A verdade era a seguinte: Demetria
e Joseph haviam se apaixonado a primeira vista. O casamento veio 4 meses
depois. Precoce. Ela tinha 22, e ele tinha 24. Os dois viveram em harmonia por
um ano. Se combinavam em tudo. O sexo era maravilhoso. As brigas eram bobas.
Então, uma carta anônima semeou a desconfiança em Demetria. Joseph a estava
traindo. E ele estava. Descaradamente. Várias mulheres, inúmeras. Era o marido
exemplar, mas a traia.
Seu ultimo alvo fora Selena,
sua melhor amiga. A carta anônima fora dela. Demetria se lembra de como
estranhou o comportamento de Selena: a amiga não ia mais a sua casa, se
afastara dela e de Joseph, parecia amedrontada. Em uma bela tarde, Demetria
entrou no escritório da amiga, e encontrou Joseph lá. Ele beijava ela. A
prensava na mesa, e estava dentre suas pernas. Demetria se sentiu morrer
naquele momento. Selena, recuperando a consciência, bateu nele, se afastou. Joseph
a olhou, surpreso. Demetria não deveria estar ali. Ela fugiu. Correu dele,
correu dali, correu da verdade. Joseph a seguiu até em casa, mas ela explodiu
em dor. Como pudera? Ela o colocou para fora. Ele tentou falar, mas ela não
deixou. Então, ele foi embora, e desapareceu. Ela também não o procurou. Selena
pediu demissão do emprego e iria mudar de cidade, não queria ver ninguém que
conhecesse. Demetria a encontrou empacotando as coisas do próprio apartamento,
dias depois. Demetria havia ficado em casa, sozinha, mal se alimentando,
curvada em bola, chorando sua dor. Mas quando soube que Selena estava indo
embora, precisou ir atrás. Era sua melhor amiga, desde pequena. Lembra-se de
como Selena a olhou, temerosa, assustada, quando a viu, vestida de preto, em
luto por seu coração, parada na porta de casa, com os olhos vermelhos,
magoados. Demetria a acusou, e ela
aceitou tudo calada. Enfim, falou, e Demetria entendeu a verdade. Ela se
afastara para fugir das investidas de Joseph. Deixara de ir a sua casa, e se
afastara de Demetria, para evitar o pior. Fora ele, sempre ele. Mas Joseph
tinha uma mulher quando a queria. Ele continuou mandando flores e jóias, e ela
devolvia todas. Então ele apareceu em seu escritório, sem avisar. Seduzira-a, e
ela caíra em seus encantos. Foi quando Demetria chegou. Então, as duas estavam
chorando abraçadas, caídas no chão do apartamento. Selena não pediu desculpas a
Demetria, considerava o que fizera imperdoável, mas o perdão de Demetria foi
inevitável. A loura chorou, e perdoou a ruiva. A culpa era de Joseph. Então
convidou Selena, agora sem emprego, para abrir um ateliê. Selena entendia de
arquitetura, decoração, publicidade e finanças. Demetria traria as telas. O
negocio deu certo, fez o sucesso que é hoje. As feridas foram se desinflamando,
sem cicatrizar, e a dor se tornou suportável. Ela aprendeu a viver sem ele. Mas
manteve o apartamento intacto, como lembrança da felicidade esmagadora que pensou
ter.
Joseph: Demi...
Demetria: Eu não quero ouvir! Tem
noção do que me causou?! Não procurou outra mulher nos últimos 4 anos, mas
procurou enquanto estava comigo! – Acusou – Não era por sexo. Não, eu era
mulher pra você. Eu fazia suas vontades, mesmo com vergonha, e você achava
graça do meu rubor! Mas eu só me dava por satisfeita quando você estivesse
completamente satisfeito. Passando por cima dos meus pudores. Não foi por sexo,
não foi por carinho, não foi por amor. VOCÊ QUIS ME TRAIR! – Gritou, agora
desabafando. Ele a observava, quieto – EU FUI A MULHER PERFEITA! EU DEIXEI O
MEU TRABALHO, PARA QUE MEU TEMPO FOSSE SEU! TODOS OS MEUS PENSAMENTOS ERAM
SEUS, JOSEPH! E OLHA O QUE VOCÊ FEZ COMIGO! – Gritou, e uma lágrima caiu de seu
olho, queimando seu rosto – Me deu o céu com uma mão, e me atirou no inferno
com a outra. Minha melhor amiga... Quase a destruiu também. Quantas mulheres
levou pra cama, enquanto eu te esperava em casa, fiel, acreditando em você, Joseph?
Joseph: Várias. – Admitiu, quieto.
Demetria: Exatamente. Eu não vou te perdoar. Eu não posso, eu não consigo, e eu não quero. Você não pode voltar pra casa como se nada tivesse acontecido, porque aconteceu. Se tivesse preservado o amor que eu sentia por você, talvez agora nós estivéssemos fazendo amor, nessa poltrona, no tapete, na cama, no banheiro, em qualquer lugar. Ou talvez houvessem crianças que nos impediriam de transar com tanta liberdade. Crianças de olhos verdes, ou azuis. – Mais duas lágrimas caíram – Mas você não preservou. Está acabado agora, não importa o que você faça.
Joseph: Várias. – Admitiu, quieto.
Demetria: Exatamente. Eu não vou te perdoar. Eu não posso, eu não consigo, e eu não quero. Você não pode voltar pra casa como se nada tivesse acontecido, porque aconteceu. Se tivesse preservado o amor que eu sentia por você, talvez agora nós estivéssemos fazendo amor, nessa poltrona, no tapete, na cama, no banheiro, em qualquer lugar. Ou talvez houvessem crianças que nos impediriam de transar com tanta liberdade. Crianças de olhos verdes, ou azuis. – Mais duas lágrimas caíram – Mas você não preservou. Está acabado agora, não importa o que você faça.
Demetria saiu dali antes
que ele pudesse lhe impedir. Entrou no quarto de hospedes, trancou a porta. Se
jogou no chão, ao lado da cama, encolheu os joelhos, se abraçou, pôs as mãos
nas têmporas, e chorou. Soluçou alto, consumida em dor. Porque ele voltara? Uma
vez que parecia que já havia acabado? Ela estava começando a reconstruir sua
vida sem ele agora, e ele voltava. E o pior: Ela o amava. Intensamente,
desorientadoramente. Ela o amava. Ouvir a voz dele, sentir sua pele, ver seus
olhos, só provou o que ela já sabia: Ela o amava.
-
Demetria acordou na manhã seguinte, e nem percebeu que havia adormecido.
Chorara o que havia para chorar, chorara o que precisava para ser forte e não
chorar novamente. Adormeceu no tapete. Seus olhos estavam inchados, e ela
percebeu que não estava no chão. Estava na cama do quarto de hospedes,
confortavelmente coberta. Seus olhos protestaram, ardendo, quando ela os abriu.
Ela gemeu, consternada. Então percebeu que sua mão não estava vazia.
Havia um cartão branco, uma
rosa vermelha, e havia uma aliança dourada em sua mão esquerda. Ela pegou o
cartão antes que pudesse calcular.Ma Belle,
Quando você acordar, provavelmente não estarei em casa. Você sabe onde me encontrar. Fez frio durante a madrugada, e eu não podia deixar você dormindo no chão frio. Não considere o que fiz como invasão do seu espaço; foi uma tentativa de protegê-la. Quero dizer que pensei durante toda a noite sobre o que conversamos, e precisa saber que eu sinto muito. Sinceramente. Errei, e muito, mas nunca em vida quis magoá-la. Estarei de volta em breve, e poderemos conversar com mais calma. Não pense que eu não desisti. Não se irrite precocemente, não faça nenhuma bobagem, e se cuide. Fique bem.
Joseph.
P.S.: Eu te Amo.
Proximo Capitulo...
Ameeei
ResponderExcluirJoseph seu fdp
poosta logoo
Posta mais um hoje por favor
ResponderExcluirPosta mais um
ResponderExcluirPosta mais hoje
ResponderExcluirposta mais amei
ResponderExcluirAmoo seu blog, principalmente pq você posta todos os dias e tem compromisso com suas leitoras :)
ResponderExcluirPosta +
ResponderExcluirOMG! Posta Logo e por favor faz uma MARATONA!! (Sabe o q seria mais perfeito ainda na hist é q se acada cap ta além de ter só a parte da Demi e meio q a versão dela podia ter a do Joe so pra nós sabermos o pq dele fazer tudo isso, sla)BJOS
ResponderExcluirsaudades de fic *-* obrigada por voc existir e postar essa fic de novo
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