Historias

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

PS. Eu Te Amo - Capitulo 63

Logo Sterling voltou. Trazia um urso de pelúcia gigante nos braços, grande até pra ele. Era cor de caramelo, e tinha um laço no pescoço. Ele parou atrás de Lúcia, e se ajoelhou, se ocultando atrás do urso.

Sterling: Bu! – Disse, e a menina  se virou, se deparando com o urso.

Lúcia: Ca-ram-ba. – Murmurou, os olhinhos arregalados.

Sterling: Presente. – Disse, a cabeça aparecendo do lado do urso.

Lúcia: É meu? – Perguntou, um sorriso alegre nascendo no rosto – Obrigada! – Agradeceu e pulou em cima do urso, abraçando-o e conseqüentemente abraçando Sterling. O louro riu, cambaleando e segurando ela e o urso.

Sterling: Que tal agora escolhermos seu quarto? – Perguntou, tirando o urso do caminho e arrumando o cabelo dela. Lúcia assentiu, e ele se levantou, pegando o urso em um braço e a mão dela em outro. Então ela falou.

Lúcia: Porque você me dá presentes? – Perguntou, acanhada. Sterling a olhou, e sorriu.

Sterling: Porque eu sou seu pai. Porque eu gosto de você. – Disse, simples. Um sorriso lindo iluminou o rosto da menina . Então ele fez uma careta – Só não me peça um cachorro. – Pediu, franzindo o cenho. Lúcia riu.

Então eles foram. Compraram tudo: Cama, colchão, um enorme guarda-roupas, uma poltrona, prateleiras de madeira, dois criados mudos e uma escrivaninha. Logo se encontraram com Demetria, Ashley , Selena e Kristen, que compraram mais roupas pra Lúcia, fora dois tapetes de pelúcia, um branco e um rosa (Kristen respondeu que era pra variar, quando enjoasse da cor de um. Sterling revirou os olhos com isso.), montes de jogos de cama, travesseiros, cortinas, abajur, fora produtos de higiene. Por fim, nem a traseira da pick-up de Justin   agüentou a metade das caixas. Revezaram entre os carros. Lúcia estava corada de tanta alegria, todos conversavam com ela, perguntavam como ela queria tudo, como ela preferia. Chegando em casa foram trocentas mil subidas e descidas de elevador, conseguiram por tudo dentro de casa. A sala de Sterling virou um pandemônio. Só que houve uma surpresa; quando chegaram, Nicholas  já estava lá.


Nicholas : Tome. – Disse, entregando uma pasta a Sterling. Justin   parou no caminho, com o colchão na cabeça.

Sterling: Isso é...? – Perguntou, abrindo a pasta.

Nicholas : É o que vai impedir a sua prisão por rapto de menor quando a mãe dela aparecer. Foi por isso que eu sai ontem, mas não há muitos juízes disponíveis na noite de natal. – Sorriu, deboJustin o – Esse documento te cobre, pelo menos pela parte da lei, quando acontecer. – Se resumiu.

Sterling: Não tinha pensado nisso. – Disse, lendo a primeira folha da pasta – Obrigado. – Nicholas  deu de ombros.

Nicholas : Alguém tem que ver o lado jurídico da coisa. Eu não estudei anos de advocacia só pra ter um diploma. – Disse, simples.

Justin  : Mas ele é um gênio, não é? – Perguntou, se virando pra ir na direção de Nicholas , rindo. O colchão quase derrubou Kristen, salva pelo marido que a carregou e puxou do alvo. Mas bateu na cabeça de Sterling.

Sterling: Sai daqui. – Rosnou. Lúcia ria. – 3, 2, 1...

Mas Justin   já havia ido. Logo era uma força tarefa. Os homens montavam os móveis, as mulheres cuidavam do resto. Justin   cantava a plenos pulmões. A casa de Sterling nunca esteve tão movimentada.


Joseph: Um, dois, três. – No três ele forçou o tampo da escrivaninha. Justin   ajudava do outro lado. O tampo se encaixou no lugar. Joseph pegou a furadeira no chão, junto com uns parafusos. Vinha conversando com Justin   há um tempo, desde que este parara de cantar. Sterling e Nicholas  cuidavam do guarda-roupas, e Robert montava um dos criados mudos.

Justin  : Sabe, você é um cara legal. – Disse, tirando a tela de proteção lateral da escrivaninha.

Joseph: Você também é. Fora o modo desagradável como insiste em olhar minha mulher. – Disse, e apertou o botão, ligando a furadeira, e sorrindo ameaçadoramente. Justin   riu.

Justin  : Nada pessoal. – Garantiu – Só fui informado que daqui a meses ela vai estar livre de você. Achei melhor colocar meu nome na lista de espera, porque já deve ter uma.

Joseph: Não há lista. – Rosnou, pondo um parafuso no lugar – Vejo que conheceu Selena María. – Disse, desgostoso.

Então as mulheres entraram no quarto. Demetria foi até Joseph, se abaixando pra abraçá-lo pelo peito, beijando seu rosto. Joseph sorriu, deliciado, e Justin   riu.

Demetria: Almoço, senhor construtor. – Disse no ouvido dele, beijando-o em seguida.

Joseph: Vou só terminar aqui. – Disse, mostrando os parafusos. Demetria assentiu, e selou os lábios com os dele, saindo. Joseph observou, satisfeito – Acha mesmo que eu vou embora? – Perguntou, sorrindo. Justin   riu.

Todos foram almoçar. Sterling almoçava com Lúcia no colo, todos espalhados pelos cantos da casa, em meio de caixotes de papelão. Assim que terminaram de comer, a louça foi retirada, resolveram descansar um pouquinho antes de voltar ao trabalho. Joseph se abraçou a Demetria, perto da janela. Robert sentou com Kristen perto de Ashley  e Nolan . Selena fora lavar a louça. Sterling se encostou em um sofá, com Lúcia no colo. Justin   sobrou de pé. O inferfone chamou, e o moreno atendeu. Murmurou algo breve e desligou. Quando se virou pros outros, seu rosto estava impassível.

Justin  : Susana está subindo. – Anunciou, e era só.

-

Justin   abriu a porta. O elevador se abriu no corredor, e uma morena saiu dele. Usava saltos pretos, uma legging preta, com uma blusa branca por cima. Sua pele era pálida, e os cabelos eram castanhos, caindo até o meio das costas em cachos. Seus olhos eram de um surpreendente azul claro. Sterling já havia se levantado, com Lúcia no colo, e suas narinas estavam dilatadas. Ninguém viu, mas o rosto de Joseph endureceu ao vê-la. Nada bom.


Susana: Justin  . – Disse, sorrindo. Justin   a cumprimentou com um aceno de cabeça. – Sterling. – Disse, por fim, olhando Sterling.

Sterling: Susana. – Respondeu em um rosnado, se controlando por ter a filha no colo.

Lúcia: Oi, mamãe. – Sorriu, alegre.

Susana: Oi, Lu. – Respondeu, sem dar maior atenção – Vejo que a conheceu, Sterling. – Disse, sorrindo, como se isso fosse o mínimo.

Sterling: Encantadora. – Rebateu, e seu instinto deu um passo à frente. Justin   se colocou no caminho.

Joseph: Ma Belle, leve Lúcia pra dentro. – Pediu, em um murmúrio, no ouvido de Demetria. Ela assentiu e foi até Sterling.

Demetria: Lúcia? – Lúcia a olhou – Me ajuda a terminar de escolher os forros da sua cama? – Pediu, tranqüila. Lúcia sorriu.

Lúcia: Ajudo. – Disse, alegre. Demetria estendeu os braços, e Sterling entregou Lúcia.

Susana: Da cama dela? – Perguntou, olhando Demetria. Demetria se virou e encarou Susana. Algo nela fortemente lhe ofendia.

Demetria: É. Não sei como te explicar, mas colchões precisam ser forrados antes que alguém os use. – Disse, como quem explica a um doente que ele precisa tomar os remédios.

Joseph: Ma Belle. – Chamou novamente. Demetria o encarou, e viu o olhar de censura dele – Por favor. – Ela assentiu e saiu. Selena foi atrás. A vozinha de Lúcia sumiu no corredor, dizendo que estava em duvida entre o lençol amarelo e o rosa. Joseph virou o rosto pra Susana, e sua voz era dura – Nunca mais dirija a palavra a ela. – Avisou. Isso até distraiu Sterling um pouco. Susana riu.

Susana: Está montando um quarto pra minha filha, Sterling? – Perguntou, deboJustin a.

Sterling: Minha filha. – Corrigiu – E não é de problema seu o que eu faço ou deixo de fazer com ela. Como pôde, Susana? – Perguntou, a voz incréSela de ódio.

Susana: Eu te fiz um favor. Você viveu muito bem sem ela esses anos, não viveu? – Perguntou, olhando-o – Estava perfeitamente bem sem saber de sua existência, não estava? Pois vai continuar, Sterling. Finja que não viu. – Debochou novamente.

Sterling: A trata como se fosse um objeto, um animal. – Grunhiu. Justin   se moveu minimamente, se preparando pra interferir no caminho de Sterling.

Susana: O que você esperava? Que eu preparasse lancheiras pro colégio e contasse histórias pra dormir? – Perguntou, irônica – Eu não pedi pra engravidar. Me agradeça por ela estar viva. – Disse, tranqüila.

Sterling explodiu. Kristen gritou. Justin   se lançou a sua frente, tomando o impacto. Susana recuou um passo, e Robert ajudou Justin  , puxando Sterling pela camisa, bloqueando o caminho dele.


Sterling: Fora da minha casa. – Rugiu, furioso.

Susana: Perfeitamente. – Disse, sorrindo – LÚCIA! – Chamou, o rosto virado pro corredor. Joseph sabia que Demetria não deixaria a menina  vir, então não se moveu.

Sterling: Nem pense nisso. – Disse, a voz baixa novamente.

Susana: Ela vem comigo. Eu sou a mãe, Sterling. Não se esqueça disso. – Disse, ameaçadora.

Nicholas : Ele não esqueceu. – Disse, e Susana olhou-o. Sorriu um instante. Era beleza demais pra um homem só.

Susana: E você é...? – Perguntou, sorrindo.

Nicholas : O advogado dele. – Disse, sem dar atenção ao olhar dela. Susana o olhou do rosto, peitoral, barriga, e seu olhar caiu na aliança dourada na mão esquerda. Seu sorriso só fez aumentar.

Susana: Como advogado, sabe que estou certa. – Disse, tranqüila.

Nicholas : Estaria, se eu não tivesse pensado nessa possibilidade antes. – Ele passou por Sterling, apanhando a pasta de documentos – Ele está coberto. A menina  fica. – Ele entregou a pasta a ela.

Susana abriu a pasta, e seu sorriso se fechou, lendo a folha de praxe do documento. Então Sterling realmente queria briga.

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