Historias

sexta-feira, 20 de junho de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 25

Joseph tomou banho e vestiu uma bermuda simples e uma camisa. Quando entrou na cozinha, junto com a tigela de queijo havia uma travessa com massa, e uma forma com torta. Demetria se sentava em uma extremidade e tinha uma molheira com molho branco em mãos. Ele se sentou na outra extremidade, aspirando o perfume do jantar. Demetria se serviu e em silêncio se pôs a comer. Calma, distraída e desatenta. Joseph pôs a massa no prato, a cobriu com o mesmo molho que ela e alguns cubos de queijo. Apanhou a torta de frango, serviu seu pedaço e largou lá. Demetria continuou quieta. Joseph se lembrou de como ela era antigamente, tagarela e animada. Demetria ergueu os olhos e o viu encarando-a.

Demetria: O que há de errado agora? – Perguntou, recolhida, vendo-o sem comer – Se é pela mesa, eu me atrasei, ai fui pro banho e me vesti assim, perdoe – Disse, justificando suas roupas e o jantar na mesa da cozinha. Não era normal. Joseph sorriu, quieto.

Joseph: Como foi seu dia? Perguntou, observando-a.


Demetria: Como? – Perguntou, e ele percebeu o gesto inconsciente em que os ombros dela se encolheram.

Joseph: Me conte sobre o seu dia. – Disse, e em um gesto calmo, como amigável, pegou seus talheres. Demetria recostou-se em sua cadeira, analisando-o.

Demetria: Foi... normal. – Respondeu. Joseph espetou o nhoque e o levou a boca. Demetria observou o aparente prazer com o qual ele o fez.

A verdade era que a vida não tinha sido nada doce para Joseph, tampouco. Não sabia cozinhar e nem o tentara; lembrava Demetria. Tudo lembrava ela, desde o barulho da chuva até os faróis dos carros pela rua. Desde então os restaurantes e suas comidas sem alegria eram a única opção. Enquanto Demetria fazia as refeições sufocada em solidão e silêncio, Joseph as tinha cercado de rostos desconhecidos. Provar o tempero suave dela era como uma prova de que estava em casa, finalmente. É, não fora doce pra nenhum dos dois.

Joseph: Pelo que sei... – Começou, vendo o olhar curioso de Demetria sob si – Dá trabalho pros responsáveis, depois de uma vernissage.

Demetria: E é verdade. – Ela respirou fundo, parecendo tentar se controlar enquanto ele provava da torta de frango. Por fim ela soltou um gemido derrotado. – Documentos de venda a fazer e autenticar, números que não batem... enfim. – Disse, apanhando seus talheres novamente. Era estranho ter com quem desabafar isso.

Joseph: Algo em que eu possa ajudar? – Perguntou, se servindo de um pouco mais de molho.

Demetria: Não, obrigado. Nós já nos acostumamos com essa rotina, cada um meio que tem sua parte. Logo estará bem. É só cansativo. – E o seu? – Perguntou, acanhada. Joseph sorriu de canto, mastigando.

Joseph: Normal. – Respondeu, satisfeito por manter a conversa – Nicholas  mandou lembranças.

Demetria: É outro idiota. – Disse, balançando a cabeça enquanto espetava um nhoque em seu prato.

Joseph: Escute. – Demetria o encarou – Ashley  virá amanhã. Trará um profissional com ela. Vamos, Ma Belle, não seja difícil. – Pediu, vendo o olhar dela.

Demetria: Se eu estiver aqui, ótimo. Se não... – Ela não se deu ao trabalho de terminar.

Joseph: Deixarei minha chave na portaria. – Tranqüilizou.

Demetria: Me diga algo. – Joseph assentiu, mastigando. – Transou com ela também?

A pergunta pegou Joseph de baixa guarda. Ele ergueu os olhos, um pedaço de massa ainda em sua garganta, e viu Demetria o encarando.

Demetria: Não a quero aqui dentro. – Anunciou, concluindo a resposta dele, e se levantando. Ele sorriu levemente, vendo-a levar o prato pra pia.

Joseph: Não. Ela não, neném. – Respondeu, calmo. Demetria se virou pra ele e o azul dos olhos era intenso, meio furioso e meio defensivo. Ele sentiu que deveria explicar – Ela começou a trabalhar pra mim dois anos depois que tinha partido. Não toquei mulher nenhuma depois que fui embora. Logo, não tive nada com ela, eu juro.

Demetria: Que seja. – Ela deu de ombros, raspando o prato no triturador.

Joseph: Acredita em mim? – Perguntou, observando-a ligar o lava louças.

Demetria: Não sei. – Respondeu, secando as mãos – Você perdeu minha confiança, Joseph. – Lembrou – Não é porque agora eu sei a verdade e entendo seu lado que vai tê-la novamente tão fácil.

Joseph: Não era minha pretensão.

Demetria: Não pretenda, que não é assim. – Disse, e respirou fundo – Deus sabe como está sendo difícil a sua volta, e que eu só o estou compactuando porque prometi. E não espere mais, Joseph. Eu só vou lhe dar o que prometi: um ano. Nada mais.

Joseph: É só do que eu preciso. – Garantiu, sorrindo. Então Demetria saiu, deixando-lhe só com seus pensamentos.

No dia seguinte...

Quando Joseph acordou, Demetria ainda dormia, encolhidinha em seu lado da cama. Ele bocejou, e se espreguiçou. Apanhou o edredom nos pés da cama e desdobrou, cobrindo-a. Ela, inconsciente, se moveu como uma gata manhosa, se agarrando ao edredom. Ele sorriu e selou os lábios com os dela. Logo saiu. Quando Demetria acordou, uma hora depois, não havia nada. Ela se espreguiçou, sonolenta, e se levantou. Dentro de uma hora e meia estava no ateliê. Encontrou Nicholas  lá.


Selena: É, porque era um chuchu. – Disse, e Sterling rolou os olhos, soprando a fumaça de um cigarro pra cima.

Nicholas : Chuchu é insosso. – Observou, sorrindo, enquanto olhava um papel. Sterling engasgou com a fumaça do cigarro e com o riso, e desatou a tossir, meio que rindo, enquanto a pele pálida ficava vermelhinha.

Demetria: Bom dia. – Desejou, caminhando até sua mesa, deixando a pequena bolsa que levava lá. Todos responderam. – O que era um chuchu? – Perguntou, achando graça da carinha de Selena.

Sterling: Não faça ela repetir o caso outra vez, pela graça de Deus. – Pediu, dando um murro fraco no peito pra controlar o tossido.

Demetria: É o cigarro. – Disse, vendo o louro se engasgar entre o riso e o tossido.

Sterling: Não, é porque o chuchu é insosso. – Respondeu, e Nicholas  abriu um sorriso lindo, enquanto lia.

Nicholas : Joseph estava falando sobre você ontem. – Disse, sentando atrás da mesa de Selena, e apanhando uns papeis de uma pasta.

Sterling: Ele é marido dela, nada mais normal. – Disse, tomando uma grande golfada de ar.

Demetria: Sterling, porque você não vai procurar quem lhe queira? – Perguntou, subitamente simpática.

Sterling: Tem bastante gente. – Garantiu, piscando pra ela, enquanto levava o cigarro a boca de novo.

Selena: É claro, porque eu vou me casar com você um dia. – Ironizou, achando graça.

Sterling: Nada contra, mas eu não gosto de ruivas. – Disse, deixando a fumaça do cigarro sair por seu nariz. Selena afundou o rosto nas mãos, Sterling riu. A campainha da sala tocou.

Demetria caminhou até lá. Abriu a porta, e havia um entregador. Ela olhou os outros; ninguém parecia ter pedido nada.

Entregador: Senhora... Demetria Jonas? – Conferiu, vendo o papel.

Demetria: Está falando com ela. – Disse, confusa.

Entregador: Podem vir. – Disse, e entregou um bilhetinho a ela. Demetria o abriu, e leu duas breves frases. “Dizem que cada rosa tem um significado. Eu encontro você em todas.”

Um entregador veio do elevador, revezando com o outro, com um enorme ramo de rosas vermelhas como sangue. Demetria sorriu, irônica consigo mesma, enquanto apanhava o buquê. Havia outro bilhetinho. “Paixão, amor, respeito, adoração.”

Demetria: Sterling, ajuda aqui. – Pediu, quando o segundo carregador veio. Sterling apanhou o ramo das rosas e levou.

O segundo buquê era branco. No bilhete: “Significa que durará toda a vida.”

Sterling: Vem cá, a gente podia abrir uma floricultura. – Disse, quando Demetria lhe entregou o enorme buquê branco. Ela confiscara o cartãozinho.

O terceiro era cor de rosa. Demetria não gostava muito de rosas cor de rosa, parecia falsamente inocente. Inocentemente forçado. Mas ela apanhou o buquê e olhou o cartão: “É a forma de agradecer um favor importante. Você não gosta delas, mas tinham de vir. Eu agradeço porque você vive.”

Demetria: Sterling, toma! – Pediu, querendo pegar o próximo.

Sterling: Não sou carregador. – Rebelou-se, de volta ao seu cigarro.

Demetria: Selena?

Selena: Sempre. – Resmungou, pegando o buquê com desgosto.

O terceiro era amarelo. Demetria o apanhou, buscando o cartãozinho. “Amor adolescente. Carregado de desejo, malicia e entusiasmo.”

Selena: Não vou ficar rodando também. – Disse, apanhando o buquê amarelo. Nicholas  observava a cena, divertido.

Então vieram mais buquês vermelhos. Um dois, três, quatro cinco... seis deles. Sem bilhete. No sexto, o carregador pediu a assinatura dela. Ela assinou, e ele se foi. Então ela percebeu que o sexto e ultimo tinha cartão. Abriu, e encontrou apenas uma pequena frase.

“P.S.: Eu te Amo.
Joseph.”


Nicholas : Como eu ia dizendo... – Disse, disfarçando o sorriso, enquanto abria uma planilha. Demetria entrou com o ultimo buquê. A mesa dela e sua cadeira estavam abarrotadas. Os buquês eram lindos.

Sterling: E os cartões...? – Perguntou, animado. Demetria fechou o ultimo cartão e os apertou contra o peito, meio que protegendo-os.

Demetria: Você não é um carregador. – Alfinetou, e o louro riu. – Cuidado com esse cigarro nas minhas rosas! – Alertou. Os três a olharam. – O que, gente? – Perguntou, erguendo a sobrancelha.

Sterling: “Cuidado com as minhas rosas, blablablablablabla, viva todo mundo!” – Debochou, e terminou o cigarro, amassando-o no cinzeiro.

Demetria: Ah, vá lavar uma trouxa de roupa. – Rosnou, indo pra sua mesa. – Acho que eu vou pintar hoje. – Disse, pondo o ultimo buquê no montante de rosas. Estava lotada.

Selena: O que vai fazer com isso?

Demetria: Levar pra casa? – Perguntou o óbvio. Os outros a olharam – São minhas!

Nicholas : Aham. – Disse, anotando algo na planilha que abrira.

Demetria: Não quero mais conversar. – Cortou, jogando o cabelo pra trás e indo determinada pra prateleira de tintas.

Quando Nicholas  voltou ao escritório de Joseph...


Meninassss não fiquem brava comigo.... tive alguns probleminhas por isso não postei por estes dias mas estou de volta e para compensar vocês eu postei 3 capitulos hoje !!!! 

não me matem !! Beijinhoss 


Próximo Capitulo...

5 comentários:

  1. Perfeitos *--*
    Posta mais pleasee

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  2. Te perdôo por que postou 3 .... Mais amei muito todos ficaram perfeitos.. Esse Joseph é um fofo (cada comigo lindo) kkkkk
    Posta mais :)
    Fabíola Barboza

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  3. Ownnnn, o que foram esse bilhetinhos e a reação da Demi??? Coisa mais fofa!
    Posta Logo!
    Bjs

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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