudo, pondo-o na cadeira. Então algo espetou ela dentro da roupa. Ela pensou que fosse a etiqueta da blusa, mas era muito grande pra ser. Ela franziu o cenho e pôs a mão por debaixo da blusa. Achou um cartãozinho, no mesmo lugar onde a mão boba de Joseph tinha pousado. Como ele conseguira colocá-lo ali sem ela perceber, era mistério. O cartão só tinha uma frase, na caligrafia dele.
P.S.: Eu te Amo.

Demetria sorriu e guardou o papelzinho em sua gaveta pessoal. Nesse momento Selena falou.

Selena: Quero contratar Ashley .

Demetria: Para...? – Perguntou, erguendo o rosto. Sua vontade era de perguntar: Contratar pra fazer piadinhas com você?

Selena: Ela é eficiente, gostei dela. Pode nos ajudar com as vernissages, organização, e tudo mais.

Demetria: Bom, se você acha necessário. – Ela deu de ombros, e baixou o rosto pra gaveta de novo, organizando uma pequena cadernetinha no seu lugar, e pondo o bilhete de Joseph em cima dela.

Então ouviu o barulho da porta abrindo. Não olhou quem era. Porém, Selena falou de novo, e Demetria viu a ruiva se levantar.

Selena: Eu não acredito. – Murmurou, e parecia exasperada, sem palavras, enquanto olhava a porta.

Demetria: Ah, meu Deus. – Disse, após se virar, pondo as mãos na boca.

Um homem estava parado a porta. Usava uma camisa branca, de botões, e uma calça social, preta. Era alto e esguio. Seus cabelos eram da cor de bronze, e sua pele era tão pálida quanto podia ser.

Sterling: Ora, veja só. – Riu, se distraindo e se encostando na cadeira.

Demetria: ROB! – Gritou, animada. Selena continuava travada no lugar, um sorriso enorme nascendo em seu rosto.

Demetria correu pela sala e pulou no colo de Robert, abraçando-o com força. Robert havia viajado com a esposa, em um congresso de medicina que houve em Mônaco. Depois do congresso eles resolveram tirar uma segunda lua de mel, que se estendeu em 4 meses. Agora, estava lá. Robert era o melhor amigo de Selena e Demetria, primo de Sterling.

Selena: Finalmente, Rob. – Disse, sorrindo, e se aninhando no braço livre do ruivo.

Robert: Não vai me dar um abraço também, Sterling? – Perguntou, olhando o primo.

Sterling: Er... dispenso. – Disse, com uma careta, voltando aos seus papeis.

Robert: Qual é o problema dele? – Perguntou, antes de beijar o cabelo de Selena.

Sterling: Porque todo mundo acha que eu tenho um problema? – Perguntou, olhando a planilha.

Robert: Intuição. – Debochou.

Demetria: Ele se apaixonou por uma médica. – Murmurou, travessa, ainda abraçada a Robert enquanto arrumava a gola da blusa de Selena.

Sterling: Grato, Demetria.

Robert: Qual médica?

Sterling: Porque o interesse? – Perguntou, revisando as planilhas.

Robert: Porque talvez eu já tenha trabalhado com ela? – Perguntou, obvio, assoprando uma mecha de cabelo do rosto de Demetria. Sterling ergueu o rosto subitamente.

Sterling: É claro. – Um sorriso nasceu no rosto dele – Tiffany. Clarinha, cabelos marrons, meio cacheados, olhos castanhos amadeirados, residente do Central.

Robert: Tiffany?! – Perguntou, olhando Sterling.

Sterling: Conhece ela? – Perguntou, se levantando.

Robert: Conheço. – Um sorriso enorme coloriu o rosto de Sterling – E conheço o noivo dela também. – O sorriso desmoronou. Demetria arregalou os olhos. Selena afundou o rosto no peito de Robert, pra não rir.

Sterling: Noivo?

Robert: Noivo. Mas o James é um cara legal. – Comentou.

Sterling: Vá pro inferno. – Mandou, se sentando de novo. Parecia estar pensando em diversas coisas ao mesmo tempo. Ele apanhou as planilhas e folheou-as rapidamente, aparentemente procurando algo.

Robert se sentou, conversando com Demetria e Selena. Falou-lhes sobre a viagem, sobre Kristen, soube da volta de Joseph, enfim. Então, algo o sobressaltou.

Robert: Sterling? – Perguntou, olhando o primo.

Sterling havia apanhado um canivete de dentro de sua gaveta. Ele abriu-o, e estendeu a mão esquerda. Seu rosto tinha uma cor desagradável, meio amarelada.

Demetria: Sterling?! – Chamou alarmada.

Sterling abaixou o canivete pra mão, pouco se importando com as vozes que o chamavam, e cortou a mão, da base do dedão a outra extremidade da mão. Quanto mais cortava, mais o canivete afundava. Ele olhava a mão com o olhar duro, ignorando a dor, e o sangue começou a correr de sua mão.

Selena: STERLING! – Gritou, assustada, olhando o amigo. Sterling tirara um lenço branco do bolso e o abrira.

Demetria: ENLOUQUECEU?!


Sterling: Não dava mais pra esperar. Alguém precisava ser prático. – Respondeu, pondo o lenço debaixo da mão cortada.

Robert: Me deixa ver isso. – Se ofereceu, se aproximando.


Sterling: Claro, porque eu me cortei só pra você examinar minha mão. – Disse, irônico, enrolando a mão no lenço. O linho branco logo se pôs vermelho. – Vou ao hospital. – Anunciou, saindo em seguida.

Proximo Capitulo...

PS. Eu Te Amo - Capitulo 31

Demetria apoiou as duas mãos no peito dele. Joseph ergueu o rosto, encontrando o azul dos olhos dela próximo demais do seu. Demetria não esperou nem disse nada; apenas o beijou. Joseph largou o celular, que caiu no chão com um barulho estralado, e a abraçou pela cintura com os dois braços. Demetria se aninhou no peito dele, permitindo que a boca dele se saciasse da sua, e ali nenhum dos problemas lhe atingia.

Joseph sentiu as mãos de Demetria empurrando-o, e por um instante pensou que ela estivesse rejeitando seu beijo. Mas não. Estava empurrando-o pra mesa. Joseph sorriu dentre o beijo e apertou-a mais em seu abraço. Era ela que estava ali. Não importava quanto tempo ele estivera sozinho, quanta dor sentira, agora ela estava ali e tudo fora compensado. Era o paraíso, após as horas de agonia antes de morrer. Ela era o que procurava, como acontecia antigamente. Fora ela que o beijara. Era a perna dela que estava se enlaçando com a dele, enquanto ele a beijava. Ele apanhou-a pelas coxas, trazendo-a para si, e Demetria se descobriu sentada no tampo da mesa, com ele entre as pernas. Tinha as mãos no rosto dele, trazendo-o pra si, beijando-o ardorosamente, pouco se importando com a falta de ar que lhe atingia. Joseph subiu as mãos pelas costas dela, e ela sentiu as mãos dele invadindo seus cabelos, que logo caíram pelas costas. Joseph murmurou algo no canto da boca dela, enquanto a boca furiosa seguia o caminho pra sua orelha.

Talvez esteja cercado de um milhão de pessoas
E eu ainda me sinto sozinho ♫

Joseph: É melhor assim. – Justificou, a mão forte sumindo dentre os cabelos soltos dela, e ela respirou fundo. Era tão másculo que chegava a ser cruel, e ao mesmo tempo sabia tratá-la do jeito que ela queria, com sutileza. – Erga os braços, meu amor. – Pediu em um murmúrio, e ela sentiu as mãos frias dele entrando por debaixo da blusa grossa de lã. Ela, prontamente, atendeu.

Eu só quero ir pra casa.
Sinto sua falta, você sabe ♫

Joseph não se afastou nem pra tirar a blusa dela. Apanhou as abas com as duas mãos e a trouxe pra cima, revelando o sutiã de encaixe preto que Demetria usava. Ele observou o corpo dela por um breve instante, os seios fartos, a barriga rígida, a pele tão clarinha. Demetria pôs as mãos no rosto dele, atraindo seu olhar. Joseph a encarou por um instante, então virou o rosto e beijou a mão dela, o pulso, o braço, o ombro, o colo. Demetria fechou os olhos e abraçou-o, deixando que ele se banqueteasse na pele dela. Joseph desceu a boca pelo vale dos seios dela, e ela riu de leve quando ele apanhou o encaixe do sutiã com a boca. Ele brincou com ela, fingindo que não conseguia abrir do modo que estava, e ainda assim se aproveitando, mordendo as laterais dos seios dela. Por fim, Demetria riu.

Demetria: Não o vai conseguir, meu amor. – Disse, acariciando os cabelos dele. Joseph ergueu os olhos verdes, maliciosos, e a encarou por um breve instante. Naquele momento nasceu um sorriso em seu rosto, tão malicioso quanto o olhar, e Demetria sentiu o sutiã se afrouxar. Ele riu de leve, ainda olhando-a, e ela ergueu a sobrancelha. Joseph foi surpreendido quando ela deu um tapa em seu rosto. Ele se ergueu, encarando-a, sondando-a, e Demetria riu, triunfante, pelo tapa.

Eu continuo guardando as cartas que te escrevi,
Cada uma com uma linha ou duas.
"Estou bem amor, como você está?" ♫

Joseph: Bateu em mim? – Provocou, e ela sentiu as mãos dele entrando na dobra de seus joelhos, puxando-a mais pra beirada da mesa, de modo que o corpo dele ficasse colado ao dela, sustentando-a. Um arrepio de antecipação correu por ela.

Demetria: Bati. – Disse, no mesmo tom que ele, e desceu a mão no rosto dele de novo. Joseph sorriu. – Bati, e você merece apanhar. – Disse, pegando o rosto dele em uma mão.

Joseph: Mereço? – Perguntou, a boca formando um biquinho pela mão dela segurando-o pelo maxilar.

Demetria: Merece. – Ela deu um tapinha no rosto dele, seguido de outro, e viu um sorriso delicioso nascer no rosto dele.

Joseph: Eu tenho pena... – Disse, aproximando o rosto do dela. A medida que a pele dele entrava em contato com a dela, as mãos fortes adentravam por sua saia, apalpando as coxas, sondando. A boca de Joseph parou perto do ouvido dela, de modo que o hálito quente dele tocava a pele sensível do ouvido - ...do que eu vou fazer com você, Ma Belle. – Disse, com a voz perigosamente doce. Demetria não conseguiu refrear um estremecimento, seguido por um suspiro fundo – Ah, você sabe, neném. – Disse, beijando o ombro dela, afastando a alça frouxa do sutiã, que deslizou levemente pelo braço dela.

Bem sei que deveria te enviá-las, mas sei que isto não é o bastante.
Minhas palavras são frias e sem graça,
E você merece mais que isto ♫

Joseph estava calmo. Calmo demais pro corpo sedento de Demetria. Ele deu beijos leves no ombro dela, colo, tudo muito calmamente. Então foi com sede aos seios dela, e finalmente ela gemeu, afundando as mãos nos cabelos. Só ele sabia como dominá-la, controlá-la daquele jeito.

Outro avião
Outro lugar ensolarado
Sou sortudo eu sei ♫

Demetria estava meio longe, quando sentiu ele dizer alguma coisa que lembrava “já chega.”. Ela abriu os olhos, e viu ele apanhá-la no colo, os dois subindo na mesa, e deitou-a lá, esparramando os cabelos dela no tampo de vidro. O próximo som que se ouviu foi o som do linho se rasgando, e a refinada saia dela se fez em retalhos. Demetria aguardou, ansiosa e quieta. Então o corpo dele, ainda coberto pela camisa cobriu o dela, e a boca dela dele cobriu a sua, engolindo um gemido que logo veio. Joseph afundou o rosto no pescoço dela e ouviu a inspiração profunda, áspera, que ela sempre emitia quando o recebia. Era musica aos ouvidos dele.

Mas eu quero ir pra casa,
Eu tenho que ir pra casa ♫

Algum bom tempo depois, que pareceu uma eternidade, os dois estavam moles em cima da mesa. Demetria estava deitada de lado, com Joseph por trás de si, e seu corpo tremia levemente. Haviam marcas de chupões, mordidas, apertões, unhadas, espalhadas pelos corpos dos dois. Demetria entendia que recebera o castigo, e o adorara. Se sentia esmagada, destruída, satisfeita. Joseph viu ela apertar os dedos dos pés preguiçosamente. Estava atento a cada movimento dela, ao corpo largado, os olhos feJustin os, a respiração sôfrega, os estremecimentos, tudo.

Joseph: Dedos dormentes de novo? – Perguntou, beijando a marca de uma mordida no ombro dela.

Demetria: Sempre. – Respondeu, com a voz fraquinha. Joseph sabia que os dedos dela sempre ficavam dormentes após o sexo. O reparara, e depois de todo o tempo isso também não mudou.

Me deixa ir pra casa
Estou tão longe
De onde você está ♫

Joseph: A propósito... – Começou, e ela abriu os olhos, olhando a parede da sala - ...o jantar foi ótimo. – Debochou, e mordeu a orelha dela de leve.

Demetria riu e se deitou de barriga pra cima, olhando-o. Estava tão bonito. O peito forte, nu, estampados com as marcas dela, os olhos verdes cansados e ainda ameaçadores, o cabelo bagunçadinho.

Joseph: Eu te amo. – Disse, tirando uma mecha de cabelo do rosto dela. Demetria sorriu.

Eu quero voltar pra casa ♫

Joseph se abaixou pra alcançar a boca dela, e a beijou. Com calma, delicadeza, amor. Demetria abraçou ele pelo pescoço, aceitando seu beijo, e por enquanto tudo estava bem.


1 mês depois...

Proximo Capitulo...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 30.


Então saiu atrás de Sterling, os cachos bailando as suas costas, sem nem olhar Selena. Foi pensativa enquanto seguia Sterling até o hospital. Chegando lá, estava mais calma.

Demetria: Porque diabo você está indo pro soro? – Perguntou, olhando o louro.


Sterling: Segundo o médico, é pra desintoxicar meu sangue. – Disse, se sentando na cama do quarto da emergência do luxuoso hospital.

Demetria: Com o tanto que você fuma, teria de passar anos aqui, bebendo litros de soro.

Sterling ia responder, então a médica entrou. Era branquinha, tinha os cabelos chocolate batendo nos ombros, com uns cachos leves. Sterling a olhou atenciosamente. Não fora ela que lhe atendera. Havia algo de especial nela, ele não sabia bem o que. Ela usava jaleco branco, calça e blusa branca por baixo.

Tiffany: Bom dia. – Cumprimentou, entrando – Preciso verificar sua veia antes de pedir ao enfermeiro suporte pro soro, é procedimento de praxe, nos casos de intoxicação. – Explicou, e pegou o braço de Sterling. Ele ainda olhava ela, fixado. Suas mãos eram leves e delicadas enquanto sondavam o braço dele, buscando a veia. Ela sorriu vendo o olhar dele - Eu sou a residente de hoje, por isso não me reconhece. Meu nome é Tiffany. – Disse, tateando a veia dele com o dedo médio, após encontrá-la.

Sterling: Prazer, Sterling. – Disse, ainda a encarando. Demetria olhou a cara de Sterling, uma sobrancelha fina erguida, e em seguida riu de leve.

Demetria: Eu... eu vou buscar um café. – Disse, sorrindo, e saiu.

Caiu uma senhora tempestade quando Sterling e Demetria saíram do hospital, naquela tarde. O louro estava pensativo, aéreo. Demetria se despediu dele. Resolveu voltar pra casa. Chovia muito, e ela não queria outro confronto com Selena. Assim chegou em casa duas horas mais cedo que o normal. Foi direto pra sua banheira, deixando que a água quente relaxasse seus músculos, aliviasse a tensão, e passou uma hora lá. Então se levantou, se aprontou, e foi preparar o jantar. Ela vestia uma blusa de lã e gola alta, verde escura, e uma saia de linho até os joelhos, cinza. Os cabelos estavam presos em um coque apertado. Estava assim quando Joseph chegou. Só que, dessa vez, ele não veio até ela.

Joseph: Ma Belle? – Chamou a voz da sala.

Demetria: Eu estou aqui. – Respondeu, secando as mãos em uma toalha.

Ela avançou até a sala, e o viu tirando o terno molhado. Suspirou. Estava fazendo frio.

Demetria: Deus, está todo molhado. – Disse, vendo o cabelo dele pingando água.

Joseph: Ta chovendo lá fora. – Brincou, tirando o sapatos molhados e saindo de meia, pra não molhar o chão.

Demetria foi até o banheiro de seu quarto, e apanhou a toalha dele. Voltou a sala, e viu ele desabotoando os pulsos da camisa branca, social.


Demetria: Me deixe te secar. – Chamou, meio receosa. Joseph sorriu e foi até ela. Ao chegar lá, balançou os cabelos pro lado, respingando água nela – Joseph, não! – Protestou, se protegendo com a toalha.

Joseph: Venha até aqui. – Disse, abraçando-a pela cintura com os dois braços, e enchendo o ombro dela, coberto pela toalha dele, de beijos. Demetria riu.

Demetria: É uma criança. – Acusou, secando os cabelos dele. Joseph ficou quieto um instante, observando a dedicação dela. Então se lembrou de algo.

Joseph: Lembra-se do presente? – Perguntou, beijando a mão dela.

Demetria: Claro que lembro. – Disse, observando-o. Joseph se afastou dela, indo buscar algo perto de sua maleta.

Joseph: Eu pensei que com as 4 telas que perdeu, você ficaria desanimada a recomeçar todo o trabalho.

Demetria: E eu estou. – Confessou.

Joseph: Então pensei que eu podia te dar algo que te ajudasse a continuar. Que te desse animo. – Disse, voltando pra ela, trazendo algo em mãos. Era o recipiente de uma tela.
Demetria: Um quadro? – Perguntou, olhando.

Joseph: É seu. – Disse, dando a ela.

Demetria apanhou o recipiente e retirou a tampa. Apanhou com cuidado a ponta da tela, e puxou até que estava livre. Ao abrir, o choque. Ela havia vendido aquela peça em sua segunda vernissage. Não queria vende-la, relutou, até rezou pra que não se interessassem, mas foi a que logo saiu. Era a pintura de uma praia que ela e Joseph tinham visitado em lua de mel. O tempo estava nublado, o mar era aberto, haviam uns pássaros fininhos. O colocara pra vender com rancor do marido. Uma vez vendido, ela sofreu por tê-lo feito. Agora, lá estava.

Demetria: Você... Deus do céu, obrigado. - Disse, exasperada.

Joseph: Eu estava naquela vernissage, você não me viu. – Disse, sorrindo da reação dela.

Demetria: Eu não acredito. – Disse, olhando a tela de novo.

Joseph: Lembre-se disto, e vai achar o animo que precisa. – Ele ergueu o rosto dela com um dedo, e selou a beijou leve e docemente, também muito breve – Vou tomar banho e tirar essa roupa molhada. – Ele piscou pra ela, selou os lábios com os dela e saiu pelo corredor.

Olhando a tela, Demetria estava aturdida. Deus do céu, uma vez tendo-o de volta, como deixá-lo partir?

Demetria não percebeu quando Joseph entrou na sala de jantar. Ela estava pensando no dia que tivera. Não lhe agradara brigar com Selena. Mas vê-la falando mal de Joseph, denegrindo-o quando ele por sua vez tinha ajudado-a tanto causava-lhe ganas de gritar. Ele observou ela arrumar uma travessa na mesa, distraída.

Joseph: Está bonita. – Elogiou. Demetria ergueu o rosto, sobressaltada pela presença dele ali.

Demetria: Obrigada. – Agradeceu, sorrindo de canto. E era verdade, pensou Joseph. Estava descalça, os pés delicados expostos ao chão frio. A saia justa, fina, destacava as pernas firmes dela. Por fim, a blusa verde escura, que ocultava tudo o que se podia ver com duas grandes mangas e a gola alta. O cabelo preso no coque firme dava destaque ao rosto fino dela, os lábios pareciam mais chamativos, os olhos mais atraentes. – O que foi? – Perguntou, olhando-o ali, em pé.

Joseph negou com a cabeça e se sentou, observando-a por a mesa. Ela parecia tensa, pensativa. A sala de jantar dos Jonas era um cômodo decorado com uma mesa grande de madeira com tampo de vidro, que devia dar pra umas 8 pessoas. Haviam alguns poucos espelhos grandes pelas paredes, decorando-o. Uma lareira em um canto deixava as chamas crepitarem, fazendo sombra nas paredes beges. Havia um lustre no teto em cima da mesa. O silêncio reinou enquanto Demetria aprontava tudo. Então, após se sentar, se pronunciou.

Demetria: Obrigado por ter mandado Ashley . – Disse, cortando sua carne – Liguei para Sterling agora a noite, e ele disse que só faltam alguns arremates mínimos pra acabar tudo.

Joseph: Ashley  sabe ser eficiente. – Disse, tranqüilo. Demetria agradeceu com a cabeça – Você está com algum problema?

Demetria: Não foi um dia muito fácil. – Comentou, e pôs um pedaço da carne na boca.

Joseph: Por...? – Perguntou, enquanto se servia.

Demetria: Por tudo. Primeiro as telas, depois todo o trabalho. Selena não foi muito receptiva. – Disse, se contendo – Depois fui com Sterling ao hospital e... enfim, não foi muito bem.


O jantar foi silencioso. Demetria continuava tensa. Por fim ela tirou a louça da mesa, levando-a pra cozinha. Joseph agradeceu. Enquanto ela estava lá, ele tirou o celular do bolso. Havia deixado-o no silencioso e haviam trocentas ligações não atendidas. Ele se encostou na mesa, folheando as ligações, conferindo o numero de mensagens. Não percebeu quando ela voltou a sala.

Outro dia de verão,
Que vem e vai embora.
Em Paris ou em Roma,
Mas eu quero ir pra casa ♫


Proximo Capitulo... 


DIVULGANDO UM  SUPER BLOG !!! AMEI A HISTORIA

Meninassss perdão !! estou trabalhando muitoooo !! mas vou ficar atenta e separar um tempinho para postar para vocês !! desculpe mesmo não é descaso e falta de tempo !! 

Beijoss 

PS. Eu Te Amo - Capitulo 29

Demetria: Olá, Ashley . – Ela sorriu, receptiva, enquanto se levantava – Esses são Selena, minha amiga, Nicholas  você já deve conhecer e Sterling... – Sterling abriu um sorriso enorme, deboJustin o – Meu amigo também.

Ashley : Este é Nolan , meu noivo. – Apresentou.

Nolan : Prazer. – Disse, galante, e pegou a mão de Demetria, beijando-a.

Demetria: É todo meu. – Sorriu.

Ashley : Vamos ver o que temos aqui. – Disse, caminhando pelo ateliê – Porta perdida. Uma parede também. – Ela calculou alguma coisa sozinha.

Nolan : Os armários perdidos. Janela danificada. – Acrescentou pra noiva, avaliando.

Ashley : Eu preciso de um mestre de obras, urgente. – Decidiu, com um biquinho delicado no rosto.

Demetria: Joseph me disse que todos os homens dele estariam à disposição. Mas, se preferir chamar algum outro, sinta-se a vontade. – Ashley  a olhou.

Ashley : Não, querida. Eu só tenho mania de pensar alto. Está tudo sob controle. – Sorriu, amigável.

Selena: Joseph disse isso, Joseph disse aquilo... estamos bem, não é, Demetria? - Perguntou, irritadiça. Demetria apenas abaixou a cabeça, olhando o carpete queimado. Ashley  riu.

Ashley : Joseph tem uma certa mania de controle, mesmo. – Disse, enquanto Nolan  ligava, afastado em um canto, pros profissionais que precisava.

Selena: Certa mania de controle? Ele controlaria o mundo, se lhe dessem vez! – Disse, satisfeita por encontrar alguém que partilhasse de sua opinião.

Ashley : Eu não costumo abrir minhas experiências profissionais, mas... eu tenho ordens de entregar essa sala pronta, pra ontem. – Selena a olhou, confusa – Palavras do meu chefe. – Esclareceu, e viu o olhar de compreensão da ruiva.

Demetria: Não precisa se apressar, pode fazer ao seu tempo, sério. – Se apressou a dizer.

Ashley : Já estou acostumada. – Dispensou, sorrindo. Nolan  continuava no telefone. Sterling anotava algo. Nicholas  recolhia os papeis da contabilidade que haviam se salvado, e os conferia.

Selena: Se fosse você, desceria a mão na cara dele. – Disse, sorrindo.

Ashley : Já tive vontade, acredite. – Selena sorriu, satisfeita. Então Demetria suspirou.

Demetria: Senhoras, por favor. – Intercedeu, passando a mão no cabelo.

Ashley : Perdão. – Pediu, ainda com o tom leve.

Selena: Vai defende-lo agora? – Perguntou, olhando a amiga.

Demetria: Ele está me ajudando com tudo isso. Se não fosse ele ontem a noite eu... eu não sei o que teria feito, eu não soube lidar com a situação, e ele resolveu tudo por mim, sem que eu nem pedisse. Acho que gratidão é um bom sentimento. – Alfinetou.

Selena: Sei, me engana que eu to amando. – Disse, se sentando. Nicholas  olhou da ruiva pra Demetria, e negou com a cabeça. Não sairia nada de bom dali.

Demetria: Ok, qual o problema? – Perguntou, olhando a amiga. Ashley  olhava de uma pra outra, com o rosto divertido.

Selena: Vários. O primeiro é que eu não sei mais se posso confiar em você. – Demetria respirou fundo – Em um dia você é católica, em outro você é protestante.

Demetria: Eu sei o que eu faço. – Disse, quieta.

Selena: Você sabe o que faz e eu sei o que ele já fez. Ou você se esqueceu? Agora vocês estão como dois pombinhos apaixonados, Deus os abençoe. – Continuou, como se não tivesse ouvido a amiga. – Uma bela palhaçada, é isso que essa situação é.

Demetria: ELE É MEU MARIDO, SELENA MARÍA! – Rugiu, se virando. Seu rosto estava furioso.

Houve um momento de silêncio. Ashley  fez um biquinho e olhou Selena, esperando a resposta. Nicholas  franziu a sobrancelha, o rosto sem defeitos agora meio tenso. Nolan  continuou ao telefone. Sterling ergueu o rosto, olhando cansado pras duas. Sabia que isso aconteceria.

Selena: Era seu marido quando tentou me levar pra cama? – Perguntou, amarga.

Demetria: É meu marido. É meu casamento. E se eu estou procurando um modo de arrumar as coisas, de tentar contornar isso, você devia aceitar, apoiar. – Disse, olhando a outra. – Eu mereço ser feliz também, Sel. 4 anos e eu não tive nada. Nenhum sentimento, nenhuma alegria. Eu não quero isso pra minha vida. Eu mereço ser feliz. – Repetiu.

Selena: Feliz ao lado de quem te fortalece pra depois rasgar os pedaços? – Perguntou, olhando-a.

Demetria: EU SÓ SOU FELIZ QUANDO ESTOU COM ELE! – Gritou, desabafando. E era a mais pura verdade – Por mais errado que seja. Minha felicidade mora com ele. – Encerrou, olhando o chão, respirando rápido, com as narinas infladas. – Eu não quero mais falar sobre isso. Respeite, por favor.

Um silêncio mais longo ainda se apoderou da sala. Selena encarava Demetria como se ela tivesse lhe apunhalado pelas costas. Então Sterling se pronunciou.

Sterling: Bom, meus anjos, eu estou de saída. – Disse, se levantando. – Preciso passar no hospital, tenho outra sessão de soro pra tomar.

Demetria: Eu vou com você. – Disse, apanhando o sobretudo preto em cima de sua cadeira – Ashley , perdoe por isso. – Pediu, sincera.

Ashley : Está tudo bem, querida. – Tranqüilizou.


Demetria: Qualquer coisa, eu estou no meu celular. – Ela apanhou um cartãozinho seu na mesa e entregou à morena.

Próximo Capitulo...

PS. Eu Te Amo - Capitulo 28

Na manhã seguinte não houveram palavras. Demetria não queria estragar a noite linda que tivera. Os dois se aprontaram, e foram até o ateliê dela. Joseph vestia uma calça social, sapato, uma camisa preta e terno. Demetria usava jeans, tamanco preto de salto, camisa e sobretudo pretos. Quando chegaram ao andar do ateliê, já tinha gente trabalhando nos corredores. As paredes estavam queimadas. Demetria avançou entre os operários, tocando a campainha do ateliê. Joseph se surpreendeu quando ela pegou sua mão. Então a porta, carbonizada, se abriu. O rosto de Selena, já tenso, se tornou furioso ao ver Joseph. Ele abriu um sorriso enorme e deboJustin o pra ela, que rosnou, saindo dali. Demetria apertou a mão dele, tomando coragem, e entrou no escritório.

Demetria: Eu não quero ver. – Concluiu, olhando o carpete. Joseph olhou pra ela, e olhou em volta, avaliando as coisas. Selena ignorava a cena. Sterling examinava uma parede, dando privacidade aos dois.

Joseph: Ei. – Pediu, e ergueu o rosto dela com um dedo. Demetria se focou exclusivamente no olhar dele. Não queria ver tudo queimado, tudo acabado. – Eu tô aqui. – Disse, tranqüilizando-a.

E porque diabo aquilo importava tanto pra ela?

Demetria: Tudo bem. – Assentiu, e virou o rosto.

Não era tão ruim quanto ela pensara. Apenas a parede do lado da porta estava queimada. A mesa de Selena cedera de um lado, e haviam papéis queimados por toda parte. Ela virou o rosto pro canto das telas, e gemeu.

Demetria: Ah, Deus. – Disse, e se aproximou. Joseph fez uma careta engraçada debochando de Selena, e se virou pra olhar Demetria.

Haviam pelo menos 4 telas dela ali, caídas, queimadas. Demetria pegou uma delas, quebradas, e olhou.

Demetria: Tinham mais. – Disse, olhando o chão, cogitando que o fogo talvez tivesse acabado com tudo.




Sterling: Eu consegui guardar. – Disse, se pronunciando. Todos olharam pra ele, que caminhou até um armário do outro lado da sala, abrindo o armário, revelando diversas telas, intactas. – Mas essas, já era tarde. – Se desculpou, e mostrou as mãos, que tinham as pontas dos dedos vermelhas de queimaduras.

Demetria: Obrigada, Sterling. – Disse, sorrindo.

Selena: Que diabo você estava fazendo aqui? – Perguntou, catando uns objetos no chão.

Sterling: Tinha papeis demais em casa. Eu resolvi trazer, deixar aqui pra revisar, e depois pegar uma pizza na pizzaria que tem aqui na esquina. – Explicou.

Selena: Pizza é vendida em delivery. – Disse, olhando-o.

Sterling: A garçonete que despacha as pizzas não. – Rebateu, deboJustin o. Joseph riu. Selena fechou a cara novamente, ignorando-o.

Joseph: Nós podemos dar um jeito nisso. – Disse, consolando Demetria.

Demetria: Eu... eu preciso chamar alguém pra arrumar tudo. – Disse, olhando as peças queimadas.

Joseph: Deixa que eu resolvo isso. – Disse, e ela agradeceu – Você só precisa abrir um sorriso nesse rosto. Tá tudo bem. – Disse, desenhando um sorriso nos lábios dela com a ponta dos dedos. - Eu vou colocar todos os meus funcionários a sua disposição. Um telefonema, e estarão aqui. Mandarei Ashley  e Nolan  virem, pra darem um jeito no que queimou. – Demetria fez uma careta fofinha – Não, Ma Belle. – Ele tocou o biquinho que ela fazia, sorrindo – Eles são os mais profissionais. Vão resolver isso em um piscar de olhos.

Demetria: Se você diz. – Resmungou.

Joseph: Hoje à noite, quando voltar pra casa, eu tenho um presente pra você. – Disse, misterioso.

Demetria: O que é?

Joseph: Hoje a noite, Ma Belle. – Insistiu, e ela rosnou.

Demetria: Odeio você. – Disse, emburrada. Joseph se aproximou dela, deixando sua bochecha pousar na lateral da testa dela, de modo que sua boca ficasse próxima ao ouvido dela.

Joseph: Não foi bem o que você me disse hoje de manhã. – Provocou, sorrindo de canto.

Demetria: É o que eu tô dizendo agora. – Alfinetou.

Joseph: Parecia mais sincera lá, neném. Eu pude ver aqui. – Ele tocou a ponte dos olhos dela com o nariz. Ela sorriu.

Selena deixou uma caixa cair de sua mão muito ruidosamente. Joseph respirou fundo e se separou de Demetria. Sterling lançou um olhar fulminante a Selena, de detrás de sua mesa. A ruiva ignorou.

Joseph: Enfim, logo eles estarão aqui. Nicholas  já deve estar vindo. Adoraria ficar pra te ajudar mas... não creio que seja conveniente. Você já está bem assistida. – Demetria riu com a alfinetada – Até a noite, Ma Belle.

Joseph segurou a aba do sobretudo dela e abaixou o rosto, encontrando os lábios dela em um beijo leve, de despedida. Em seguida saiu. Demetria se sentia debilitada com isso tudo. Assim ela se sentou em sua mesa, ignorando o olhar de Selena, e lutando pra expulsar a noite passada de sua cabeça, sem conseguir.

-

Joseph: Ashley . – Pronunciou, calmo, enquanto caminhava até a porta do seu escritório.
Um minuto depois...

Ashley : Mandou me chamar? – Perguntou, entrando na sala.


Joseph: Vá até este endereço. – Ele passou um papel pra ela – Leve Nolan . Um incêndio danificou parte do ateliê de Demetria. – Explicou, enquanto Ashley  lia o endereço – Eu quero aquele lugar pronto pra ontem. – Encerrou, claro e objetivo.

Meia hora depois Ashley  chegou ao ateliê de Demetria. Estava com uma blusa vermelha, um cinto preto cortando a cintura ao meio, jeans e salto alto. Estava acompanhada por um moreno alto, pálido, forte, que usava uma camisa preta de botões e jeans.

Ashley : Olá. – Disse, olhando Demetria.

Próximo Capitulo....