Joseph: Tem tanto pavor de mim assim, Demetria? – Perguntou,
quando o garçom se afastou.
Demetria: Asco. – Corrigiu, tranqüila, observando a rosa. Joseph sorriu.
O garçom logo voltou. Serviu a taça de Demetria, e encheu a de Joseph. Joseph ordenou que deixasse a garrafa, e o garçom assentiu. Demetria tomou um gole do vinho, demorando com o liquido na boca, sentindo o gosto adocicado.
Joseph: Gosto das suas telas. – Comentou, calmo.
Demetria: Não as conhece. – Criticou, se recostando na cadeira, ainda com a rosa na mão.
Joseph: Conheço, sim. Conheço várias. – Demetria o olhou, debochada – Já fui em duas exposições suas, Demetria.
Demetria: Como? – Perguntou, incréSela.
Demetria: Asco. – Corrigiu, tranqüila, observando a rosa. Joseph sorriu.
O garçom logo voltou. Serviu a taça de Demetria, e encheu a de Joseph. Joseph ordenou que deixasse a garrafa, e o garçom assentiu. Demetria tomou um gole do vinho, demorando com o liquido na boca, sentindo o gosto adocicado.
Joseph: Gosto das suas telas. – Comentou, calmo.
Demetria: Não as conhece. – Criticou, se recostando na cadeira, ainda com a rosa na mão.
Joseph: Conheço, sim. Conheço várias. – Demetria o olhou, debochada – Já fui em duas exposições suas, Demetria.
Demetria: Como? – Perguntou, incréSela.
Joseph: E tenho um quadro, que você pintou. O comprei. – Disse,
satisfeito por desmontar a guarda dela.
Demetria: Qual?
Joseph: Vou deixar você adivinhar. – Disse, divertido. Demetria sorriu, debochada.
Demetria: De todos os quadros, como vou saber? – Joseph riu da carinha emburrada dela.
Joseph chamou o garçom, algum tempo depois. Pediram a entrada, e logo o jantar. Demetria ficou quieta enquanto comia, sem sentir nem o gosto. Não queria a proximidade. Queria acabar logo com tudo isso, e voltar a sua vida normal. Terminaram de jantar, e o garçom levou os pratos. Demetria dispensou a sobremesa, e só sobrou o vinho na delicada mesa.
ㅤ
É um pouco tarde pra conversar,
Você não tem nada a dizer ♫
Demetria: Tudo bem. Participei do seu teatro. Conversamos, jantamos. Vamos ao que interessa.
Joseph: Tudo bem. – Disse, apoiando os braços na mesa.
Demetria: Quero você fora da minha casa. – Disse, direta – Quero o divórcio.
Joseph: Não. – Disse, de imediato. Demetria rosnou, se enfurecendo.
Demetria: Então porque diabos isso tudo?! – Perguntou.
Joseph: Calma, Ma Belle. – Pediu, tranqüilo.
Demetria: Como quer que eu tenha calma?! – Perguntou, exasperada – Joseph olhe pra nós dois! – Pediu, e respirou fundo, controlando-se pra não gritar – Não há mais nada aqui, e você está forçando tudo! Não percebe que assim destrói a paz que eu criei pra mim?! – Perguntou, a voz tremula – Depois de tudo que me fez, você deveria ter ficado onde estava. Não é justo que você queira voltar. – Acusou.
Demetria: Qual?
Joseph: Vou deixar você adivinhar. – Disse, divertido. Demetria sorriu, debochada.
Demetria: De todos os quadros, como vou saber? – Joseph riu da carinha emburrada dela.
Joseph chamou o garçom, algum tempo depois. Pediram a entrada, e logo o jantar. Demetria ficou quieta enquanto comia, sem sentir nem o gosto. Não queria a proximidade. Queria acabar logo com tudo isso, e voltar a sua vida normal. Terminaram de jantar, e o garçom levou os pratos. Demetria dispensou a sobremesa, e só sobrou o vinho na delicada mesa.
ㅤ
É um pouco tarde pra conversar,
Você não tem nada a dizer ♫
Demetria: Tudo bem. Participei do seu teatro. Conversamos, jantamos. Vamos ao que interessa.
Joseph: Tudo bem. – Disse, apoiando os braços na mesa.
Demetria: Quero você fora da minha casa. – Disse, direta – Quero o divórcio.
Joseph: Não. – Disse, de imediato. Demetria rosnou, se enfurecendo.
Demetria: Então porque diabos isso tudo?! – Perguntou.
Joseph: Calma, Ma Belle. – Pediu, tranqüilo.
Demetria: Como quer que eu tenha calma?! – Perguntou, exasperada – Joseph olhe pra nós dois! – Pediu, e respirou fundo, controlando-se pra não gritar – Não há mais nada aqui, e você está forçando tudo! Não percebe que assim destrói a paz que eu criei pra mim?! – Perguntou, a voz tremula – Depois de tudo que me fez, você deveria ter ficado onde estava. Não é justo que você queira voltar. – Acusou.
Joseph: Eu errei. – Demetria assentiu energeticamente, meio
debochada, e tomou um gole do vinho, procurando se acalmar – Mas preciso que
você ouça uma história.
Demetria: História? – Perguntou, tentando conter a fúria, mas o deboche claro em sua voz.
Joseph: A nossa história. – Complementou.
E meus olhos doem, mãos tremem.
Então olhe pra mim e me escute ♫
Demetria: Eu conheço a nossa história. Do começo, até o final. – Rebateu.
Joseph: Conhece apenas o começo, porque final ainda não teve. – Corrigiu – E só conhece o seu lado. O que você sente, o que você sabe, o que você viu.
Demetria: É o suficiente pra mim.
Joseph: Toda moeda tem duas faces. Você só conhece uma. – Ele tomou um gole do seu vinho – Agora vai conhecer o meu lado da história, Ma Belle.
Demetria: História? – Perguntou, tentando conter a fúria, mas o deboche claro em sua voz.
Joseph: A nossa história. – Complementou.
E meus olhos doem, mãos tremem.
Então olhe pra mim e me escute ♫
Demetria: Eu conheço a nossa história. Do começo, até o final. – Rebateu.
Joseph: Conhece apenas o começo, porque final ainda não teve. – Corrigiu – E só conhece o seu lado. O que você sente, o que você sabe, o que você viu.
Demetria: É o suficiente pra mim.
Joseph: Toda moeda tem duas faces. Você só conhece uma. – Ele tomou um gole do seu vinho – Agora vai conhecer o meu lado da história, Ma Belle.
Demetria: Eu não tenho mais nada pra ouvir de você Joseph, francamente.
– Cortou.
Joseph: Não sei como começar. – Parecia falar consigo mesmo.
Demetria: Ótimo. Vou embora, já que a palhaçada acabou. – Disse, irritada, e tomou impulso pra se levar.
Joseph: Quieta. – Ele puxou ela pelo braço, fazendo-a se sentar – Lembra-se de como nos conhecemos? – Perguntou, inesperadamente. Ele viu Demetria encará-lo, o batom vermelho vinho parecendo destacar-se ainda mais na pele branca, os olhos eram duas pedras de gelo.
FLASHBACK.
ㅤ
Joseph: Não sei como começar. – Parecia falar consigo mesmo.
Demetria: Ótimo. Vou embora, já que a palhaçada acabou. – Disse, irritada, e tomou impulso pra se levar.
Joseph: Quieta. – Ele puxou ela pelo braço, fazendo-a se sentar – Lembra-se de como nos conhecemos? – Perguntou, inesperadamente. Ele viu Demetria encará-lo, o batom vermelho vinho parecendo destacar-se ainda mais na pele branca, os olhos eram duas pedras de gelo.
FLASHBACK.
ㅤ
Era réveillon. Uma Demetria bem mais jovem comemorava com as amigas em
um píer, Selena inclusa. A noite era fria, o mar estava revolto. Não era a Demetria
de hoje. Era uma dos cabelos louro claros, lisos e sem cachos, mais jovem, mais
sorridente, e com o olhar menos sofrido. Ela usava uma blusa leve, branca, cujo
fundo se amarrava como cadarços, um short verde escuro e um tamanco alto. Se
separou das amigas por uns poucos instantes, ela sempre precisou de tempo pra
si mesma. Parou na ponte que separava a parte A da parte B do píer, e se
encostou ali, olhando o mar, sentindo o vento frio castigar-lhe o rosto. A
franja brincou com o vento, e ela sorriu consigo mesma. Ficou parada um tempo,
então o viu. Joseph, viria a descobrir depois. Ele vinha andando, os cabelos
curtos, os olhos verdes, camisa branca, Jeans e tênis. Bêbado. Ria sozinho, e
tinha uma garrafa na mão. Demetria revirou os olhos. Ela resolveu voltar pras
amigas. Caminhou, meio que desfilando, sem olhar o idiota bêbado com roupas de
marca enquanto passava por ele. Mas a ponte dava no estacionamento do píer.
Quando Demetria ia passando por Joseph, viu que o idiota ia dar de encontro com
um carro branco que vinha na direção dos dois. Ela esperou ele subir na
calçada, mas ele continuou no meio. O carro não pareceu reduzir. Talvez o
motorista estivesse mais bêbado que aquele imbecil.
Demetria: Ei! – Chamou, voltando. O condenado parou e virou-se pra ela. O carro não reduziu.
Demetria: Ei! – Chamou, voltando. O condenado parou e virou-se pra ela. O carro não reduziu.
Foi tudo muito rápido. Não dava tempo mais pra chamar. Demetria correu,
se arriscando nos saltos agulha, e agarrou o braço dele. Joseph tentou se
soltar ao sentir as unhas, feitas a francesinha branca, se fincarem em sua
pele. Mas sem tempo pra protestar, fraco de tão bêbado, caiu com ela na
calçada, o carro ainda batendo no braço dela. Demetria deu com a cabeça no
batente da ponte, e seu braço doeu fortemente em protesto. Ainda ouviu o
motorista do carro dizer “olha por onde anda!”. Ela rosnou, e se sentou,
balançando o braço. O idiota continuou deitado.
Demetria: Ei, você está bem? – Perguntou, com a mão na cabeça, se virando pra ele. Ele estava deitado no chão, de barriga pra cima, e olhava o céu – Ah, droga.
Joseph: Sem sangue, sem culpa. – Ele ergueu a mão, e estava suja de sangue. A garrafa havia quebrado e o cortado. – Ops. – Debochou, abaixando a mão.
Demetria: Você é um idiota. Estúpido! – Acusou, se levantando. De pé percebeu que a batata da perna dele, descoberta pela bermuda, também estava cortada.
Joseph: Você tem belos olhos. – Elogiou, olhando-a – Joseph. – Se apresentou, estendendo a mão boa.
Demetria: Demetria. – Retribuiu, sem gosto, apertando a mão dele. Os dois se encararam, ele sentado na calçada, ela de pé. Então ela cortou o silêncio. – Venha, eu preciso levar você pra tratarem disso.
Joseph: Não, obrigado. Meus amigos... – Ele se levantou, e cambaleou. Demetria rolou os olhos e o segurou – Eu vou voltar pra festa. Obrigado, de qualquer modo.
Demetria: Não vai voltar pra inferno nenhum. – Disse, e se equilibrou pra mantê-lo de pé.
E foi como ela disse. Ela terminou levando-o pra casa, e fazendo curativos em sua mão e perna, enquanto fazia ele engolir um dos cafés mais fortes que ela já preparara.
ㅤ
FIM DE FLASHBACK.
Demetria: Ei, você está bem? – Perguntou, com a mão na cabeça, se virando pra ele. Ele estava deitado no chão, de barriga pra cima, e olhava o céu – Ah, droga.
Joseph: Sem sangue, sem culpa. – Ele ergueu a mão, e estava suja de sangue. A garrafa havia quebrado e o cortado. – Ops. – Debochou, abaixando a mão.
Demetria: Você é um idiota. Estúpido! – Acusou, se levantando. De pé percebeu que a batata da perna dele, descoberta pela bermuda, também estava cortada.
Joseph: Você tem belos olhos. – Elogiou, olhando-a – Joseph. – Se apresentou, estendendo a mão boa.
Demetria: Demetria. – Retribuiu, sem gosto, apertando a mão dele. Os dois se encararam, ele sentado na calçada, ela de pé. Então ela cortou o silêncio. – Venha, eu preciso levar você pra tratarem disso.
Joseph: Não, obrigado. Meus amigos... – Ele se levantou, e cambaleou. Demetria rolou os olhos e o segurou – Eu vou voltar pra festa. Obrigado, de qualquer modo.
Demetria: Não vai voltar pra inferno nenhum. – Disse, e se equilibrou pra mantê-lo de pé.
E foi como ela disse. Ela terminou levando-o pra casa, e fazendo curativos em sua mão e perna, enquanto fazia ele engolir um dos cafés mais fortes que ela já preparara.
ㅤ
FIM DE FLASHBACK.
Proximo Capitulo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário