Historias

segunda-feira, 27 de julho de 2015

P.S Eu Te Amo - Capitulo 73

Quanto a Sterling... estava abalado. Ele dirigiu até o cais, havia um bar lá de que gostava muito. Ele desceu do carro e se sentou no bar. Pediu uma dose de whisky, logo outra, e outra, até que a garrafa ficou. Tinha a sobrancelha franzida, pensando no que fazer. Não devolveria Lúcia, sob nenhuma hipotese. Ele podia contar a Demetria o que Susana pretendia, assim ela estaria pronta... não, seria humilhação demais. Demetria sofreria do mesmo modo, e ele não o faria. Poderia alertar Joseph, assim ele estaria preparado pra quando Susana fosse até ele... mas não adiantaria, Demetria não acreditaria, e seria pior. Passou a tarde pensando em uma solução, viu a noite cair, e ainda não tinha uma resposta...

E, pela primeira vez, se esqueceu de Lúcia.

Enquanto isso, na casa dos Jonas...


Demetria: Bom, o que temos de enlatados é isso. – Disse, terminando de pôr a mesa.

Horas haviam se passado. As portas estavam trancadas, os telefones desligados. A chuva da tarde se converteu em neve. Joseph deixou as janelas entreabertas, dando um clima gostoso, friozinho, a sala. Demetria havia tomado seu banho, e vestido uma calça moletom preta, com uma regata branca, os cabelos caindo em cachos perfeitos. Joseph aprovou. Tanto que, brincando com ela, usou uma calça abrigo preta e uma camisa de algodão, branca. Demetria riu disso. Os dois estavam na sala. Joseph havia desocupado a mesa de centro, e Demetria colocou lá as taças, e uns pratos feitos com comida rápida, incluindo a especialidade dela: sanduiches de salmão com maçã. Joseph surgira com duas garrafas de vinho, um branco e um tinto, dizendo ele que cada um era pra um prato. Demetria colocou o ultimo prato na mesinha, e foi se abraçar a ele. Os dois olharam os pratos de comida rápida em contraste com as taças delicadas, e as garrafas de vinho caro.


Demetria: Se quiser, ainda dá tempo de sair. – Disse, prendendo o riso. Joseph riu.

Joseph: Não. Eu gosto daqui. – Disse, beijando o rosto dela demoradamente. Demetria sorriu, sentindo o halito dele em sua pele. – Venha, sente aqui. – Disse, a voz abafada na pele dela, que riu. – É quase meia noite.

Demetria: Já? – Perguntou, virando o rosto, procurando o relógio. Ela viu, e faltavam 15 minutos. Um flashback desagradável percorreu a cabeça de Demetria, contra sua vontade. Joseph viu o rosto dela murchar brevemente.

Joseph: Passa algo, Ma Belle? – Perguntou, sentando-a em seu colo, e passando a mão em seu rosto.

Demetria: Ano passado eu estava sozinha. E no retrasado. E no que veio antes. – Disse, se lembrando das vezes em que se dopara pra dormir, e pular as festas. – O silêncio era minha única companhia. – Disse, e olhou pras mãos.

Joseph: Me desculpe por ter demorado tanto. – Disse, beijando o queixo dela. Demetria o encarou.

Demetria: O que você faria se eu não tivesse aceitado? Se não tivesse concordado em te dar um ano? – Ela viu os olhos verdes dele, sondando seu rosto – O que faria se voltasse e eu estivesse com outro, Joseph? – Ele sorriu de canto.

Joseph: Então eu não teria mais sentido pra insistir em viver. Não que minha estadia longe de você possa ser chamada de vida. – Ele fez uma careta, e sacudiu o rosto levemente, afastando as memórias – Eu estava longe, mas não perdi você de vista nem por um segundo, Ma Belle. – Disse, carinhoso.

Demetria: É claro, os boletins de Nicholas . – Disse, revirando os olhos.

Joseph: Três vezes ao dia. – Disse, sorrindo de canto - Então se algo te acontecesse, eu voltaria correndo. – Explicou – Mas nunca passou nada. A doença mais grave que você teve nos últimos quatro anos foi uma gripe. – Demetria sorriu da increSelidade dele – Nunca teve problemas graves, não foi assaltada, ninguém da sua família morreu... logo eu tive que esperar. – Ele deu de ombros.

Demetria: Esperar por...? – Perguntou, observando-o.

Joseph: No dia em que... no dia em que você me viu com Selena. – Ele viu o olhar de Demetria se trancar – Quando eu voltei pra casa, nós brigamos. Você se lembra do que me disse? – Ela negou com a cabeça.

Demetria: Eu tento bloquear as lembranças daquele dia. – Explicou.

Joseph: Dentre todas as acusações, você me disse que eu te manipulava. Que monopolizava você a minha livre vontade, como uma boneca. E que você o aceitava, por me amar. Abria mão de tudo o que podia ser pra ser só minha mulher. – Demetria ficou quieta – Então eu tive de esperar. Dar o tempo suficiente pra que você pudesse ser você. Acompanhei quando você abriu seu ateliê, vi suas primeiras telas, suas primeiras fotografias, seu primeiro vernissage. Então quando achei que você estava pronta, realizada profissionalmente, foi à hora de voltar.

Demetria: Sua cabeça é diabólica. – Disse, um sorriso nascendo no canto da boca.

Joseph: Não foi fácil pra mim. A todo minuto eu procurava um motivo pra eu pegar um avião e voltar, mas me controlei. Então, finalmente, chegou a hora. Sinceramente, eu não sei o que teria feito se demorasse mais. Acho que estava enlouquecendo. – Disse, com uma careta.

Demetria: Uma coisa... – Joseph esperou – Você quase me matou aparecendo na vernissage daquele jeito. Aliás, se não fosse o publico, eu mesma teria matado você. – Avisou, e Joseph riu.

Joseph: Me perdoe se te assustei. Pensei que você seria mais propícia se eu te encontrasse em um momento feliz, perante ao seu sucesso iminente. Me enganei, é claro. – Ele rolou os olhos.

Demetria: É bom entender sua parte. Mesmo sendo tão complexo. – Disse, com uma careta – Mas deixemos esse assunto pra lá. Você está aqui agora, e eu não estou sozinha com meu silêncio. Basta. – Sorriu.


Joseph: Sim, eu estou aqui. – Disse, beijando o pescoço dela carinhosamente – E quanto ao silêncio, eu posso cantar, se você quiser. – Se ofereceu, com um sorriso enorme. Demetria arregalou os olhos azuis, e ele riu. Então seus olhos caíram sobre a mesa – Isso é salmão com maçã? – Perguntou, olhando o prato. Ele amava o sanduiche que ela fazia. Havia 4 anos que não comia um.

Demetria: É. Sirva-se. – Disse, vendo o olhar dele.

Joseph não resistiu e apanhou o sanduiche, o pão de forma perfeitamente cortado, e sentiu o perfume do salmão, mesmo sendo enlatado. Ele mordeu o sanduiche com vontade, sentindo o gosto deliciosamente familiar de volta. Demetria acariciou o cabelo dele, beijando seu rosto, e ele sorriu de canto, enquanto mastigava. Nenhum dos dois queria pensar em mais nada, só naquele momento. E assim seria.

Próximo Capitulo...

2 comentários:

  1. O melhor para o sterling era avisar o joe e a demi! Mas pelo visto ele não vai falar. ¬¬
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  2. Meninaaaaaaa que saudade que eu estava dessa fic. Nossa ela é maravilhosa. Sterling tinha que contar aos dois sobre os planos diabólicos que Susana quer fazer. Mas ja da pra ver que ele não vai falar nada, eu so quero ver o que ele vai fazer quando ver que Demi esta sofrendo por tudo o que Susana aprontar. Ster está tão acabado com o que Susana disse que acabou esquecendo de Lúcia. Estava com muita saudades da fic. Posta logo em
    beijos

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