Historias

quarta-feira, 29 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 75

Sterling pegou um engarrafamento miserável. O transito fora modificado por causa das festas de ano novo, e ele só conseguiu chegar depois de 1 da manhã. Entrou em casa desembestado. Diabo, como pudera esquecer a menina  sozinha?


Sterling: Lucy?! – Chamou, alarmado. Lucy era o apelido que Sterling havia dado a Lúcia. – Lucy, tá acordada? – Perguntou, entrando pelo corredor, em direção ao quarto da filha.

Ele entrou no quarto dela. O quarto estava quase escuro, salvos pelos abajures que faziam flores e borboletas girarem lentamente pelas paredes. A menina  estava deitada na cama, já vestida pra dormir, encolhidinha em concha, abraçada com uma boneca de pano. Os olhinhos pesados, quase dormindo. Ela ouviu quando o pai entrou no quarto e ergueu o rostinho, um sorriso nascendo no rosto.


Lúcia: Oi, papai. – Disse, ainda sorrindo.

Sterling: Meu amor, me desculpe. – Pediu, se sentando na cama e puxando ela pro seu colo – Eu fui um idiota, eu tive um problema e terminei me perdendo com a hora, eu não queria deixar você sozinha, eu... – Interrompido.

Lúcia: Eu já fiquei sozinha antes, papai. Eu tô bem, eu prometo. – Disse, esticando dois dedinhos pra desenhar um sorriso nos lábios dele, que riu, ainda tenso.

Sterling: Olhe, eu vou compensar você por isso, sim? Poderemos fazer o que você quiser amanhã, ir pra onde você quiser. – Disse, acariciando os cabelos dela.

Lúcia: Até... até no zoológico? – Perguntou, acanhada. Lúcia, apesar da intimidade adquirida com Sterling, ainda era meio receosa, tendo medo de uma hora pedir demais e o pai se cansar.

Sterling: Nunca foi no zoológico? – Perguntou, beijando a maçã do rosto dela.

Lúcia: Mamãe disse que era perda de tempo, já que a gente pode ver os bichos pela tv. Mas eu acho que é mais legal ver ao vivo, né? – Perguntou, encolhidinha no colo dele. Naquela hora Sterling, que já estava convicto, teve absoluta certeza de que não deixaria Lúcia voltar pra Susana. De jeito nenhum.

Sterling: É bem mais legal. Você vai poder ver girafas, zebras, leões... – Numerou.

Lúcia: Macacos? – Perguntou, animada. Sterling riu. Sabia que a menina  achava macacos engraçados.

Sterling: Muitos macacos. – Assentiu. Um sorriso deslumbrante faiscou no rosto de Lúcia. – Já está pronta pra dormir? Acho que te acordei.

Lúcia: Não, tudo bem. – Disse, sorrindo.

Sterling: Você comeu, meu amor? – Perguntou, preocupado. Lúcia assentiu – O que?

Lúcia: Tio Justin   almoçou comigo. E deixou lanches. Fiz um sanduiche pra jantar, já que o senhor não deixa eu mexer com o fogo. – Disse, fazendo bico.

Sterling: Melhor assim. – Disse, sorrindo, e desfazendo o biquinho dela com o dedo. – Volte a dormir, sim? Eu vou tomar um banho e comer alguma coisa, e logo vou dormir. Amanhã, iremos ao zoológico. – Disse, enquanto aninhava ela de volta na cama.

Sterling ia saindo, coçando a cabeça e se amaldiçoando por ter esquecido ela. Queria que o primeiro ano novo dela com ele fosse especial, mas no final ela passara sozinha, comendo sanduiches. Que diabo.


Lúcia: Papai? – Chamou, acanhada. Sterling virou o rosto, olhando-a – Posso dormir você? – Sterling sorriu.

Sterling: Claro que pode. – Disse, voltando pra buscá-la.

Lúcia: Você não ronca, né? – Perguntou, prendendo o riso, e Sterling riu, erguendo as sobrancelhas enquanto carregava ela.

Sterling: Sapeca. – Disse, mordendo a bochecha da filha, que riu. E ali estava tudo bem.

Enquanto isso, no apartamento dos Jonas...

Não é que Demetria não conseguisse falar. Ela não conseguia respirar. Joseph iria matá-la, por Deus. Não se sabe como, nem quando, os dois foram parar na cama do casal. Já haviam transado 3 vezes. Estavam começando a quarta. A cabeça de Demetria girava, definitivamente não era normal, homens não deveriam ser assim, pelo amor de Deus! Uma hora todos se cansam, não é? Mas essa regra não parecia se aplicar a Joseph. Demetria não sabia onde terminava um orgasmo nem onde começava outro, só sabia que seu corpo os sofria. Maldita, e bendita ao mesmo tempo, seja a hora em que provocara o marido, a tarde. Se a sensação que ela tinha agora, nos braços dele, pudesse ser vendida em cápsulas, quem as vendesse teria o dobro da fortuna de Bill Gates; ninguém nunca cansaria de sentir.


Demetria: Amor... – Choramingou, quando ele se sentou na cama, com ela no colo. Mesmo choramingando, ela o prendeu, enlaçando as pernas em sua cintura. Joseph parecia decidido a explorar cada pedaço da pele dela.

Joseph: Hum? – Respondeu, ocupado demais com a pele do ombro dela pra soltar a boca e falar normalmente. Ele ouviu ela rir, rouca, e se perguntou qual era a graça. Logo veio a descobrir.

Demetria: Você... você tomou viagra? – Perguntou, achando graça. Joseph decididamente riu disso. Demetria sorriu enquanto ele ria, e acariciou os cabelos dele. Joseph mordeu a língua, contendo o riso desenfreado.

Joseph: Acredite... coitada de você se eu tivesse tomado. – Demetria arregalou os olhos de boneca, e ele sorriu – Cansada? – Perguntou, olhando-a. Estava linda, os cabelos caindo livremente pelos ombros, o rosto afogueado.

Demetria: Um pouco. – Fez bico.





Joseph: Problema seu. – Disse, prontamente, com um sorriso enorme no rosto. Demetria abriu a boca, em um gesto de choque e riso – Quem mandou me provocar? – Perguntou, pegando o queixo dela com a mão forte. Demetria suspirou. Era ele falar desse jeito com ela, que seu corpo todo estremecia – E eu não acho que você está cansada, Ma Belle. – Disse, vendo a carinha dela, e sorrindo, vitorioso.

Demetria: Vira-lata. – Murmurou e beijou-o novamente, abraçando-o pelo pescoço, e recomeçando tudo o que a conversa havia interrompido. Joseph a abraçou pela cintura, puxando o corpo dela pro seu, e, involuntariamente, unindo os corpos dos dois. Demetria, já sensível, gemeu dentre o beijo, mas não o interrompeu. Aquilo era bom demais pra ser interrompido. Joseph manteve uma mão na cintura dela e a outra em sua coxa, assim começando a guiar os movimentos dela em seu colo.

E isso duraria até o amanhecer. Estava tudo bem. Por enquanto.

próximo Capitulo...

P.S Eu Te Amo - Capitulo 74

Sterling encontrou o X da questão por acaso... Se houvesse algum modo de Susana desistir de Lúcia... Lúcia... O louro ergueu a cabeça num rompante, os olhos abertos em choque. Justin   viajara. A menina  estava esperando, ele prometera voltar depois do almoço.

Sterling: Puta merda. – Rosnou, tirando uma nota de 100 libras da carteira e colocando na mesa, sem se importar com o troco, e saindo correndo em disparada.
Enquanto isso, na casa dos Jonas...
Joseph e Demetria já haviam comido os benditos enlatados, tomado toda a garrafa e vinho branco e agora estavam na de vinho tinto. Conversavam sobre tudo, riam, se beijavam, ambos deitados no sofá, Joseph por baixo, amparados em almofadas que o faziam ficar quase sentado e Demetria por cima, deitada sob seu peito. Até que Joseph parou um beijo, deixando Demetria frustrada, e sussurrou nos lábios dela.
Joseph: Feliz ano novo, meu amor. – Sussurrou, mordendo os lábios dela em seguida. Os olhos de Demetria abriram em par. Ouviu ao longe o barulho dos fogos que deviam estar sendo queimados no cais. Joseph sorriu vendo a carinha dela.
Demetria: Feliz ano novo. – Disse, um sorriso enorme nascendo no rosto.

Joseph: Está ficando bêbada. – Constatou, imitando o sorriso dela. Demetria riu.
Demetria: Não estou, não. – Rebateu.
Joseph: Você está, sim. – Disse, imitando a voz dela – Ande, me dê isso. – Disse, tomando a taça de vinho da mão dela. Demetria relutou – Depois se põe enjoada, e a culpa resulta minha. Vamos, solte. – Insistiu. Demetria, que realmente estava quase bêbada, largou a taça com um muchocho.
Joseph: Calma, Ma Belle. – Murmurou, quando ela beijou seu queixo, a maçã de seu rosto, e procurou a pele de seu pescoço.
Demetria: Não. – Retrucou, e ele riu. Demetria o surpreendeu dando-lhe um chupão forte na curva do pescoço dele. Joseph fechou os olhos, deliciado com isso.
Joseph: Se lembra do que eu disse de tarde? – Sussurrou no ouvido dela, que agora procurava a barriga rígida dele, debaixo da camisa – Se lembra do modo como me deixou, Ma Belle? – Provocou, mordiscando a orelha dele. – Eu devia me levantar e deixar você sozinha aqui. – Ameaçou.
Demetria: Mas eu amo você. – Choramingou, e Joseph sentiu as mãos dela subindo por suas costas, debaixo da camisa. Demetria sentia cada músculo dele passar por seus dedos. Estivesse bêbada, que seja, mas estava possuída por uma vontade violenta de sentir o poder daqueles músculos investindo sobre si, o peso comprimindo-a...
Joseph: Ama? – Perguntou, beijando o ombro dela demoradamente, enquanto uma perna se insinuava entre as dela. Demetria aceitou a “insinuação” de ótima vontade, diga-se de passagem.
Demetria: Amo. – Confirmou, a mão adentrando os cabelos do marido. Joseph ergueu o rosto e tomou a boca dela, beijando-a firmemente, fazendo-a suspirar de satisfação. A língua dele explorava a boca dela, se encontrando com a dela, de um modo que fez a pele dela toda se arrepiar. Quando Demetria estava corada pelo beijo, ele o encerrou.
Joseph: Agora eu vou pra cozinha, ver se tem mais enlatados. – Disse, sarcástico.
Demetria: Se você não transar comigo agora, eu fico de mal com você. – Ameaçou, apontando o dedo delicado pra ele. Joseph não agüentou essa: estourou de rir. Demetria ergueu a sobrancelha, esperando.
Joseph: Fica... fica o que? – Perguntou, vermelho pelo riso.
Demetria: De mal. – Repetiu, a sobrancelha ainda erguida. Joseph deixou a cabeça cair pra trás, as gargalhadas, e Demetria aproveitou a pele pálida do pescoço dele exposta e atacou outra vez, beijando-lhe a pele com gana. Joseph ainda riu um pouquinho, mas depois voltou a atenção pra esposa.
Joseph: Você é absolutamente absurda, meu amor... – Condenou, mas Demetria sorriu, satisfeita, sentindo ele abraçá-la pela cintura, cuidadosamente trocando de lugar com ela, deixando-a por baixo, enquanto retomava com o beijo interrompido, roubando todos os sentidos dela de vez.
E assim eles começaram o ano, e não havia maneira melhor. Mas Joseph ainda tinha sua palavra dada, e como eu disse, ele estava apenas começando.



Demetria viu ele se virar de lado, deixando a taça dela no chão e afastado no sofá, pra não arriscar de quando um dos dois levantasse pisasse sem querer, e como ambos estavam descalços, terminarem se machucando com os cacos. Quando ele voltou a atenção a ela Demetria o atacou, beijando-o com vontade, e abraçando-o com força pelo ombro. Joseph ofegou, surpreso, e a segurou pela cintura, enquanto correspondia seu beijo.

Só Demetria estando bêbada pra cair na história de que ele deixaria ela sair dali agora. Mas ela acreditou. A reação dela o surpreendeu: Demetria bateu no peito dele, empurrando-o de volta pro sofá, e se amparou no cotovelo pra poder encará-lo.

Joseph teve cuidado pra não machucá-la com seu peso, ao se virar. Mas uma vez que ela estava acomodada no sofá, ele ergueu uma mão pro rosto dela, os dedos adentrando os cabelos macios, e segurou o rosto dela contra o seu enquanto devorava sua boca. A outra mão desceu da cintura pra coxa dela, que ele puxou contra o próprio quadril com vontade, fazendo com que seu corpo comprimisse o dela, subjugasse-a. Demetria não podia se dizer mais satisfeita; tratou de enlaçar as pernas em torno da cintura do marido, prendendo-o ali, enquanto uma mão passeava pela pele dele. Joseph sentiu a mão delicada dela sondar a calça abrigo que usava, logo passando por ela, encontrando a boxer preta dele por baixo. Demetria se deliciou com as mãos dentro da calça, e sentiu ele respirar fundo, bem como a respiração de um animal antes de atacar a presa. Joseph puxou ela mais pra debaixo de si, fazendo com que ficasse deitada, e comprimiu a cintura com a dela, simulando o próprio ato sexual. Ela adorava isso, e ele sabia. Demetria gemeu dentre o beijo, cravando as unhas no traseiro dele, distraída, e ele sorriu da reação dela, enquanto descia a boca gananciosa. Ela arqueou quando ele, ela não sabia como, se livrou da regata que vestia e se banqueteou nos seios dela. Sentiu as mãos dele passando pelo elástico de sua calça, sondando sua calcinha até encontrar sua intimidade. Aliás, intimidade era o que a mão de Joseph tinha com o corpo dela, chegava a ser natural. Ele a acariciou, ameaçou invadir a intimidade dela com os dedos, estimulou-a, fazendo-a ofegar, languida. Cada ofego dela parecia estimulá-lo, enquanto ele sentia a intimidade dela mais e mais úmida sob seus dedos. Parecia satisfazê-lo ver que estava jogando com o prazer dela daquele jeito, parecia o animal que eu citei a cima, excitado com a reação de sua presa. Demetria se sentia no céu.


Joseph parecia ter feito sob medida as vontades dela, cada pedaço, cada ponto. E parecia também saber exatamente o que fazer pra levá-la ao êxtase. E, o principal: ela tinha que saber que era ele quem o estava fazendo, pra conseguir. Nenhum outro serviria, nunca.

Próximo Capitulo...

segunda-feira, 27 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 73

Quanto a Sterling... estava abalado. Ele dirigiu até o cais, havia um bar lá de que gostava muito. Ele desceu do carro e se sentou no bar. Pediu uma dose de whisky, logo outra, e outra, até que a garrafa ficou. Tinha a sobrancelha franzida, pensando no que fazer. Não devolveria Lúcia, sob nenhuma hipotese. Ele podia contar a Demetria o que Susana pretendia, assim ela estaria pronta... não, seria humilhação demais. Demetria sofreria do mesmo modo, e ele não o faria. Poderia alertar Joseph, assim ele estaria preparado pra quando Susana fosse até ele... mas não adiantaria, Demetria não acreditaria, e seria pior. Passou a tarde pensando em uma solução, viu a noite cair, e ainda não tinha uma resposta...

E, pela primeira vez, se esqueceu de Lúcia.

Enquanto isso, na casa dos Jonas...


Demetria: Bom, o que temos de enlatados é isso. – Disse, terminando de pôr a mesa.

Horas haviam se passado. As portas estavam trancadas, os telefones desligados. A chuva da tarde se converteu em neve. Joseph deixou as janelas entreabertas, dando um clima gostoso, friozinho, a sala. Demetria havia tomado seu banho, e vestido uma calça moletom preta, com uma regata branca, os cabelos caindo em cachos perfeitos. Joseph aprovou. Tanto que, brincando com ela, usou uma calça abrigo preta e uma camisa de algodão, branca. Demetria riu disso. Os dois estavam na sala. Joseph havia desocupado a mesa de centro, e Demetria colocou lá as taças, e uns pratos feitos com comida rápida, incluindo a especialidade dela: sanduiches de salmão com maçã. Joseph surgira com duas garrafas de vinho, um branco e um tinto, dizendo ele que cada um era pra um prato. Demetria colocou o ultimo prato na mesinha, e foi se abraçar a ele. Os dois olharam os pratos de comida rápida em contraste com as taças delicadas, e as garrafas de vinho caro.


Demetria: Se quiser, ainda dá tempo de sair. – Disse, prendendo o riso. Joseph riu.

Joseph: Não. Eu gosto daqui. – Disse, beijando o rosto dela demoradamente. Demetria sorriu, sentindo o halito dele em sua pele. – Venha, sente aqui. – Disse, a voz abafada na pele dela, que riu. – É quase meia noite.

Demetria: Já? – Perguntou, virando o rosto, procurando o relógio. Ela viu, e faltavam 15 minutos. Um flashback desagradável percorreu a cabeça de Demetria, contra sua vontade. Joseph viu o rosto dela murchar brevemente.

Joseph: Passa algo, Ma Belle? – Perguntou, sentando-a em seu colo, e passando a mão em seu rosto.

Demetria: Ano passado eu estava sozinha. E no retrasado. E no que veio antes. – Disse, se lembrando das vezes em que se dopara pra dormir, e pular as festas. – O silêncio era minha única companhia. – Disse, e olhou pras mãos.

Joseph: Me desculpe por ter demorado tanto. – Disse, beijando o queixo dela. Demetria o encarou.

Demetria: O que você faria se eu não tivesse aceitado? Se não tivesse concordado em te dar um ano? – Ela viu os olhos verdes dele, sondando seu rosto – O que faria se voltasse e eu estivesse com outro, Joseph? – Ele sorriu de canto.

Joseph: Então eu não teria mais sentido pra insistir em viver. Não que minha estadia longe de você possa ser chamada de vida. – Ele fez uma careta, e sacudiu o rosto levemente, afastando as memórias – Eu estava longe, mas não perdi você de vista nem por um segundo, Ma Belle. – Disse, carinhoso.

Demetria: É claro, os boletins de Nicholas . – Disse, revirando os olhos.

Joseph: Três vezes ao dia. – Disse, sorrindo de canto - Então se algo te acontecesse, eu voltaria correndo. – Explicou – Mas nunca passou nada. A doença mais grave que você teve nos últimos quatro anos foi uma gripe. – Demetria sorriu da increSelidade dele – Nunca teve problemas graves, não foi assaltada, ninguém da sua família morreu... logo eu tive que esperar. – Ele deu de ombros.

Demetria: Esperar por...? – Perguntou, observando-o.

Joseph: No dia em que... no dia em que você me viu com Selena. – Ele viu o olhar de Demetria se trancar – Quando eu voltei pra casa, nós brigamos. Você se lembra do que me disse? – Ela negou com a cabeça.

Demetria: Eu tento bloquear as lembranças daquele dia. – Explicou.

Joseph: Dentre todas as acusações, você me disse que eu te manipulava. Que monopolizava você a minha livre vontade, como uma boneca. E que você o aceitava, por me amar. Abria mão de tudo o que podia ser pra ser só minha mulher. – Demetria ficou quieta – Então eu tive de esperar. Dar o tempo suficiente pra que você pudesse ser você. Acompanhei quando você abriu seu ateliê, vi suas primeiras telas, suas primeiras fotografias, seu primeiro vernissage. Então quando achei que você estava pronta, realizada profissionalmente, foi à hora de voltar.

Demetria: Sua cabeça é diabólica. – Disse, um sorriso nascendo no canto da boca.

Joseph: Não foi fácil pra mim. A todo minuto eu procurava um motivo pra eu pegar um avião e voltar, mas me controlei. Então, finalmente, chegou a hora. Sinceramente, eu não sei o que teria feito se demorasse mais. Acho que estava enlouquecendo. – Disse, com uma careta.

Demetria: Uma coisa... – Joseph esperou – Você quase me matou aparecendo na vernissage daquele jeito. Aliás, se não fosse o publico, eu mesma teria matado você. – Avisou, e Joseph riu.

Joseph: Me perdoe se te assustei. Pensei que você seria mais propícia se eu te encontrasse em um momento feliz, perante ao seu sucesso iminente. Me enganei, é claro. – Ele rolou os olhos.

Demetria: É bom entender sua parte. Mesmo sendo tão complexo. – Disse, com uma careta – Mas deixemos esse assunto pra lá. Você está aqui agora, e eu não estou sozinha com meu silêncio. Basta. – Sorriu.


Joseph: Sim, eu estou aqui. – Disse, beijando o pescoço dela carinhosamente – E quanto ao silêncio, eu posso cantar, se você quiser. – Se ofereceu, com um sorriso enorme. Demetria arregalou os olhos azuis, e ele riu. Então seus olhos caíram sobre a mesa – Isso é salmão com maçã? – Perguntou, olhando o prato. Ele amava o sanduiche que ela fazia. Havia 4 anos que não comia um.

Demetria: É. Sirva-se. – Disse, vendo o olhar dele.

Joseph não resistiu e apanhou o sanduiche, o pão de forma perfeitamente cortado, e sentiu o perfume do salmão, mesmo sendo enlatado. Ele mordeu o sanduiche com vontade, sentindo o gosto deliciosamente familiar de volta. Demetria acariciou o cabelo dele, beijando seu rosto, e ele sorriu de canto, enquanto mastigava. Nenhum dos dois queria pensar em mais nada, só naquele momento. E assim seria.

Próximo Capitulo...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 72

Demetria: Machucou? Bem feito. – Disse, e riu depois – Joseph ergueu uma sobrancelha, sem rir – Ok, parei. – Ela respirou fundo, prendendo o riso, e ele continuou com a sobrancelha erguida – Machucou, mi amor? – Perguntou, forçando um breve sotaque espanhol que não combinava com o inglês dela. Ele teve vontade de sorrir, mas não o fez. – Vai ficar de cara feJustin a? – Perguntou, olhando-o. Silêncio como resposta. – Não machucou taaanto assim, machucou? – E nada. – AAAAAAARGH! – Ela estapeou o ombro dele, que continuou quieto, embora refreasse uma louca vontade de rir novamente.

Ela olhou ele, que permaneceu quieto. A cabeça de Joseph registrava cada movimento dela. Tão linda que era, e tão alheia de sua perfeição. Então, apanhando-o de surpresa, ela beijou seu rosto, onde havia batido anteriormente. Ele sorriu, sem que ela visse. Ela persistiu, beijando cada pedacinho da face dele, até que ele desistiu de torturá-la e a abraçou pela costas com as mãos firmes, trazendo o corpo dela pra si em um abraço forte.

Demetria: Cachorro. – Disse, mordendo o rosto dele. Joseph riu.

Joseph: Que está fazendo, Ma Belle? – Perguntou, sorrindo, ao sentir ela começar a dar beijos chupados em seu pescoço, as vezes mordiscando um pouco.

Demetria: Renovando suas lembranças. – Disse, a voz baixinha, e ele fechou os olhos, deixando que ela o acariciasse.

Joseph: Eu posso te ajudar. – Ofereceu, e Demetria ficou subitamente consciente das mãos dele em suas costas, e do poder que elas tinham.

Demetria: Pode? – Perguntou, mordiscando o pomo-de-adão dele.

Joseph: Acho que eu posso. – Disse, com um suspiro, buscando a boca dela em um beijo sedento.

Demetria se entregou, satisfeita, deixando a língua dele assaltar sua boca com vontade, e correspondendo-o a altura. A mão de Joseph subiu pelas costas dele, por dentro da bata folgada, sentindo a pele ainda quente pelo sono dela reagir ao seu toque, e com a outra mão puxando-a pra baixo, deixando-a presa contra sua cintura. Demetria suspirou, satisfeita, no colo do marido, enquanto segurava o rosto dele com as duas mãos. E parecia que aquele beijo não ia acabar nunca. A mão dele se deliciou no corpo dela, e ela o adorou. Joseph buscou um seio dela, livre do sutiã, e riu do estremecimento surpreso dela. Acariciou-a até que sentiu a pele dela sensível; quase podia ver o tom avermelhado que teria. Ele não deixou a boca dela nem por um segundo, se encarregando de estimulá-la ao mesmo tempo que lhe privava de ar. Os mamilos túmidos e sensíveis, o rosto vermelho e afogueado, a boca sendo agressivamente atacada pela dele, logo Demetria estava ofegante. Mas não tentou se libertar nem do toque nem do beijo, ela queria ficar ali. Joseph soltou a boca dela, que arqueou, os lábios vermelhos, buscando por ar, e mordeu o pescoço dela, o colo, e o seio, o qual beijou e mordeu com vontade, por cima da bata. Demetria se agarrou ao linho da camisa dele, apertando com as mão tremulas.

Ela sentiu as mãos dele descerem por seu corpo, apertando sua cintura vigorosamente, e achou o short dela. Passou pelo elástico do short, e encontrou a pele que o short mal escondia, apertando com vontade, puxando a cintura dela contra a sua, fazendo-a gemer baixinho de ansiedade. Ele deixou os seios dela e procurou sua boca, tomando-a de novo, em outro beijo. Demetria sentiu a mão dele encontrar sua calcinha e mordeu o lábio dele, que sorriu gostosamente... foi ai que o telefone tocou.

Demetria: Não... – Choramingou, se apertando a ele e apertando as pernas em torno de sua cintura.

Joseph: Definitivamente não. – Murmurou, mordiscando o queixo dela.

Mas o telefone não parou. Era impossível manter o clima com aquele som irritante ecoando pela sala. Demetria suspirou, abrindo os olhos, o rosto afogueado. Encontrou os olhos verdes dele, frustrados e com um toque ameaçador de raiva. O telefone prosseguia.


Demetria: Vai. – Disse, frustrada, afastando as mãos dele de si. Joseph a abraçou de novo, insistente – Amor, sai, não adianta, não vai parar. – Disse, e Joseph rosnou, soltando a cintura dela.

Demetria desmontou do colo dele e foi até o telefone, mas não o atendeu; puxou o cabo da tomada. O som irritante parou e Joseph respirou fundo, satisfeito. Ele virou e viu ela ajeitando o short. Joseph sorriu, satisfeito com o que causara. Ela tinha o rosto afogueado, os lábios meio inJustin os, o pescoço vermelho pelos chupões dele, a bata fina amassada e úmida pelos beijos e mordidas dele nos seios que continuavam rígidos. Então, com um clique, ele percebeu que ela não devia estar arrumando a roupa.


Joseph: Demetria. – Alertou, e ela o olhou, divertida – Venha. – Disse, estendendo a mão. Demetria negou com a cabeça – Que? – Perguntou, exasperado.

Demetria: Não. – Disse, tirando o cabelo do rosto.

Joseph: Porque não? – Perguntou, quase caindo no choro.

Demetria: O clima morreu. – Joseph olhou os seios rígidos dela decalcados contra a bata e de volta pros olhos dela, erguendo a sobrancelha – Vai passar. – Garantiu, sorrindo. – Eu vou pra cozinha. Enlatados, lembra? – Ela sorriu, prendendo o riso.

Joseph: Eu tenho pena de quando colocar as mãos em você. – Disse, e sua voz era um tanto ameaçadora. Demetria mordeu a língua, provocando – Não vai adiantar implorar, está avisada. – Demetria assentiu, e mesmo temerosa, não voltou pro sofá.

Demetria já recebera esse aviso antes, algumas vezes. E em cada vez que ele cumpriu o aviso, ela pensou que ia chegar a enlouquecer, lembrou,enquanto ia pro corredor. Ainda assim, sempre valia à pena.




Joseph: Argh, Ma Belle! – Disse, se deitando de bruços no sofá e cobrindo a cabeça com uma almofada. Demetria ouviu o grito abafado dele vindo debaixo do travesseiro, e riu. Joseph se prometeu, ali, ouvindo o riso dela, que ela ia pagar.

E, no fim das contas, ela fora avisada.

Meninas muiiittoooo obrigada pelos comentarios !! tive um problema serio por isso andei sumida !! mas vou terminar de postar a história não se preocupem !!!! 

Beijos e até segunda !! 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 71

Demetria fez o que Sterling mandou. Foi pra casa, tomou um demorado banho de banheira, e vestiu algo simples, um short e uma bata solta, branca. Prendeu os cabelos, e foi até a cozinha. Pensava em tudo o que Sterling havia lhe dito. Serviu-se um copo de chá gelado, e se sentou na bancada da cozinha. Fazia um frio escaldante. Ela ficou quieta, pensando em tudo, e não viu o tempo passar. Só se deu conta quando ouviu a porta abrir.

Joseph: Ma Belle? – Chamou a voz vindo da sala. Demetria se levantou, apanhando seu copo de chá, e foi até a sala. Joseph estava lá, os cabelos arrepiados e molhados pela chuva e pelo vento, tirando o terno salpicado de chuva, largando-o no sofá – Tenho algo pra você. – Disse, e Demetria percebeu que ele tinha um pacote na mão. – Tome. – Ele deu o pacote a ela.

Demetria largou o copo em uma mesinha da sala e apanhou a caixa. Se sentou, distraída, e removeu o papel, achando uma caixa branca. Abriu a caixa, e achou um globo de vidro dentro. Ela paralisou, rindo de leve. Joseph, antes do término, a cada ano novo, lhe dava um globo de vidro, daqueles que você sacode e parece ter neve. Era tradição. E lá estava o globo. Ela colocou a mão na caixinha, dispersando o isopor e apanhou o globo, trazendo-o perto do rosto. Havia uma bailarina, erguida na ponta de um pé graciosamente, um braço erguido de modo que sua mão tocava de leve a de seu parceiro, que estava parado perto dela, um braço erguido pra tocar sua mão. Demetria sorriu, e sacudiu a bola levemente, e nevou sob os bonequinhos.


Demetria: É lindo. – Disse, erguendo o rosto pra ele. – Obrigado. – Joseph sorriu, agora secando os cabelos com uma toalha que ela não sabia de onde ele tinha tirado.

Joseph: Você ainda tem os outros? – Perguntou, friccionando a toalha nos cabelos.

Demetria: Todos. Guardados em uma gaveta empoeirada no fundo de um armário do ateliê. – Acentuou.

Joseph: Assim como sua aliança estava. – Disse, tirando a toalha dos cabelos, que ficaram arrepiados – Você não sabe usar os presentes que eu te dou. – Disse, lamentando tragicamente com a cabeça, enquanto desabotoava os pulsos da camisa. Demetria viu um traço da pulseirinha prata que deu a ele debaixo da camisa.


Demetria ergueu uma sobrancelha fina, segurando a resposta mal criada que veio a sua boca. Joseph viu a expressão dela e riu. Demetria sorriu, e deu espaço do lado dela no sofá.

Demetria: Venha aqui. – Disse, e ele se sentou ao lado dela, que colocou as pernas sob seu colo.

Então ela o beijou. Joseph não esperava. Demetria estava distante esses últimos dias, e ele não invadira o espaço dela. Ela colocou a mão livre no rosto dele, e o beijou ternamente. Joseph estava frio, ela reparou, enquanto afundava a mão nos cabelos frios dele. Joseph retribuiu o beijo ardorosamente, puxando-a pela cintura, trazendo-a mais pra si com uma mão, e puxando as pernas dela pro seu colo com a outra. O beijo era sôfrego, Demetria suspirava, lânguida nos braços dele. Quando a respiração se tornou mais urgente, minutos depois, os dois se soltaram, mas continuaram de testas coladas, ofegando.


Joseph: Eu não mereço você. – Murmurou, a voz quebrada.

Demetria: Não, não merece. – Confirmou, e os dois riram – Mas quem disse que a vida é justa? – Perguntou, acariciando o rosto dele, que sorriu.

Os dois ficaram assim por minutos. Joseph acariciava as pernas dela, e ela o rosto dele. Às vezes os dois se beijavam levemente, ou apenas selavam os lábios. Na maioria das vezes apenas ficavam sentindo a respiração um do outro, e isso bastava.


Demetria: Você quer sair, hoje? – Joseph a encarou, os olhos verdes perigosamente perto pelas testas coladas – Tipo, pra comemorar o ano novo?

Joseph: Não faço questão. Podemos ficar, se preferir. Contanto que eu esteja com você, - Ele selou os lábios com os dela novamente – Resultará bem. – Completou.

Demetria: Então ficaremos. – Pediu, e ele assentiu uma vez – Podemos fazer um jantar. Desligar os telefones, proibir o porteiro de interfonar. Ficar assim, só nós dois. Deixa o mundo lá fora, lá embaixo, do lado de fora do portão. – Propôs, passando o dedo nos lábios dele.

Joseph: Me parece perfeito. – Sorriu, ainda olhando os olhos dela – Podemos abrir um vinho. Boa musica. Um bom jantar. Pedimos a comida, se você não quiser cozinhar. – Disse, atencioso.

Demetria: Eu quero. – Disse, tranqüila. – Vou trancar as portas. Ninguém entra.

Joseph: E ninguém sai. – Brincou, erguendo a sobrancelha. Demetria riu, dando um tapinha de leve no rosto dele – Parece bom.

Demetria: Sem problemas, sem preocupações. Só nós dois. Privacidade. – Disse, beijando o nariz dele.

Joseph: E de portas trancadas. – Acrescentou, e ela riu.

Demetria: De portas trancadas. – Assentiu.

Joseph: Obrigado. – Disse, encarando-a.

Demetria apenas sorriu. Era disso que ela precisava. Privacidade. Um tempo pra ser a mulher de Joseph Jonas. Sem problemas, sem traições. Sem Susana, sem Selena, sem nada. Só pra ser dele. E ela teria.

-

O dia se passou, e os dois ainda estavam no sofá, dentre beijos, carinhos e chamegos. Adormeceram após algum tempo, abraçados, um aquecendo o outro da chuva forte, Joseph com Demetria encolhida em seus braços. O sono dos dois durou no máximo umas três horas, foi ai que Demetria acordou. Ela piscou os olhos preguiçosamente, respirando fundo. Joseph ressonava, o rosto afundado em seus cabelos. Ela olhou o pulso, onde um delicado relógio lhe indicou que estava anoitecendo. Ela se desvencilhou dos braços dele calmamente, pra não acordá-lo. Mas quando tomou impulso pra se levantar, um braço forte segurou sua cintura, trazendo-a de volta ao sofá. Ela riu, deitando a cabeça no peito dele, onde ouviu o batimento constante de seu coração.

Joseph: Fugindo? – Acusou, brincando, com a voz ainda rouca de sono.

Demetria: Ia trancar as portas. – Ele riu de leve – E alguém precisa preparar o jantar. – Disse, erguendo o rosto – Se eu não começar agora, vou romper o ano na cozinha. – Disse, montando um bico. Joseph sorriu e selou o biquinho que ela fez.

Joseph: Não vai cozinhar. – Disse, abraçando-a propositalmente com força, o que fez ela gritar, rindo, deitada em cima dele.

Demetria: Sim, eu vou cozinhar. – Rebateu.

Joseph: Não vai não.

Demetria: Vou, sim.

Joseph: Não.

Demetria: Sim. – Disse, achando graça do bate-boca. Joseph riu, passando a mão no rosto.

Joseph: Teimosia. – Disse, mordendo o rosto dela – Não vai cozinhar. Vamos comer enlatados. – Disse, de pronto. Demetria ergueu as sobrancelhas.

Demetria: Enlatados? – Perguntou, deboJustin a.




Joseph: É. Você vai se levantar daqui, isso se eu deixar, tomar um banho e vestir sua roupa mais confortável... e mais velha. – Ela fez uma careta – Então vamos comer enlatados, com um bom vinho. Como antigamente, se lembra? – Sorriu. Demetria sorriu também, se lembrando de quantas vezes os dois comeram ali, no chão da sala, vestidos em moletons.

Demetria: Enlatados? – Perguntou de novo, mas já mais conformada.

Joseph: Enlatados. – Confirmou, satisfeito.

Joseph estava deitado de costas no sofá. Ele viu Demetria se soltar de seus braços, mas não viu pretensão de se levantar vindo dela. Ela apenas se sentou no colo dele, com uma perna de cada lado, e se espreguiçou, manhosa, esticando os braços. Os cabelos caíam, livres do nó, em uma cascata cor de chocolate até a barriga dela. Joseph sorriu, vendo ela espantar o sono recente. E o quão linda era, Cristo. E o que tinha de linda, tinha de dispersa. Talvez até de inocente. Fazia as coisas sem calcular. Como, por exemplo, se sentar daquele modo, com aquele toco de short e aquela bata frágil, e pior, se estreitar no colo do marido esfomeado que tinha. Isso sem se dar conta do que fazia.


Demetria: Que foi? – Perguntou, após terminar de bocejar, vendo o olhar malicioso dele sobre si.

Joseph: Nada. – Disse, ainda deliciado com a ingenuidade dela – Posição interessante pra se sentar. – Elogiou, e Demetria riu, deixando a cabeça cair pra trás. Outra vez, ingênua, pensou ele, vendo o corpo dela se moldar contra a bata fininha, uma vez que ela deixou a cabeça cair. Um sorriso nasceu no rosto dele, enquanto ele coçava a sobrancelha.

Demetria: Você é ridículo. – Condenou, coçando o braço de leve, e encarando ele.

Joseph: Sou? – Ela assentiu – Tudo bem, eu aceito. – Ela riu da objetividade dele. Joseph se sentou no sofá, puxando ela pela cintura, pra fazê-la continuar sentada do mesmo modo em que estava. Demetria riu com isso, enlaçando a cintura dele com as pernas. Joseph olhava ela, sondando. Não era possível que alguém fosse tão alheio a situação como ela era. Mas ela era. Com ele, tudo era natural. – Porém... – Ele ergueu o rosto pra deixar a boca perto do ouvido dela. Como Demetria estava sentada em seu colo, estava mais “alta” que ele. – Esse fato não apaga as boas lembranças que eu tenho desse sofá. – Disse, em um sussurro, e viu a pele do ombro dela se arrepiar. Ele baixou o rosto e beijou o ombro delicadamente, sentindo o perfume doce que exalava dela.

Demetria: Safado. – Disse, dando um tapinha no rosto dele. Joseph riu. – Não ria de mim! – Disse, corando, e Joseph não agüentou: riu mais ainda. Ela bateu no rosto dele de novo, mas dessa vez com um pouco de força.

Joseph parou de rir e ficou sério. Demetria colocou as mãos na boca, os dois olhos de boneca arregalados.


Próximo capitulo...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 70

Sterling: Vocês, mulheres, tem uma visão diferente do amor que nós, homens, temos. Pra nós amor e sexo muito raramente andam juntos. Pra vocês, um depende do outro. – Demetria fungou, secando o rosto. Nunca conversara com Sterling assim – Me perdoe, mas eu entendo Joseph. Eu entendo a tentativa dele, mesmo sendo ela tão errada. Não diga isso a Selena, eu ainda tenho uma filha pra criar. – Pediu, sério, e Demetria riu. Ele sorriu – Sexo no nosso ponto de vista é só um modo de descontrair, e no caso dele, um modo de provar a si mesmo que ele podia prosseguir, se você resolvesse deixá-lo. Ele nunca quis te ferir, Demi. Pense nisso.

Demetria: Dói demais. – Assumiu, olhando o copo de água em sua mão.

Sterling: Ainda assim, pense. Agora, vá pra casa. Ele vai estar lá? – Perguntou, olhando-a.

Demetria: Só depois do almoço. – Disse, bebendo o ultimo gole do copo.

Sterling: Então vá. Tome um banho, tente relaxar, e tome um calmante, se necessário for. Não se martirize assim, não vai resolver.

Demetria: E tudo isso? – Perguntou, apontando a bagunça que os dois haviam feito.

Sterling: Eu resolvo. Vá pra casa. Tente ser mais razoável, vai ser melhor pra você. E pode deixar, que Susana é problema meu. – Demetria sorriu, e assentiu. Sterling beijou a testa dela. – Agora ande, vá.

Demetria assentiu. Guardou a agenda, o bilhete de Joseph dentro, e vestiu o casaco. Pegou a bolsa, e após abraçar Sterling, como agradecimento, saiu. Sterling coçou o cabelo com a saída dela. Não gostava de vê-la sofrer assim. Depois se virou pra sua mesa, pensando em um modo rápido de organizar tudo aquilo. Uns 5 minutos após a saída de Demetria, a porta do ateliê voltou a bater.


Sterling: Demi, eu disse que era pra você ir pra casa. Eu vou resolver isso aqui em um minuto, e vou também, Lúcia está me esperando, você sabe. Não seja teimosa. – Disse, os olhos azuis presos a uma folha de papel.

Susana: O carro de Demetria acabou de v
irar a esquina, eu me certifiquei. – Disse, soprando um cigarro que tinha na mão. O olhar de Sterling congelou e ele ergueu os olhos, vendo Susana atravessar a sala calmamente, sorrindo – Então eu sou problema seu, Sterling? – Perguntou, satisfeita.

Sterling: Falando no satanás, o diabo aparece. – Disse, voltando os olhos pros papeis. – Olhe, eu estou cansado. Vá curtir o seu ano novo, que eu ainda tenho muito o que fazer. – Ele se levantou com um classificador.

Susana: Eu vim barganhar. – Ela apagou o cigarro num cinzeiro da mesa dele.

Sterling: Não tenho interesse. – Disse, abrindo uma gaveta no armário atrás de si.

Susana: Não? – Perguntou, divertida.


Sterling: Pra existir uma barganha, um lado tem que oferecer algo que o outro queira. Não quero magoar seu ego, mas você não tem nada que me interesse. – Disse, procurando lugar pra colocar o classificador.

Susana: Tem certeza? – Perguntou, a voz maliciosa, se encostando na parede perto dele, enquanto olhava seu rosto.

Sterling: Xô, Susana. – Disse, com uma careta como a de quem é incomodado por uma mosca. Mas o comentário dela não evitou que lembranças e mais lembranças dos dois aflorassem na cabeça dele. Susana riu, indo se sentar na cadeira dele.

Susana: Eu quero minha filha de volta, Sterling. – Disse, após cruzar as pernas.

Sterling: Para? – Perguntou, colocando o classificador organizado entre os outros.

Susana: A roupa suja está acumulando. – Alfinetou, sorrindo.

Sterling: Susana, vá para o inferno. – Rosnou, fechando a gaveta. – Não vai tê-la de volta.

Susana: Tem certeza? – Perguntou, girando com a cadeira. Uma chuva violenta começara a cair lá fora.

Sterling: Absoluta. Juiz nenhum vai tomar a menina  de mim pra devolvê-la a você. Logo quem. – Ele sorriu, apanhando uns papéis na mesa de Demetria, e contando-os – O processo é só burocracia, perda de tempo e dinheiro. – Ele olhou ela – Você perdeu. – Debochou, piscando o olho. Susana riu.

Susana: Você realmente se preocupa com Demetria, não é?

Sterling: É minha amiga. Me incomoda que sofra tanto. – Disse, sem dar atenção – Ela ama Joseph, e ele a adora. Acho que é só uma questão de tempo pra superarem isso. Como eles ainda tem 7 meses... – Ele deu de ombros. – Só queria que ela relaxasse mais.

Susana: Eu vou fazer da vida dela um inferno, Sterling. – Disse, os olhos azuis sondando-o, e um sorriso malicioso no rosto.

Sterling: Que é? – Perguntou, franzindo o cenho.

Susana: Eu vou ser a sobra de Joseph. Eu vou plantar a duvida em todos os cantos que eu achar. – Disse, sorrindo. Viu Sterling apertar os papéis que tinha – Se ela não tem paz agora, eu te prometo, isso é só o inicio. – Ela piscou pra ele, se inclinando na mesa.

Sterling: Tem noção do quanto Demetria já sofreu, Susana? – Perguntou, incréSelo.

Susana: Eu estou pouco me importando. Eu vou fazer com que a frase “O pior já passou” não se aplique ao caso dela. Eu vou fazer com que seja pior. – Prometeu, sorrindo.

Sterling: Você é doente. – Desprezou.

Susana: Posso ser. Mas eu vou fazer, e com o maior prazer. – Garantiu.

Sterling: Joseph vai matar você no trajeto. E eu vou rir no seu velório. – Garantiu, o rosto duro.

Susana: Eu sempre vou poder fugir. Como fumaça entre os dedos. Se ele muito conseguir me pegar, vai ser assim. – Ela deixou o rosto cair pro lado, evidenciando as marcas roxas dos dedos de Joseph. – E no dia seguinte eu vou estar lá, do mesmo modo, até que ela não agüente mais. – Ela fez biquinho de pena.

Sterling: Eu tenho nojo de você, Susana. – Disse, desarmado – Não sei como pude casar com você.

Susana: Nada que Vegas não resolva, baby. – Disse, tranqüila – Mas, você, só você, pode impedir o que eu vou fazer. Só você pode dar paz a tão sofrida Demetria.

Sterling: Como? – Perguntou, atônito. Susana era pavorosa.

Susana: Você está com algo que é meu. E eu quero de volta. – Disse, calma – Como eu disse, eu vim barganhar. – Disse, se recostando na cadeira. – A escolha é sua.

De repente Sterling parecia ter recebido o peso do mundo em suas costas. Seu rosto era cansado, e o azul de seus olhos não trazia alegria. Não era justo.

Susana: Cada lágrima que ela derramar, será por culpa sua. – Pressionou.

Sterling: Minha filha não. – Disse, em um murmúrio, se encostando na mesa de Demetria.

Susana: Cada briga que os dois tiverem, será por sua causa. – Continuou – Cada expressão triste, e cada suspiro de agonia que ela der, será por você. Quando o casamento deles ruir, e eu vou cuidar pra que isso aconteça, vai ser graças a você. – Seduziu.

Sterling: Minha filha não, Susana. – Repetiu, e parecia torturado.

Susana: Pensei que você fosse fazer qualquer coisa por ela, Sterling. – Disse, se fingindo desapontada – Ela vai sofrer, e você pode impedir isso, mas não vai. Tsk, tsk. – Ela respirou fundo – Devolva a menina , e eu vou embora da cidade ainda essa semana. Ah, tire Justin   de trás de mim também, depois de um tempo fica incomodo.


Sterling: Fora daqui. – Disse, olhando o chão.
Susana: Tudo bem. – Disse, se levantando – Seu advogado, de alguma forma, conseguiu adiar a maldita audiência pra daqui a três meses. – Disse, com desgosto – Então você tem um mês pra pensar. Dentro de um mês eu vou começar a te dar amostras do que eu posso fazer. Em dois meses vai piorar. Se chegar ao dia do julgamento, você vai ter a guarda da menina , mas eu vou ter residência fixa em Londres até eles dois se separarem definitivamente. – Explicou – Feliz ano novo, Sterling. – Sorriu, vendo o rosto torturado dele.

Então ela saiu. A promessa seria cumprida. E era só.

Próximo Capitulo...

P.S Eu Te Amo - Capitulo 69

Demetria acordou na fossa no dia seguinte, outra vez. Mas Joseph, dessa vez, não foi alheio. Quando sentiu ela se mover, se soltando dele, não deixou.

Demetria: Eu preciso ir trabalhar. – Disse, tentando se desvencilhar do braço dele.

Joseph: Não. Precisa ficar. –Disse, pondo-a deitada de volta. Demetria se deixou deitar no travesseiro. Joseph se deitou de lado, se apoiando em um braço. Demetria viu o verde ainda sonolento dos olhos dele. – Está bem? – Ela assentiu, e tentou levantar de novo – Sem pressa, Ma Belle.

Demetria: Me deixe ir. – Pediu, encarando-o.

Joseph: Tudo bem. – Disse, após um instante olhando-a – Eu amo você. – Lembrou. Demetria sentiu a mão dele solta-la, e se levantou, tendo uma dificuldade bárbara em andar, pela violência da noite anterior.

Os dias se passaram desse modo. Joseph não voltou a tocar Demetria, e o clima estava estranho, anormal.
O ultimo dia do ano chegou; Demetria marcou de se encontrar com Sterling de manhã no ateliê, pra resolver uns últimos detalhes antes de fazer o balanço total. Se encontraram na rua, próximo ao prédio. O vento era frio, levava os cabelos de Demetria e o sobretudo de Sterling.

Sterling: Se vê triste. – Comentou – Quer desabafar, Demi? – Demetria sorriu.

Demetria: Você nunca foi bom ouvinte. – Disse, olhando o chão enquanto caminhava. Sterling sorriu.

Sterling: Pessoas podem mudar. – Disse, em tom brincalhão – Sou seu amigo. Me afeta ver você sofrendo assim. – Ele respirou fundo – É por ele, não é?

Demetria: Por quem mais seria? – Perguntou, cabisbaixa.

Sterling: Qual o problema? – Perguntou, observando-a.

Demetria: Eu não sei, eu pensei que já passasse tudo bem... mas então Susana apareceu. Parece que toda a confiança que eu tinha adquirido nele se converteu em uma linha, e eu tenho que puxar o tempo todo, pra manter firme. Mas está escorregando demais. – Ela respirou fundo – Eu não consigo confiar. – Desabafou – Acho que é mais em mim mesma que nele.

Sterling: Então se eu matar Susana o problema se vê resolvido? – Perguntou, tentando distrair o ambiente. Demetria riu de leve.

Demetria: Falando em Susana, onde está Lúcia? – Perguntou, sorrindo.

Sterling: Ficou com Justin  , ajudando-o com as malas.

Demetria: Justin   vai viajar? – Perguntou, surpresa.

Sterling: Não, resolveu se mudar de vez. Está indo hoje, vai apanhar as coisas dele que ficaram, e volta essa semana. Mas na minha casa ele não fica. – Disse, passando a mão no cabelo.

Demetria: Se está levando as malas pra lá... – Deixou o silêncio como sugestão.

Sterling: Não por isso, jogo as malas pela janela. – Ele sorriu, o vento arisco batendo em seu rosto. Demetria riu – Escute, Justin   é um problema fácil de resolver.

Demetria: Se você acha... – Ela riu de novo.

Sterling: Se houver algo que eu possa fazer por você, pra te ajudar, qualquer coisa, Demi, não hesite em pedir. Não importa a hora, não importa o que for. – Disse, e Demetria sorriu, abraçando-o.

Demetria: Obrigada. – Disse, e ele beijou sua testa, enquanto entravam no prédio.

O problema é que havia alguém perto deles, seguindo-os. Alguém cujo pescoço tinha marcas que nem eram roxas, eram pretas, devida a violência sofrida.

Susana: Qualquer coisa? – Repetiu pra si mesma, sorrindo de canto – Bom saber. Isso vai ser mais divertido do que eu pensava. – Disse, um sorriso faiscando em seu rosto. Ela seguiu andando pela calçada, e estava decididamente feliz. E, decididamente, nada de bom sairia dali.

-

Demetria trabalhou incansavelmente aquela manhã. Quando era lá pras 11 da manhã, ela estava revirando papéis, e Sterling disse que iria buscar algo que comer. Demetria assentiu, e continuou seu trabalho. Então abriu sua bolsa, pra buscar a agenda do ateliê (uma agenda onde Demetria colocava os procedimentos de cada dia, de modo que ela tinha uma noção exata do avanço que faziam). Abriu na pagina do dia. Mas havia um papelzinho lá, um bilhete, e a letra não era dela. "P.S.: Eu te Amo.". Demetria desmontou. Como infernos ele conseguia fazer isso? Ela amassou o papel e o atirou na cesta próximo a sua mesa. Apanhou uma caneta, e começou a escrever.

31 de Dezembro.

Selena e Ashley  não vieram, devido ao ano novo. Sterling e eu terminamos por fim a organização dos arquivos perdidos com o incêndio. Dei uma adiantada no quadro ainda sem nome que comecei a pintar aqui, mas creio que o que estou fazendo em casa ficará pronto mais breve. Só ficaremos no trabalho hoje até o almoço, porque...

A partir do “em casa” a letra de Demetria começou a tremular. Ela parou no “porque”, porque não conseguia mais enxergar, devido as lágrimas que caiam. Ela largou a caneta em cima da agenda e apoiou as mãos no rosto, deixando os soluços virem. Se abaixou, e após pegar a lixeira, resgatou o bilhete de Joseph de lá. O desamassou e o colocou dentro da agenda. Depois disso não fez mais nada. Se recostou na cadeira, se abraçando, e chorou toda a dor que vinha sentindo. Depois da volta de Joseph, Demetria não tivera tempo sozinha pra se sentir triste. Ou estava no trabalho, com todos, ou em casa, com o próprio Joseph. Ao contrário de antes da volta dele, que depois do expediente, ela tinha todo o tempo livre e sozinha, pra expressar qualquer sentimento. Ela aproveitou o tempo sozinha no escritório, e deixou que a dor lhe açoitasse o quanto pudesse, deixando que as lágrimas viessem sem ter que despertar a pena de ninguém.

Era só ela. Logo sua maquiagem havia derretido, o rímel escorrendo pelo rosto pálido junto com as lágrimas. Foi quando Sterling voltou.

Sterling: A joça da cafeteria não tem os cigarros que eu... Demi? – Disse, largando o café em cima da mesa dela – O que houve? – Perguntou, assustado.

Mas não precisou muito. Demetria, sem conseguir falar, negou com a cabeça, baixando-a. Os cabelos caíram sobre seu rosto, mas ela não se importou. Sterling apanhou um copo de água pra ela, que bebeu, se acalmando em seguida.



Sterling: Se te machuca tanto, porque não desiste? – Perguntou, após ter puxado sua cadeira pra perto dela.

Demetria: Primeiro, porque eu prometi um ano a ele. Ele ainda tem 7 meses. – Disse, a voz ainda trêmula pelo choro.

Sterling: Segundo...?

Demetria: Segundo... porque é muito ruim ser só, Sterling. Voltar pra casa e não ter ninguém te esperando, só um apartamento vazio e frio. Ninguém que te ouça, ninguém que se preocupe. – Ela franziu o cenho, bebendo outro gole da água.

Sterling: Você pode tentar outra pessoa, Demi. Alguém que te machuque menos. – Sugeriu.

Demetria: Não há outra pessoa. Não pra mim. – Disse, respirando fundo. E era verdade.

Sterling: Você consegue viver sem ele. Você conseguiu todo o tempo, porque não agora? – Tentou.

Demetria: Eu consigo ver ele. Mas eu... eu não quero. – Disse, os olhos se enchendo de água de novo – Meu Deus, eu não quero. – Repetiu, e mais duas lágrimas caíram – Eu não consigo superar o que ele fez, e eu não consigo ficar sem ele. Eu sou permissiva demais, mas não é algo que eu possa controlar. Quando ele está perto de mim, quando me toca, até quando fala comigo, só pelo som de sua voz, eu sou dele, e é só. – Ela secou o rosto – Não sei o que fazer. – Assumiu.

Sterling: Minha opinião? – Demetria assentiu – Eu gosto dele. Eu vejo no olhar dele, que ele te ama. – Demetria caiu no choro de novo – É a verdade, Demi. O modo como ele se porta perto de você. É como se estivesse pronto pra se colocar na frente de uma bala por você. O modo como ele te olha, não é só amor, é devoção.

Demetria: Então porque me traiu? Porque fez com que eu perdesse a maldita confiança? – Perguntou, a voz cortada pelo choro.

Sterling: Ele te explicou, não explicou? – Demetria assentiu. – Então. Ele te deu os motivos dele. Fúteis ou não, foi o que levou ele a te trair. – Demetria soluçou – Mas preste atenção. Mesmo tendo feito tudo o que fez, ele nunca o fez por querer menos você, ou por te amar menos. Foi por não saber administrar o que sentia. Por ter medo de você um dia dizer a ele que tinha acabado, passado. Foi medo de não sobreviver, Demi.

Demetria: Então ele vai curar o medo dele na cama de outras? Me enganando?




Próximo Capitulo...

P.S Eu Te Amo - Capitulo 68

Demetria: Não, não foi você. – Disse, a voz sem entonação – Sua namorada fez. – Disse, e viu o choque atravessar o verde já calmo dos olhos dele.



Ela se soltou dos braços dele e apanhou um roupão que estava largado em seu lado do closet, de seda branca. Ela se sentou e cambaleou ao fazer isso, a dor era horrível. Mesmo assim, trincando os dentes, vestiu o roupão, e com bastante esforço se levantou, saindo e deixando-o ali. E o silencio reinou.

-

Joseph passou a noite emborcado no chão do closet. Sentia a raiva correndo em seu sangue. Como Susana se atrevera...? Demetria tomou banho, se vestiu, e andando com muita dificuldade, foi pra cama. Gemeu ao se sentar na cama, e demorou minutos pra conseguir se sentar. Demorou a adormecer. Mas quando dormiu, caiu em um sono profundo e pesado. O sono dos machucados, dos magoados, e dos satisfeitos também. Não viu quando Joseph saiu do closet, a roupa já feJustin a e arrumada. Ele foi até ela e puxou o edredom, cobrindo-a. Deu um beijo de leve na testa dela, e acariciou seus cabelos. Deus, como a amava. Ele passou a mão na marca rosa clara, quase sumindo, do tapa de Susana, e saiu.

Susana estava dormindo, quando a campainha começou, furiosa. Ela ignorou, mas continuava. Vestiu um hobbie preto, e desceu as escadas, berrando que já ia atender. Quando abriu a porta, porém, não conseguiu focalizar nada. Uma mão se fechou em seu pescoço, empurrando-a pra dentro de casa. A cabeça dela se bateu em uma pilastra da casa, e ela começou a sufocar. Encontrou dois olhos verdes, furiosos, encarando-a. A pressão em seu pescoço só aumentava.

Susana: Joseph... – Grasnou, ficando vermelha. Não conseguia respirar – O que...

Joseph: Se atreveu a tocar nela. Bateu nela, Susana. Eu te avisei. – Ele apertou ainda mais a mão. Susana segurou a mão dele, sem efeito – Falei pra não se aproximar, e você a machucou. – Ele fez uma careta, se lembrando da marca – Como se atreveu, sabendo que eu viria atrás de você?

Susana: Ela revidou. Ela começou. – Disse, quase em um sussurro. Joseph viu as marcas de unha no rosto de Susana. Isso não diminuiu sua raiva. A mão dele se apertou mais. Susana começava a perder a cor.

Joseph: Ainda assim, você a agrediu. Eu não admito que ninguém a machuque, muito menos você. – Rugiu – Vai morrer por ter tocado nela, Susana. – Avisou.

Demetria estava tendo um pesadelo. Brigara com Joseph, e o mandara embora, outra vez. Só que dessa vez ele fora. Sumira. Ela ligara pra Selena e perguntara por ele, e Selena a perguntou o que ela tinha, pois Joseph havia morrido há 4 anos. O pior, Selena falava de Joseph com carinho, havia sentimento na voz dela quando falava da morte dela. Demetria entrou em desespero. Ele não havia morrido! Ela havia brigado com ele, e o mandado embora, porque todos diziam que ele havia morrido?! Ela abriu o guarda-roupas dele, e estava vazio e frio. Chamou por ele, gritou... sem resposta. Não havia mais nada pra ela, sem ele. E ela o queria de volta, com desespero. Então ouviu um barulho, algo batendo. Ela acordou sobressaltada, o coração batendo em golfadas dolorosas.


Demetria: Amor? – Chamou, quase caindo no choro, tocando na cama ao seu lado. Estava fria. Seu coração deu uma contraída dolorosa – Joseph?! – Chamou, sem resposta. Demetria estava incoerente.

Então Joseph apareceu no corredor. Usava ainda a mesma calça, a mesma camisa branca. Só que arrastava alguém pelos cabelos. Susana cambaleava, tropeçava, mas ele não se importava, arrastando-a. O olhar dele encontrou com o de Demetria, e ele viu a mão dela tocando seu lado da cama. Quis abraçá-la naquele momento, e dizer que a amava. Demetria o encarou, o alivio correndo por seu corpo e sorriu, um “eu amo você” quase escapou de seus lábios. Só não escapou por causa do que ele tinha nas mãos. Joseph viu o olhar dela, e se lembrou.


Joseph: Agora. – Disse, jogando Susana ajoelhada na frente da cama. Demetria se sentou, confusa e assustada, e acendeu o abajur.

Susana: Vai se arrepender por isso. – Rosnou, o rosto vermelho.

Joseph: AGORA! – Rugiu, puxando os cabelos dela.

Susana: Demetria... – Disse, ofegando – Eu quero que me perdoe. Por tê-la provocado hoje à tarde, e por ter te agredido. – Ela parou. Joseph puxou mais o cabelo dela – Me desculpe.

Demetria: Não. – Disse, tranqüila, mas querendo loucamente rir – Não espero que entenda, mas eu já tenho uma carga suficiente de erros pra tentar perdoar. – Alfinetou e olhou Joseph. Ele sorriu de canto, e ela riu de leve. Não acreditava que ele tinha feito isso – Mas valeu a tentativa. – Disse, acenando com a cabeça. – Nunca mais cruze o meu caminho. – Advertiu. Susana ficou quieta, humilhada, sentindo dor.

Joseph: Agradeça por eu não ter matado você. – Disse a Susana. Ela o fuzilou com o olhar. – Agora fora daqui. – Ele puxou Susana de novo.

Joseph sumiu por instante. Demetria ouviu a porta bater quando ele pôs Susana pra fora. Logo ele voltou, e viu ela sentada na mesma posição.


Joseph: Está bem? – Perguntou, lembrando do rosto atônito dela quando ele chegou.

Demetria: Tive um pesadelo. – Admitiu – Eu não devia deixar você dormir na minha cama hoje. – Acusou, com uma careta. Joseph ergueu as mãos, em um gesto de paz, esperando a decisão final dela – Me abrace. – Pediu, lembrando do pavor sufocante do pesadelo.

Joseph sorriu. Tirou os sapatos, as meias, e entrou no closet. Quando voltou, usava apenas a bermuda com que dormia. Ele entrou debaixo das cobertas e a abraçou. Demetria se aninhou no peito dele, ouvindo seu coração bater saudavelmente. Aquele som a confortou; seu lugar era ali. Joseph pegou a mão dela, que estava em cima de seu peito, e tocou a palma brevemente. Demetria apanhou o papel que ele lhe dera e abriu. “P.S.: Eu te Amo.


Demetria: Eu vejo como. – Resmungou, erguendo o rosto pra poder olhá-lo, os olhos de boneca sondando-o. Joseph riu com o biquinho dela, e selou-lhe os lábios.

Joseph: Desesperadamente. – Assinalou, e ela ergueu a sobrancelha – Me perdoe se te machuquei. Eu não queria. Mas eu não... – Ele parecia lutar com as palavras – Eu não me reconheço quando penso em você com outro homem. Entrar no seu escritório e te ver nos braços de Justin   foi como levar uma facada. Eu não consegui pensar em nada, e você... você sorria pra ele. – Ele respirou fundo, afastando a lembrança, e aninhando-a em seu braço. – Eu tinha de ter um modo de te desarmar, pra poder te dizer que você precisa de mim. E você precisa. – Disse, tocando o rosto dela – Ninguém no mundo vai poder te amar como eu te amo, Ma Belle. Mesmo escorregando às vezes. Mesmo errando a cada oportunidade.

Demetria: Não me machucou... muito. – Ponderou, e ele fez uma careta – Eu já te esperei armada, pelo que tinha ouvido de Susana. Se eu tivesse explicado, talvez você tivesse se acalmado.

Joseph: Eu amo você. – Repetiu, beijando o rosto dela – Amo, amo, amo, amo, amo, amo, amo... – Disse seguidamente, e ela sorriu.


Demetria: Eu devia colocar você pra fora da cama, agora. – Disse, sorrindo dos beijos dele. – E dar uma queixa, por agressão. – Ele riu de leve. – Mas estou cansada. – Admitiu, se aninhando no peito dele.

Joseph: Talvez amanhã, se você preferir. – Disse, Ashley ndo ela – Durma em paz, meu amor.

E ela dormiu. Estava tudo bem. Por enquanto.

Próximo Capitulo...

P.S Eu Te Amo - Capitulo 67

Demetria viu algo se partir nos olhos de Joseph, e sentiu medo pela primeira vez desde que chegou. Ela largou o pincel em um canto da mesa, ainda encarando-o.

Demetria: Agora com licença, senhor meu marido. – Disse, ironicamente, e saiu detrás da mesa.

Joseph: Não tão rápido. – Rosnou, segurando o braço dela.

Demetria fez o que seu instinto mandou: correu. Puxou o braço com brusquidão da mão dele, e saiu correndo porta a fora. Não precisava olhar pra trás pra saber que ele a seguia, quase de perto. Ela sentia isso. Correu como se sua vida dependesse disso, o coração batendo aos pulos, os cabelos dançando no ar as suas costas. Pulou por cima do sofá, pra ganhar tempo, e saltou com toda sua força, caindo com impacto no corredor. Não deu atenção a dor que sentiu nos pés quando aterrissou, nem cambaleou, continuou correndo. Entrou no quarto, mas não parou pra fechar a porta; sabia que ele a apanharia se o fizesse. Correu pro closet, e se virou pra fechar a porta, mas Joseph já estava lá. A porta era de correr, e ele pôs o pé no caminho. A porta bateu com força no pé dele mas não fechou. Ele a abriu com toda força, e Demetria recuou. Só que agora o problema era potencialmente problemático; ela não tinha pra onde correr.

Demetria: Saia daqui. – Rosnou, recuando. Pra desespero dela, um sorriso nasceu no rosto dele. Não se refletia nos olhos, que continuavam em uma fúria cega.

Joseph: Acabou a brincadeira? – Sua voz era um silvo nervoso.

Demetria: Joseph, saia! Eu estou mandando! – Ele gargalhou, avançando enquanto ela recuava.

Joseph: Vamos esclarecer umas coisas. Eu não sou seu capacho, nem um cachorrinho que você ordena de um lado pro outro. – Disse, sorrindo. Demetria recuou outra vez, então se bateu na superfície fria do enorme espelho. Estava encurralada – Eu tenho opinião e vontade. E não, eu não vou sair daqui agora.

Demetria: Que diabo, saia. – Disse, prensada contra o espelho da parede do closet, enquanto ele avançava calmamente.

Joseph: Isso é medo? – Perguntou, o sorriso nascendo no rosto de novo. Demetria rosnou. Ela olhou o espaço ao lado dele, calculando se dava pra passar. – Eu vou pegar você. – Avisou, vendo o olhar dela.

Mas ela tentou. Tomou impulso pela parede e correu; sairia correndo de casa, na rua ele não a alcançaria. Mas ao tentar passar por ele o braço forte e musculoso a deteve pela barriga, puxando-a de volta, empurrando-a contra o espelho. Ele a prensou com o corpo, e segurou o rosto dela com uma mão, forçando-a a encará-lo.

Demetria: Me largue. – Rosnou, se debatendo inutilmente.

Joseph: Estava gostando, Ma Belle? – Perguntou, olhando fixamente os olhos dela – Gostava do toque dele? De como ele te beijava? – Perguntou, e não era mais fúria em sua voz, era ódio.

Demetria: Vai me bater, Joseph? – Perguntou, os olhos azuis correspondendo ao olhar dele.

Joseph: Te bater não resolveria em nada a raiva que eu estou sentindo agora, salvo engano. – Disse, a voz dura – Está fedendo a ele, Demetria. – Acusou.

Demetria: Mentira! Sabe que não estou! – Disse, exasperada. Joseph negou com a cabeça, desgostoso – Sabe que Justin   não significa nada! Para que essa cena toda? Me solte, Joseph.

Joseph: Sabe qual o pior? – Continuou, e ela sentiu a mão livre dele tatear a lateral de sua cintura. Demetria franziu o cenho, sem entender, e ele continuou a falar – Você estava sorrindo. Sorrindo pras caricias dele. Eu teria acreditado que não significa nada, se você não estivesse sorrindo, aceitando. – Disse, a voz tremula de tanta raiva.

Demetria: Joseph, que diabo está fazendo? – Perguntou, quando ele finalmente achou o zíper da saia de linho, abrindo-o de vez. A saia se afrouxou e caiu aos pés dela, deixando-a de calcinha e meia-calça na frente dele.

Joseph: Está fedendo a ele. – Repetiu, com repugnância, e ela viu ele tirar o próprio terno, largando-o no chão, ficando com a camisa branca – Terei de pôr remédio. – Disse, simples.

Demetria: Não se atreva! – Rosnou, a voz um oitavo mais alta, se debatendo contra ele de novo. Joseph riu.

Joseph: Precisa se lembrar, Ma Belle. – Disse, apanhando a blusa dela pelo decote e puxando com tudo, estourando os botões, revelando o sutiã dela.

Demetria: Lembrar de que? – Perguntou, atônita, enquanto tentava conter as mãos dele que destruíam sua roupa.

Joseph: De quem é seu homem. Seu marido, seu parceiro. – Demetria o encarou, exasperada e assustada – Mas não se preocupe, neném. Eu vou te fazer lembrar. – Ele sorriu novamente.

Demetria: Você não é meu dono. – Rosnou. Frase errada, de novo.

Demetria sabia, que com o ódio que estava no momento, custaria a se excitar. Ele era louco de pensar em transar com ela. Mas ele não estava pensando. Ele estava começando. E ela não queria, não mesmo. A boca dele buscou sua pele, beijando, mordendo, sem gentileza nenhuma, e o corpo dela não correspondeu.

Demetria: Não... – Choramingou, as mãos empurrando-o – Joseph, para! – Pediu, empurrando-o. Mas a rejeição dela só fazia excitar ele, quanto mais ela o rejeitava, mais ele a queria.

Joseph: Colabore, ou vai ser pior pra você. – Avisou, a voz rouca perto do ouvido dela, e o sutiã dela foi estourado, caindo no chão com o resto das roupas.

Demetria: Eu não quero! – Disse, estapeando ele. Joseph começava a ficar vermelho pelos tapas que levava.

Joseph: Calada, Demetria. – Rosnou, e a encarou. Demetria viu, naquele olhar, que nada do que fizesse ou falasse resolveria. Ele possuiria ela.

Demetria: Não pode me forçar. – Ele sorriu deliciosamente.

Joseph: Vamos ver se eu não posso. – Desafiou.

Ela não viu mais nada, ele levou o rosto até o dela e a beijou. O gosto dele a embriagou e ela se perdeu por momentos, sentindo o assalto violento da língua dele em sua boca. Demetria tinha medo do que ele lhe faria. Ela recobrou os sentidos quando sentiu as mãos dele desfazendo sua meia calça, que era mais trabalhosa de rasgar. Ela mordeu a boca dele com força e voltou a empurrá-lo. Que inferno.

Demetria: NÃO! – Gritou, mas sabia que gritar não adiantaria nada. Será que ele não sentia a dor que as unhas dela lhe deviam causar?

Não demorou muito, Joseph a pegou no colo. Demetria trancou as pernas, mas a força dela obviamente não era nada contra a dele. Logo ele a invadiu, em um só golpe. Demetria gritou, cravando as unhas nos ombros dele. Não estava nem de longe preparada, e doeu. Os olhos dela se encheram d’água. Joseph não parou pra esperar, pôs-se a mover rápida e violentamente. Ela mordeu o ombro dele com força, pra não gritar, mas ele pareceu não sentir. Demetria se sentia ser rasgada ao meio, não estava pronta pra ele. Tentando lidar com a dor ela respirou fundo, tentando relaxar o corpo, e procurou a boca dele. Pra seu alivio, ele correspondeu seu beijo, segurando-a pela nuca com força, enquanto a outra mão a mantinha pela cintura. O objetivo de Joseph não era fazê-la sentir dor, então não havia porque não colaborar. Ele a conhecia bem demais pra saber que, naquele momento, ela estava longe de estar pronta pra ele. Seu instinto o mandou parar, mas a raiva falou mais alto, e ele continuou a bombear. Logo o corpo de Demetria começou a reagir aos beijos dele, e a dor foi cedendo lugar ao prazer arrebatador que apenas sexo feito de modo violento, selvagem daquele jeito pode proporcionar. Joseph sorriu ao sentir ela soltar uma mão de seu ombro, deixando que se adentrasse em seus cabelos. O corpo dela se sacudia, prensado entre ele e o espelho do closet. Por fim, ela não pode agüentar: se separou do beijo dele, os lábios inJustin os pela agressividade, e após afundar o rosto em seu ombro, gemeu em puro deleite. Não era possível que uma pessoa fosse tão boa de cama a ponto de transformar aquela dor lancinante nesse prazer que a sufocava. Não queria gemer, não queria entregar os pontos a ele, mas o prazer que sentia nublava sua cabeça e qualquer outro sentido. Ouvindo os gemidos abafados dela contra sua camisa, ele parou. Demetria estava tremula, e procurou pensar no que fizera de errado; o que houve? Então a mão dele apanhou seu rosto novamente, fazendo-a encará-lo. Ele viu os olhos dela castanhos de agonia, esperando pela liberação, e seu sorriso aumentou.

Joseph: Vê? – Perguntou, e sua voz era rouca. Demetria o encarou, confusa e aturdida – Vê que sou eu que estou aqui agora? Vê que apenas eu posso te dar prazer assim, Ma Belle? Vê que precisa de mim? – Perguntou, um certo tom vingativo na voz. Mas ela sabia disso. Precisava, sempre precisou.

Demetria: Por favor... – Choramingou, tentando se soltar do aperto dele, criar algum movimento, sem sucesso.

Joseph: Hum? – Perguntou, perverso.

Demetria realmente não acreditava que ele estava fazendo isso. Ela bem tentou se soltar, sem conseguir. Ele a observou, malévolo, vendo a derrota muda dela. Não faria nada se ele não quisesse.

Joseph: Diga meu nome, Ma Belle. – Exigiu.

Demetria: Joseph... – Atendeu, sem mais.

Joseph: Sim? – Perguntou, beijando o queixo dela levemente.

Demetria: Sim. – Quase implorou.

Demetria gemeu alto quando ele pôs a se mover outra vez. Sabia que estava machucada, e muito, sentia dor, mas ainda conseguia sentir um prazer ensurdecedor. Os dois chegaram ao orgasmo juntos. Ela gemeu alto, e ele grunhiu, pressionando o quadril contra o dela demoradamente, o que fez ela sentir uma pontada aguda de dor, que não foi nada perto do furacão que a levou. Quando ela recuperou os sentidos daquela sensação maravilhosa, sentindo os pés dormentes, ela abriu os olhos. Foi ai que percebeu que ele tinha escorregado com ela pro chão, e agora acariciava seus cabelos. Ele viu o olhar dela, já desperto, e comentou, com a voz rouca.

Joseph: Isso não fui eu que fiz. – Disse, o dedo tocando delicadamente a marca que o tapa de Susana deixara em sua pele clara.

Demetria o observou durante um longo momento, parada, o rosto sem expressão, e ele esperou.


Próximo Capitulo...

P.S Eu te amo - Capitulo 66

Demetria: Joseph... – Disse, com a voz quebrada. Justin   ergueu o rosto do pescoço dela.

A cena que Joseph viu fora clara. Clara demais. Demetria sentada, rindo, enquanto o outro a beijava. Justin   não era errado, deixara claras suas intenções. Errada era ela. O silêncio predominante, e dentro de Joseph era como se o silêncio sufocante fosse quebrado por um objeto de vidro, que cai em câmera lenta, se espatifando no chão em trocentos pedaços. Ele tinha medo do que era capaz de fazer com aquela fúria. Ele mal conseguia falar.

Joseph: Vamos pra casa. – Disse, em um silvo.

Demetria, sabendo que não adiantaria relutar, que seria pior, se levantou. Ela apanhou seu casaco e se levantou, saindo em silêncio, sem se despedir. Demetria, no estacionamento, ignorou o carro dele e foi pra casa no seu carro. Joseph não apresentou objeção. Mas enfim chegaram em casa. Demetria fechou a porta, respirou fundo, e se virou, pra finalmente enfrentá-lo. Sua expressão não era a que ela esperava. Era pior. Muito pior.

-

O olhar dele tinha uma fúria reprimida. O rosto estava pálido, o que destacava os cabelos negros e os olhos verdes. Demetria soube, naquele momento, que nada que dissesse ia resolver. O que não melhorava em nada a situação. Ela o encarou por um instante e em seguida se moveu, indo pro ateliê. O cheiro de tinta óleo pareceu confortá-la, enquanto ela avançava. Porém os passos de Joseph atrás de si afastaram a sensação de conforto. Ela se sentou em sua mesa, abrindo uma gaveta. Iria pintar, era cedo demais pra fazer qualquer outra coisa. Ela não queria ouvir a voz dele. Apanhou um estojo metálico com pinceis, e pôs em cima da mesa. Joseph continuava lá. Demetria respirou fundo.


Demetria: Pode começar. – Disse, se levantando. Joseph viu ela caminhar até um pedestal, que segurava uma tela toda negra, com um quadrado vermelho na parte inferior. Não dava pra saber o que era. Mas ele não conseguiu se concentrar no que viria a ser aquilo. Não conseguia enxergar nada direito.

Joseph: Esqueceu-se de que é casada, Demetria? – Perguntou, olhando-a. Demetria parecia calma. Só parecia.

Demetria: Como se você me permitisse esquecer, querido. – Respondeu, a voz neutra. Demetria apanhou um pincel médio, em meio a vários, e o passou levemente sobre um recipiente que havia repousado ali, com tinta vermelho sangue. Ela continuou o desenho, os olhos focados na tela. Precisava se acalmar.

Joseph: Uma mulher casada não se permite estar nos braços de outro homem, Demetria. – Sibilou. Demetria revirou os olhos, e continuou, lentamente, com o pincel – Pelo menos não a minha. – Rosnou.

Isso bastou.

Demetria: O que não parece ser justo, uma vez que você não tem moral nenhuma pra falar sobre fidelidade. – Disse, se virando pra ele, o pincel ainda na mão.

Joseph: Vai usar isso como justificativa? – Perguntou, deboJustin o.

Demetria: EU NÃO PRECISO ME JUSTIFICAR! – Rugiu. A fúria de Joseph só fez aumentar com os gritos dela – Sabe, Joseph, ao contrário de você, quando eu me vesti de branco e entrei naquela igreja, quando eu fiz aquele maldito juramento, prometendo que ia ser fiel e que ia te amar, eu levei cada palavra a sério. – Disse, dura. Ela se virou e abriu uma porta de um armário. Logo a fechou, e voltou com um porta retratos, atirando sobre a mesa – Pelo menos eu levei a sério.

Joseph olhou a foto. Ele e Demetria, saindo da igreja, sorridentes. Ele estava bem mais novo, o rosto bem menos vivido, e ela ainda tinha os cabelos tão louros quanto podiam ser. Ele em um smoking luxuoso, negro, e ela em um vestido branco, tomara-que-caia e de saia balão, com uma pequena tiara que prendia o véu a sua cabeça, e um sorriso estonteante no rosto.

Joseph: Não pareceu tão sério quando estava toda carinhos nos braços de Justin  . – Continuou. A fúria em sua voz estava cada vez mais aguda. O cabelo de Demetria, penteado de lado, encobria o rosto, e a marca da mão de Susana. Não totalmente, mas Joseph não reparara.

Demetria: Me dê o maldito divórcio e acabe com essa palhaçada, então eu vou poder me sentir mais livre nos braços de Justin  . – Alfinetou.

Frase errada.



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