Historias

quarta-feira, 28 de maio de 2014

PS. Eu Te Amo - Capitulo 17

Demetria emSterlingu no lugar, olhando pra frente. Sterling olhou em volta. Nicholas  avançou, sendo barrado por Sterling. O louro encarou Nicholas  brevemente, e o olhar o mandava ficar, então saiu, sumindo na porta da cozinha. Demetria tinha a maxilar trancada, o nariz inflado, e Nicholas  apenas observava, o rosto impenetrável.

Demetria ficou empedrada no lugar. E se Joseph estivesse agarrando Selena? Sterling lhe diria. Mas como chegaria a dizer? Aliás, Nicholas  lhe diria se soubesse onde Joseph tinha estado, não diria? Mas não disse. Demetria saiu em retirada imediatamente, correndo, e Nicholas  se manteve em seu lugar. Descobriu que precisava ver com seus olhos, não acreditaria em nada que Sterling lhe dissesse. Demetria alcançou Sterling no corredor.

Demetria: Sai. – Murmurou, e Sterling, respirando fundo, saiu da frente.

Demetria abriu a porta, e se deparou com a cozinha. Selena estava encolhida em um canto, com a cara absurdamente enfezada, como se não quisesse estar ali. E não queria. Só estava pelo maldito molho, que ela mexia em fogo brando, quatro vezes no sentido anti-horário e duas no horário. Joseph estava no outro canto da cozinha, a cara dentro do armário, os braços remexendo as coisas. Demetria quase cambaleou de um sentimento que ela não soube descrever. Alivio, talvez. Dor, principalmente. Joseph estava concentrado, não a viu. Ela viu quando o nariz dele se mexeu minimamente, e ele sorriu levemente. Sentira o cheiro dela.


Eu somente quero ir pra casa
Sinto sua falta, você sabe. ♫

Joseph: Amor, onde você pôs o saca rolhas? – Perguntou, olhando o armário.

Demetria: Não sou seu amor. – Corrigiu, a voz meio mortificada, enquanto avançava na cozinha. Sterling estava parado na porta da cozinha, encostado na porta. Ela abriu uma gaveta perto de onde ele estava e tirou o objeto prateado, pondo-o em cima do batente, perto de Joseph – E aqui está.

Joseph: Sim, é o meu amor. – Rebateu, mordendo a orelha dela, que se afastou.

Demetria: Vá pro inferno, Joseph. – Mandou, emburrada. Joseph riu, apanhando o saca rolhas.

Demetria viu Joseph avançar pra fora da cozinha, e ia levando ela. Então se adiantou, fugindo do toque dele, e saiu pelo corredor, deixando Sterling e Selena pra trás.

A noite percorreu, surpreendendo Demetria, normal e agradável. Uma vez que ela conseguiu se acalmar, as coisas fluíram. Selena se aninhou ao lado de Nicholas  e simplesmente se reservou a não olhar nem falar com Joseph. Mas este conversava com os outros, ria, era até agradável. Ele e Sterling formavam uma ótima dupla, Nicholas  era mais reservado. Então se fez hora de partir. Todos foram embora, e sobraram Demetria e Joseph, sozinhos no silêncio, novamente. Demetria recolheu a louça, pondo-as na pia. Joseph a observava ir e vir, então ela não veio mais. Ele foi atrás dela. Ela estava com uma bandeja na mão, raspando os pratos, em seguida colocando-os na maquina de lavar louça.

Eu continuo guardando as cartas que eu te escrevi.
Cada uma com uma linha, ou duas.
“Eu estou bem, meu amor, como você está?” ♫

Demetria: Pelo amor de Deus! – Exclamou, se apoiando na pia pra se recuperar do susto de vê-lo parado ali.

Joseph: Porque não o deixa ai? – Perguntou, calmo.

Demetria: Gosto de dormir com a casa em ordem. – Justificou, curta, enquanto colocava a ultima travessa na entrada de louças. O objeto logo sumiu.

Joseph observou Demetria jogar os restos de comida no triturador, e por a travessa pra lavar. A pia terminou limpa. Ela abriu o jato de água e, Joseph não sabia para quê, já que as mãos dela estavam limpas, lavou-as.


Demetria: Precisamos conversar. – Disse, secando as mãos.

Joseph: De acordo. – Disse, surpreso.

Demetria: Não é o que pensa, não crie ilusões. – Cortou, dura. – Você está aqui. E precisará de um lugar pra dormir, a não ser que queira ficar no sofá. A mim, me dá igual. – Esclareceu, saindo dali.

Joseph sorriu e acompanhou Demetria pelo corredor, enquanto a loura avançava pro seu quarto. Ela prendeu os cabelos relaxadamente, e ele observou com fascínio. Então ela parou em seu quarto.

Joseph: Não vejo o problema. Vou dormir no meu quarto, com a minha mulher.

Demetria: Olhe, eu estou cansada. – Um trovão soou lá fora. A chuva era cruel. – Eu estou cansada.

Joseph: Demetria, eu não costumo deixar as coisas inacabadas. Trabalhos. Meu casamento. – Comentou, com a mão no bolso. Demetria suspirou. – Hoje eu comecei algo, e fui interrompido. Eu não gosto de ser interrompido.

Bem sei que deveria te enviá-las, mas sei que isto não é o bastante.
Minhas palavras são frias e vazias,
E você merece mais que isto ♫

Demetria: Eu não... o que...?

Joseph: Vamos, Ma Belle. Você consegue. – Incentivou. Demetria o olhava, cansada, com sono, sem querer se dar ao trabalho de pensar – Pois bem. Vai lembrar, de qualquer modo. Eu não deixo as coisas inacabadas. Eu comecei, eu vou terminar.

Demetria não viu nada. Ele só avançou até ela, um braço forte a abraçou pela cintura, e ele aproximou seu rosto do dela, deixando-o a milímetros de distancia. Ele abriu os olhos um instante para encará-la, viu a surpresa nos olhos dela, e em seguida a beijou.

O beijo não era agressivo. Era a continuação do beijo do sofá. Calmo, doce, terno. E um turbilhão de imagens na cabeça de Demetria. Os primeiros dias, o casamento, a mudança pro apartamento, as noites incansáveis de amor nos braços dele... nos braços dele... Selena nos braços dele, na sala dela. A dor. A solidão. Desespero. Então Demetria apanhou o lábio inferior dele entre os dentes e o mordeu com toda a força que conseguiu reunir. Joseph grunhiu e se afastou dela, surpreso, sentindo o sangue inundar sua boca rapidamente.

Me deixe ir pra casa.
Eu estou tão longe de onde você está,
Mas eu quero ir pra casa ♫

Joseph: Hum... – Ele passou a mão na boca. A mão voltou toda borrada de sangue – Minha pequena tigresa selvagem, agora até morde? – Perguntou, sorrindo, enquanto o sangue escorria pelo canto da sua boca.

Demetria: Eu falo sério quando digo não, Joseph. – Disse, recuando, nauseada. – Quer o quarto? Fique com ele. Mas me deixe em paz. – E tomou a direção pra fora do quarto.

Joseph não estava raciocinando direito agora. Demetria o confundia. Uma hora, entregue em seus braços. Na outra, furiosa. Ele viu ela sair a passadas largas. Engoliu o sangue que continha na boca, sentindo o gosto metalizado, e agarrou o braço dela antes que saísse de seu domínio.


Joseph: Pela força não vai ser, Ma Belle. Eu não tenho medo da dor. – Disse, mantendo-a no quarto.

Demetria: Você não sabe o que é dor. – Rebateu, encarando-o, e o azul dos seus olhos estava empedrado. – Me largue. – Ela puxou o braço com força, mas ele não soltou. – Joseph, me largue. – Rosnou

Ele apenas encarava ela, como se tentasse entender algo no olhar dela. Demetria esperou um instante. O ódio amargo em sua boca. Então reuniu suas forças, uma vez mais, e deu um tapa no rosto dele. Não um tapa delicado, mas um tapa agressivo. Joseph recuou, surpreso, sentindo a dor no rosto se acumular a da boca. Quando olhou a direção dela, já havia ido.

Demetria dormiu no sofá. Nem pro quarto de hospedes foi, pra evitar qualquer proximidade com ele. Joseph precisou de bastante tempo pra estancar o sangramento na boca. A madrugada caiu, e ele andava de um lado pro outro, pensando. Só quando o dia foi amanhecendo ele foi até a sala e carregou uma Demetria adormecida, pondo-a com todo cuidado na cama. Quando Demetria acordou, e se deu conta de onde estava, ele já havia saído. 

Proximo Capitulo...

Como prometido ai estáaaaa divulguem o blog estou muitooo feliz com os comentarios de vocês a Historia está apenas começando !!!! até amanhã !! 

3 comentários:

  1. Ahhhhh, socorro!
    Eu não consigo decidir de que lado estou, Joseph me irrita, mas segundos depois já está sendo fofo novamente!
    Posta logo!
    Bjs

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  2. Caramba Demetria a violenta! Amo a gente tô confusa não entendo por que tudo isso aconteceu com eles. Mais ele continuava a querer notícias dela. Joe me confunde amei e quero mais :))
    Fabíola Barboza

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