Historias

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

PS. Eu Te Amo - Capitulo 61

Logo Lúcia ficou pronta. Todas ajudaram, e a menina  ficou uma bonequinha. Falando em bonequinha, Sterling sumira nesse meio tempo e voltara alguns minutos depois, com uma embalagem que não tinha tamanho, embalada em papel de uma loja 24 horas. Uma boneca, enorme. Ninguém teve coragem de falar nada, mas Justin   riu alto. Demetria entrou na sala saltitando, e se abraçou a Joseph, manhosa. Ele largou o catálogo como estava e a aninhou nos braços fortes.

Demetria: Tchan-tchan-ran-ran... – Murmurou, quando a menina  entrou na sala de mãos dadas com Kristen. Robert olhava a mulher com fascínio nos olhos. Queria ter filhos, mas Kristen achava cedo. Isso não evitava o quanto ela ficava linda ali, entrando com a menina  como quem mostra um trabalho pronto.

Lúcia estava irreconhecível. Usava um vestidinho branco com flores rosas, uma sapatilha rosa, os cabelos lisos com uma matiz castanha, em um penteadozinho com presilhas. Sterling a observou, quieto. A menina  parecia tão à vontade com ele.


Justin  : Ok, gente. – Disse, rompendo o silêncio.

O jantar correu normalmente. Sobrou comida, e muita. Sterling realmente havia encomendado um porco. Mas não olhava a refeição direito, ou prestava atenção a conversa; prestava atenção a filha. Lúcia sabia comer, educadamente, com os talheres. Sterling se perguntou a que circunstância isso fora aprendido; logo saberia que a custo de vários cortes de faca, vendo filmes na televisão e tentando imitá-los. Após o jantar um vinho foi aberto e servido. Lúcia ficou com refrigerante. Joseph manteve sua mão por cima da de Demetria a noite toda, acariciando brevemente enquanto conversava com ela, ou fuzilava Justin   com os olhos.
Não gostava do modo com que ele olhava a esposa.

Joseph: Algum problema? – Perguntou a certo ponto, e todos o olharam. Lúcia ergueu os olhos do seu copo de refrigerante, curiosa.

Justin  : Absolutamente, e você? – Perguntou, calmo.

Joseph: Só se você estiver procurando por um. – Sorriu, ameaçador. Selena revirou os olhos. Robert riu, e Kristen beliscou ele. O ruivo sorriu em desculpas e beijou o rosto dela delicadamente, selando seus lábios.,

Nolan : Olhem a criança. – Disse, achando graça, e coçando a nuca distraidamente. Lúcia parecia animada. Sterling observava as reações dela, quieto, com um sorriso de canto no rosto. Ashley  sorriu e beijou a região do ouvido dele.

E a discussão terminou ali. Quando ficou tarde, as mulheres cuidaram de Lúcia, livrando seus cabelinhos das presilhas, vestindo-a com um pijama rosa bebê. Se despediram, e foram. Lúcia ficou sentada nos pés da grande cama de Sterling. Haviam dezenas de sacolas em um canto do quarto, e ela estava curiosa pra olhar o que havia ganhado das “tias”. Mas não sabia como agir, então ficou sentadinha, quieta. Logo Sterling entrou no quarto, com a caixa enorme nas mãos. Lúcia esperou, na defensiva. Ele se sentou ao lado dela, e pôs a caixa na frente dela.


Sterling: É... – Ele coçou o cabelo, e apontou pra caixa – Seu presente. Feliz natal. – Disse, sem jeito.

Lúcia: Meu? – Perguntou, surpresa. A caixa era enorme. Sterling assentiu – Obrigado. – Agradeceu.

Lúcia precisou descer da cama. Ela tentou, desajeitada, com o papel cinza da loja, e Sterling esperou. A menina  se assustou quando a mão do pai foi ajudá-la. Sterling reduziu seu passo, na defensiva, e ela esperou. Logo a menina  ficou aparvalhada. Uma boneca de pano, enorme, com cabelos de lã amarela, se revelou. Era linda (a mais cara que Sterling havia achado). Lúcia nunca havia tido uma boneca. Muito menos uma daquelas. Sterling abriu a caixa e soltou a boneca das amarras, entregando-a a menina .


Lúcia: É minha? – Perguntou, abraçando a boneca se sentando de novo. Sterling viu ela passar a mãozinha nos cabelos da boneca, com cuidado.

Sterling: Toda sua. – Disse, satisfeito por ela ter gostado. Lúcia havia deitado a boneca em seu colo e a segurava, como quem segura um bebê.

Lúcia: Obrigada. – Disse, meio que Ashley ndo a boneca. Então se lembrou de algo – Eu não tenho nada pra te dar. – Confessou, e seu rosto ficou vermelhinho.

Sterling: Não precisa. Você está aqui. – Disse, tocando os cabelos dela. Tinha o mesmo toque que o dele, observou. – Você vai dormir comigo, aqui, até eu providenciar um quarto pra você. Você se importa?

Lúcia: Um quarto pra mim? – Perguntou, como se tivesse duvida que ele estava falando sério.

Sterling: É... é natal, eu não tive tempo de... – Ele coçou o cabelo, e suspirou – Mas logo vou dar um jeito.

Lúcia: E minha mãe? – Perguntou, quietinha. A menção do nome de Susana acendeu uma fúria que estava amortecida em Sterling, mas ele se aquietou. Tinha de se controlar perante a ela.

Sterling: Eu deixei um bilhete pra sua mãe, você viu. – Lúcia assentiu. Enquanto gritava horrores no ombro de Sterling viu ele rabiscar uma folha de um bloco, deixando-a presa na porta da geladeira – Ela vai saber onde te encontrar. – Garantiu. Sterling ansiava por esse momento. Novamente, se controlou. – É tarde, agora. Não está com sono? – Perguntou. Crianças, no normal, sentiam sono cedo.

Lúcia: Um pouco. Mas eu estou acostumada. As vezes mamãe chega tarde, eu tenho que cuidar dela. – Disse, natural, olhando o pai. Sterling contava mississipis a essa altura.

Sterling: Ok, vamos dormir? – Convidou. Lúcia assentiu. Sterling viu ela deitar a caixa da boneca do lado da cama, como um berço, e deitou a boneca com cuidado. Ele sorriu. – Venha. – Chamou, oferecendo os braços.

Lúcia hesitou, mas aceitou os braços do pai, que a carregou. Sterling se prometeu, naquele instante, que Lúcia teria uma vida normal, como uma criança normal, com colégio, brinquedos, proteção e hora de dormir. Ela se sentiu estranhamente confortável nos braços de Sterling, do mesmo modo como ele se sentiu bem ao aconchegá-la nos braços – era o apelo do sangue. Sterling puxou os lençóis da cama, deitando-se com ela e cobrindo os dois, protegendo-os do frio. Teria de rever todos os seus conceitos, mas faria de sua filha uma criança feliz. Ele acariciou o cabelo dela ternamente, repetidamente, enquanto a Ashley va. Lúcia se abraçou ao pai. Estava confusa. Não era acostumada a receber atenção, nem muito menos carinho. Mas lá estava aquele estranho, lhe prometendo uma vida diferente da que tinha, uma vida que ela já havia invejado das outras crianças. Ele acariciava ela de modo calmo, realmente ninando-a. Ela nunca tivera isso.

Lúcia: Obrigada, papai. – Murmurou, sonolenta, e Sterling não sabia o tamanho do agradecimento dela. Não era apenas pela primeira ceia de natal, pela primeira boneca, pelo primeiro carinho. Era pela vida que ele estava prometendo a ela. Sterling não disse nada, apenas beijou a testa dela. Logo Lúcia dormiu. Ele prosseguiu Ashley ndo-a, e descobriu que gostava disso. Então que assim ficasse.


Próximo Capitulo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário