Demetria se lançou a ele. Joseph nem pestanejou, tinha reflexos
o suficiente, mas admitia que fora pego de surpresa. Os lábios dela comprimiram
os dele, o gosto doce colorindo os lábios dele. Demetria o beijou, e ele não
fizera nada pra isso. Nada propositalmente. Ele pensou, a principio, que fosse
um beijo de agradecimento. Mas a língua dela, os lábios, eram ávidos demais.
Ele conhecia aquela precipitação.
Joseph: Eu não estou forçando você. – Murmurou, quando ela soltou as mãos dele, enlaçando seu pescoço em seguida.
Demetria: Não, não está. – Murmurou em resposta, nos lábios dele. Joseph a beijou sedentamente em seguida.
Demetria o queria. Não como das outras vezes, não forçadamente nem por bebida. Ela o queria porque precisava dele. Joseph sentiu as mãos dela enlaçarem seus cabelos, e se perguntou qual anjo estava olhando por ele naquela noite, enquanto ele devorava os lábios da esposa. Então as pernas descobertas dela buscaram a cintura dele, se enlaçando ali, puxando o corpo dele de encontro ao seu e lhe dizendo claramente o que queria, eliminando toda e qualquer represaria. Joseph sorriu dentre o beijo e segurou a coxa dela com uma mão, subindo na cama e se deitando por cima dela. Havia começado.
Tudo era muito claro na cabeça de Demetria agora. Joseph se
oferecera pra ajudá-la, e ela sentiu o ímpeto de tê-lo. Assim fora. Cruel,
impiedoso, exigente. O verdadeiro Joseph, que lhe cobrava tudo o que tivesse
pra oferecer. A madrugada se converteu em manhã, e ele ainda a possuía. Não
satisfeito com apenas uma transa, após uns minutos da primeira, a buscou
novamente. E ela o recebeu com ardor. Agora o dia amanhecia por detrás das
nuvens, manchando o céu negro com cinza. Fazia frio, muito frio. Os lençóis dos
dois estava embolado no lado de Joseph da cama, esquecido. Demetria tinha uma
tinha uma linha tênue entre o frio que fazia tremer os dentes e o calor
insuportável que nascia de seu interior. O corpo dele, uma vez por cima do seu,
também denunciava a pele fria do marido, enquanto ele se movia com vontade por
cima dela. Demetria se arqueou na cama, deixando um gemido longo vir de dentro
dela, e ele sorriu, abraçando-a pelas costas, deixando-a inclinada pra si,
enquanto sua boca, sedentamente, percorria toda a pele ao seu alcance. O corpo
dela sofria estremecimentos. Estava sensível. Não só sua intimidade, mas toda a
pele. Ele já tocara, mordera, beijara, chupara, acabara com todas as suas
reservas de força. E ela ainda queria mais. Naquele momento soube que sempre ia
querer mais. Cravou as unhas nos ombros dele, e mordeu sua orelha. Estava muito
perto.
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Talvez esteja cercado de
Um milhão de pessoas e eu
Ainda me sinto sozinho ♫
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Talvez esteja cercado de
Um milhão de pessoas e eu
Ainda me sinto sozinho ♫
Demetria: Joseph. – Gemeu, em um sussurro entrecortado. Não sabia porque o chamara. Parecia que precisava chamá-lo pra saber que era real, que tendo tudo destruído era o corpo dele que estava ali, invadindo-a, possuindo-a com aquela violência. Se fosse qualquer outro, não haveria nada. Mas era ele. Deus, era impossível, mas era a pele dele. – Joseph. – Chamou novamente, a voz agonizando, enquanto suas mãos desceram pelas costas dele, sentindo cada músculo se mover.
Joseph: Sou eu, meu amor. – Respondeu a voz rouca, e logo depois
ele beijou a maçã do rosto dela várias vezes. Ele sentiu Demetria sofrer outro
estremecimento debaixo dele. Faltava muito pouco.
Demetria: Eu te amo. – Confessou, e em seguida mordeu o pescoço dele, contendo um gemido alto que viria.
Eu somente quero ir pra casa.
Sinto sua falta, você sabe ♫
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Então ele parou. Parou com tudo, se tornou imóvel, as mãos mortas. Demetria ergueu o rosto do pescoço dele, encontrando o olhar dele no escuro. Tinha os olhos dilatados, sua testa soava, e sua respiração não era tão controlada. Ele buscava algo nos olhos dela. Deus, estaria tão cega de prazer a ponto de dizer aquilo pra agradá-lo, ou só deixara escapar? Ele varreu o azul claro dos olhos dela em um breve instante, e um sorriso lindo nasceu em seu rosto. Não era mentira. Livre da armadura que ela usava em volta de si, desprotegido, os olhos dela transbordavam do amor que sentia por ele. Ela sorriu vendo o sorriso dele, que assentiu com o rosto uma vez.
Joseph: Eu também amo você. – Respondeu, triunfante. Em seguida
se abaixou e se apossou da boca dela em um beijo apaixonado.
Eu continuo guardando as cartas que te escrevi,
Cada uma com uma linha ou duas.
"Estou bem, meu amor, como você está?" ♫
ㅤ
O gemido de Demetria quando Joseph voltou a se mover, agora parecendo não ser afetado pelo frio ou por nada, morreu na boca dele. Os dois se beijaram até quando deu, mas por fim ele teve de deixar a boca dela. Demetria inclinou a cabeça pra trás, afundando-a no travesseiro, e ele afundou o rosto no pescoço dela. Demetria pôs a mão na nuca soada dele, as unhas se fincando ali, a aliança dourada brilhando no escuro. O corpo dela se balançava com as investidas rápidas dele, mas no final os dois estavam juntos. Ela virou o rosto pro lado e se pôs a beijar o ouvido, o rosto e o pescoço dele.
ㅤ
Bem sei que deveria te enviá-las, mas sei que isto não é o bastante.
Minhas palavras são frias e sem graça,
E você merece mais que isto. ♫
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Eu continuo guardando as cartas que te escrevi,
Cada uma com uma linha ou duas.
"Estou bem, meu amor, como você está?" ♫
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O gemido de Demetria quando Joseph voltou a se mover, agora parecendo não ser afetado pelo frio ou por nada, morreu na boca dele. Os dois se beijaram até quando deu, mas por fim ele teve de deixar a boca dela. Demetria inclinou a cabeça pra trás, afundando-a no travesseiro, e ele afundou o rosto no pescoço dela. Demetria pôs a mão na nuca soada dele, as unhas se fincando ali, a aliança dourada brilhando no escuro. O corpo dela se balançava com as investidas rápidas dele, mas no final os dois estavam juntos. Ela virou o rosto pro lado e se pôs a beijar o ouvido, o rosto e o pescoço dele.
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Bem sei que deveria te enviá-las, mas sei que isto não é o bastante.
Minhas palavras são frias e sem graça,
E você merece mais que isto. ♫
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Poucos minutos depois, havia acabado. Joseph ainda estava ali,
com o rosto afundado no pescoço dela, mas não se movia, estava quieto, o único
movimento de seu corpo veio com a respiração. Demetria ainda estava abraçada a
ele, a boca levemente pousada em seu ombro, mas seu corpo estava quieto, e seus
olhos fechados. Após algum tempo Joseph virou o rosto e beijou o rosto dela,
logo após saindo de cima da mesma. Demetria sentiu quando o edredom fofo e
quentinho a cobriu dos seios pra baixo, e abriu os olhos. Joseph estava sentado
ao seu lado, coberto da cintura pra baixo, a olhando. Tinha a testa um pouco
soada, os olhos azuis cansados, o corpo mole, e o cabelo esparramado a sua
volta.
Joseph: Venha. – Ele ofereceu o braço. Demetria não soube porque
obedeceu, mas se sentou. Joseph a envolveu pelo ombro com o braço forte, e
beijou sua testa. Demetria, mole pelo cansaço e satisfação, deixou seu corpo
repousar no dele. Então ele se deitou com ela, os dois de conchinhas com ela na
frente e ele encaixado as suas costas.
Outro avião, outro lugar ensolarado.
Sou sortudo, eu sei
Mas eu quero ir pra casa.
Eu tenho que ir pra casa. ♫
ㅤ
A ferroada dolorosa da lembrança a atingiu, enquanto ela olhava a parede do quarto. Até disso ele se lembrava. Antigamente, ela amava dormir assim, era sua posição favorita: de conchinha com ele por trás, de modo que sentisse todo o corpo dele, e com ele o abraçando, tendo um braço dele debaixo de seu corpo e o outro por cima, prendendo-a em um abraço. Ela sentiu o beijinho leve que ele deu em seu ombro, após tirar os cabelos dela dali, deitando-os no travesseiro fofo. Teve vontade de chorar, mas não havia mais nada pra chorar. Ela chorara tudo por esse assunto no primeiro dia da volta dele. Havia só a dor do destino ter feito tudo dar errado. Se ele tivesse ao menos lhe contado suas inseguranças, suas duvidas, ao invés de traí-la... ela teria lhe confessado que sentia o mesmo. Que tinha medo do que sentia por ele. Mas que o amava, acima de tudo, e que daria tudo certo, ficaria tudo bem.
Outro avião, outro lugar ensolarado.
Sou sortudo, eu sei
Mas eu quero ir pra casa.
Eu tenho que ir pra casa. ♫
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A ferroada dolorosa da lembrança a atingiu, enquanto ela olhava a parede do quarto. Até disso ele se lembrava. Antigamente, ela amava dormir assim, era sua posição favorita: de conchinha com ele por trás, de modo que sentisse todo o corpo dele, e com ele o abraçando, tendo um braço dele debaixo de seu corpo e o outro por cima, prendendo-a em um abraço. Ela sentiu o beijinho leve que ele deu em seu ombro, após tirar os cabelos dela dali, deitando-os no travesseiro fofo. Teve vontade de chorar, mas não havia mais nada pra chorar. Ela chorara tudo por esse assunto no primeiro dia da volta dele. Havia só a dor do destino ter feito tudo dar errado. Se ele tivesse ao menos lhe contado suas inseguranças, suas duvidas, ao invés de traí-la... ela teria lhe confessado que sentia o mesmo. Que tinha medo do que sentia por ele. Mas que o amava, acima de tudo, e que daria tudo certo, ficaria tudo bem.
Demetria: Me beije. – Pediu, ainda olhando pra frente. Me beije
antes que eu queira fugir, ela teve vontade de completar.
Me deixe ir pra casa ♫
ㅤ
Joseph beijou o ombro dela, depois o rosto, e ela virou o rosto pra ele, dando-lhe sua boca de presente. Não houve agressividade, nem tesão, nem nada do tipo nesse beijo. Era só amor. Um amor que tinha saudades. Ele pôs a mão que estava por cima dela em seu rosto, tomando melhor seus lábios, sentindo a língua dela acariciar a sua docemente. Logo acabou. A mão dele voltou pra cintura dela, e o rosto dele voltou a se apoiar atrás da cabeça dela, que voltou a olhar a parede, agora sem pensar em nada.
Me deixe ir pra casa ♫
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Joseph beijou o ombro dela, depois o rosto, e ela virou o rosto pra ele, dando-lhe sua boca de presente. Não houve agressividade, nem tesão, nem nada do tipo nesse beijo. Era só amor. Um amor que tinha saudades. Ele pôs a mão que estava por cima dela em seu rosto, tomando melhor seus lábios, sentindo a língua dela acariciar a sua docemente. Logo acabou. A mão dele voltou pra cintura dela, e o rosto dele voltou a se apoiar atrás da cabeça dela, que voltou a olhar a parede, agora sem pensar em nada.
Joseph: Ma Belle? – Chamou a voz atrás dela. Demetria, sonolenta e cansada, assentiu em resposta – Obrigado.
Estou tão longe
De onde voce está
Eu quero voltar pra casa ♫
De onde voce está
Eu quero voltar pra casa ♫
Demetria: Disponha. – Disse, após algum tempo calada, e rindo de leve. Ele riu também e beijou o cabelo dela.
Logo os dois adormeceram, abraçados, juntos. Talvez tudo realmente ficasse bem. Talvez.
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