Historias

terça-feira, 30 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 25


Dani fez uma pequena careta.
Ora, acredita mesmo que esse é meu estilo habitual? Pois posso lhe garantir que não é.
Deixe-me adivinhar — Demi falou, levando a ponta dos dedos à testa como se estivesse mentalizando algo. — Esse seu visual um tanto assustador é só para irritar Joe, não?
Uma sonora gargalhada escapou dos lábios tingidos de preto.
Claro! Ei, acabo de ter uma idéia. Se importaria se em vez de ir à piscina do clube eu nadasse aqui, na sua?
A abordagem direta pegou Demi de surpresa. Claro que já entendera que aquela era a intenção de Danielle, mas jamais imaginara que ela pudesse ser tão objetiva.
Não é seguro nadar sozinha — tentou dissuadi-la, sem comprometer-se.
Dani olhou em torno de si mais uma vez.
Quem mora aqui com você?
Ninguém. Apenas eu.
Como? Quer dizer que nada sozinha, Demi Lovato? Demi a fitou boquiaberta.
Pode parar, mocinha. Sei muito bem aonde quer chegar e a resposta é "não". Não permito que ninguém nade em minha piscina, a menos que eu esteja em casa.
Creio que você está em casa agora — Dani argumentou e riu outra vez.
Pequena trapaceira!. Demi pensou, e, ainda tentando desencorajá-la, acrescentou:
Não conheço seu pai, Dani. Por isso, duvido que ele a deixaria nadar em minha casa.
Tenho certeza de que Joe deixará se você for até lá e se apresentar.
De jeito nenhum! — protestou, lembrando-se do que dissera a Joe sobre cada um ficar do seu lado da rua.
No entanto, antes que pudesse impedir, Dani já tinha levantado e saía correndo pelo portão lateral, ao mesmo tempo em que gritava:
Vou dizer a Joe que você virá!
— Espere! — Demi pediu. — Você esqueceu Kiwi!
Mas era tarde demais, porque o portão foi fechado e Danielle Jonas desapareceu tão repentinamente quanto tinha surgido, alguns minutos antes.

Joe estava em pânico desde o momento em que percebera que Danielle e o estranho cãozinho haviam sumido. Decidira deixá-la dormir até as nove no domingo de manhã, por imaginar que deveria estar exausta depois das longas horas de vôo de Los Angeles até ali. Assim, foi só após ter preparado o café da manhã e subir para acordá-la que se dera conta de que os dois novos membros da família não estavam em casa.
Assustado, voltou rapidamente ao andar inferior e estava prestes a pegar o telefone para pedir ajuda quando a porta da frente foi aberta e Danielle entrou como um furacão. Ela ainda tentou driblá-lo, mas Joe a segurou pelo braço, obrigando-a a parar.
Onde esteve Danielle?
Por um instante, ela o fitou com expressão desafiadora, depois pareceu mudar de idéia.
Só fui levar Kiwi para dar uma volta.
Kiwi? — Joe repetiu, então, pensou um pouco e percebeu do que Dani estava falando. — Ah, claro, seu cãozinho, o nome até que combina com ele. Seu amigo parece uma frutinha amarronMiley.
Não parece não!
Joe riu.
Parecendo uma fruta ou não, acha que é seguro deixá-lo sozinho lá fora?
Kiwi não está sozinho! — exclamou. — Deixei-o com uma nova amiga que acabei de conhecer. E se me deixar passar, vou pegar meu biquíni para nadar um pouco.
Joe olhou para o relógio de pulso.
Lamento, mas acho que a piscina do clube do condomínio só abre depois do meio-dia, querida.
Ela o fitou exasperada.
Eu não disse que ia à piscina do clube. Minha nova amiga tem a sua própria piscina.
E será que posso perguntar quem é essa sua nova amiga?
Suspirando, Danielle livrou-se da mão que a prendia e correu para a escada.
Você logo verá — falou, antes de desaparecer.
Lamento, mas acho que a nova amiga a quem ela se refere sou eu — disse uma voz, vinda da porta da frente, que fora deixada entreaberta.
Joe virou-se no mesmo instante e o que viu o deixou aturdido. Demi estava parada no hall de entrada, carregando o cãozinho com aparência de fruta em um dos braços.
Sem entender o que lhe dera, ele deu uma sonora gargalhada.
Ah, será que foi você que certa vez me disse que crianças e cães a odiavam? — caçoou.
— Acredite-me — Demi começou a dizer, cruzando o espaço que os separava —, ninguém está mais surpreso do que eu com o que está acontecendo. Ao que parece, Kiwi foi até minha casa atraído pelo aroma de meus pãezinhos de canela. Dani, por sua vez, foi atrás dele e, antes que eu me desse conta do que estava, acontecendo, os dois decidiram que gostavam de mim. — Suspirando, curvou-se para colocar Kiwi no chão.
Joe não resistiu à tentação de provocá-la um pouco mais.

Meninas vocês merecem !!!! Beijos até amanhã !!!

Sr. Playboy - Capitulo 24


Oi, sou Dani — apresentou-se a menina, ao notar que estava sendo observada. — E você, como se chama?
Demi Lovato — respondeu, e só então se deu conta do que aquelas palavras, de fato, significavam. — Você é Danielle, a filha de Joe? — indagou, antes que pudesse se conter.
Dani franziu o cenho, a expressão amigável e casual que pairava em seu rosto desapareceu no mesmo instante.
Gosto que me chamem de Dani. E já deveria ter imaginado que conhecia Joe — comentou, com as mãos nos quadris. — Loira, seios grandes, pernas longas... É bem o tipo dele.
As palavras grosseiras chocaram Demi, mas, por alguma estranha razão, seus insultos a preveniram de que não deveria demonstrar isso.
E eu deveria ter imaginado que só poderia ser a filha de Joe Jonas, mocinha — retrucou, no mesmo tom. — Afinal, você parece mesmo alguém que acaba de chegar de Los Angeles e que, obviamente, não tem o que por aqui chamamos de boas maneiras.
Dani a fitou com grande atenção.
Demi sustentou aquele olhar examinador, não ousando recuar.
Acho que vou gostar de você — Danielle Jonas finalmente disse. — Afinal, é a única pessoa que conheci até agora que não fica me olhando com aquela expressão "pobre menina órfã".
Ah, não conte com isso — advertiu-a Demi. — Na verdade, crianças e animais, especialmente cachorros, nunca gostam de mim.
Dani deixou-se cair na cadeira vazia ao lado dela.
Caso não tenha notado, não sou criança. Já fiz treze anos.
Verdade?! — Demi simulou incredulidade. — Pensei que fosse muito mais jovem. Pessoas maduras não costumam furar o nariz para colocar essas coisas.
Ela revirou os olhos.
O piercing é falso, ok? — Sem esperar por uma resposta, tirou o estranho objeto do nariz e entregou-o a Demi, esperando que ela o observasse de perto e devolvesse para colocá-lo novamente. — Apenas prometa que não contará nada a Joe. Ele age como se isso não o incomodasse, mas sei que incomoda.
Demi deu de ombros.
— Se prefere assim, seu segredo está seguro comigo.
A menina riu.
Viu? Não disse que ia gostar de você? E Kiwi também gosta.
Kiwi?!
Danielle curvou-se, pegou o animalzinho e o ajeitou no colo.
Decidi dar o nome de Kiwi a ele porque acho que parece muito com a fruta.
Boa escolha — concordou.
Quer segurá-lo?
Não! — Demi recusou mais do que depressa.
Ora, vamos — Dani caçoou e, sem esperar por uma resposta, colocou o cachorro no colo dela. — Talvez os cachorros não tenham gostado de você no passado porque perceberam que tinha medo deles.
Demi olhou incerta para o pequeno Kiwi, que lhe retribuiu o olhar.
Faça carinho nele — Dani a instigou. — Kiwi não vai mordê-la.
Desajeitadamente, Demi tocou a cabecinha minúscula e logo o pequeno cão aninhou-se em seu colo, como se não houvesse outro lugar no mundo onde quisesse estar.
Eu não disse? — Dani sorriu. — Ele gosta de você. Parece que a maldição que fazia as crianças e cachorros te odiarem foi quebrada.
Exceto pelo fato de que você não é mais criança, não? — lembrou-a Demi. — Já tem treze anos.
Bem, treze é uma idade que me deixa perto o bastante de uma criança grande para saber o que digo — argumentou ela, olhando em torno de si com evidente aprovação. — Sabe, vou sentir vontade de ter uma piscina como a sua enquanto estiver por aqui, na "vila dos chatos".
Existe uma excelente piscina no clube de Woodberry Park — Demi contou, sem se deixar abalar pelas intenções por trás da frase aparentemente casual. — Você deveria ir até lá. Isso lhe daria a chance de fazer novos amigos na "vila dos chatos".
Não costumo fazer amigos facilmente.
Nesse caso, talvez devesse repensar esse seu visual e estilo de moda.

Meninas se vocês comentarem bastante ue posto mais um hoje a noite !! beijinhosss

domingo, 28 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 23


No entanto, precisava dar um crédito a seus novos amigos, pois eles fingiram não notar nem a aparência ultrajante de Danielle, nem seu comportamento grosseiro, o que, por certo, aborreceu sua filha ainda mais. Apenas os gêmeos de Selena, Mark e Mike, tinham sido ousados o suficiente para mencionar o visual "punk-gótico" de Danielle.
— Por acaso você é uma vampira? — Mark perguntara a certa altura.
Quando Danielle ignorou a questão, Mike comentou:
Não, ela deve ser uma zumbi, porque zumbis nunca falam.
Em uma tentativa de assustar e afastar os gêmeos, Dani tinha aberto os braços, ameaçando-os no mais puro estilo zumbi, e corrido atrás deles. Aquele, aliás, fora o seu grande erro. Por conta disso, os gêmeos não a deixaram em paz a noite toda e ela acabara cedendo e brincando de zumbi, quer gostasse ou não da idéia.
Pelo menos o cãozinho sem nome parecia ter se divertido bastante naquela noite, pois a filha de Kristen, Sonya, brincara com ele durante todo o tempo em que estiveram na casa dos Gomes. Por sorte. Demi não estivera presente, segundo Selena, ela já havia assumido um compromisso com o irmão gêmeo e a namorada, por isso não pudera comparecer. Joe, porém, ficara se perguntando se seria verdade ou apenas uma desculpa esfarrapada para não reencontrá-lo depois da caliente noite de amor que tinham vivenciado.
Se fosse honesto, reconheceria que tê-la em seus braços fora a coisa mais maravilhosa que poderia ter lhe acontecido, mas, aquele relacionamento inesperado e surreal era algo que ainda não conseguia entender direito. Primeiro, Demi o tratava como se o odiasse; depois confessava que tivera uma paixonite adolescente por ele; partira; em seguida batera a sua porta; entregara-se ao desejo e lhe propiciara a maior e mais bela noite de paixão e sedução que já experimentara. Que mulher imprevisível!
Imprevisível, mas deliciosamente sedutora — falou consigo mesmo, enquanto caminhava para o quarto de Danielle, que não lhe dissera uma só palavra após terem retomado da casa dos Gomes, limitando-se a subir para o seu quarto. — É, Joe, seu tolo, pensou que seria fácil? Bem-vindo ao mundo dos pais de adolescentes — falou consigo mesmo, batendo de leve na porta.
Quando não houve resposta, girou a maçaneta e espiou no interior do quarto que mandara decorar para a filha.
Danielle estava profundamente adormecida, com o cãozinho a seus pés. Com cuidado, Joe pegou o controle-remoto do criado-mudo, desligou a tevê, mas antes de sair, parou ao lado da cama e fitou Danielle durante um longo tempo.
Intratável ou não, vestida como uma delicada menininha ou como uma "punk-gótica" como ela se autodenominara, o importante era que finalmente sua filha estava em casa. Assim, movido por um impulso paternal que a muito havia reprimido dentro de si, Joe curvou-se, cobriu-a com o edredom e depositou um beijo no alto da testa altiva pela primeira vez, desde que Dani era apenas um bebê de dois meses de idade e a mãe a levara para longe dele.
E não havia nada no mundo comparável ao amor e à felicidade que o inundou naquele momento. Sim, valia a pena desistir de tudo o mais para ser o pai que Danielle nunca tivera.

Em manhãs ensolaradas de domingo como aquela. Demi gostava de tomar seu café da manhã ao lado da piscina enquanto lia o jornal. Domingo era o único dia da semana que se permitia sair um pouco da rotina e comer algo mais doce e calórico, como os pãezinhos de canela que acabara de tirar do forno.
Assim, ela cantarolou uma de suas canções favoritas enquanto preparava a mesa de ferro que ficava no pátio, junto à piscina em forma de feijão. Com todo o cuidado, colocou a travessa com os pães de canela bem no centro da mesa, sabendo que se limitaria a comer dois ou três, no máximo, depois daria o restante aos filhos de Selena e à pequena Sonya, que amava doces, mas os evitava sempre que podia. Satisfeita consigo mesma, colocou a jarra com o suco de laranja recém-preparado bem ao lado e arrumou os talheres que faltavam com muito capricho.
Gostava de uma mesa bem-arrumada e podia se dar a esse luxo nos fins de semana, quando não ia para a imobiliária que, aliás, estava cada vez mais movimentada. Por último, abriu o jornal a fim de começar a leitura pelas manchetes principais. No entanto, quando se sentou na cadeira de almofadas listradas de azul-marinho e branco vislumbrou um movimento inesperado pelo canto dos olhos e enrijeceu-se.
Quem seria?
Há muito tinha dito a si mesma que precisava trocar a fechadura do portão lateral, mas sempre esquecia de fazer isso. Portanto, não era de admirar que agora alguma coisa ou alguém o estivesse abrindo. Movida por um impulso, pegou rapidamente a faca que deixara sobre a mesa.
Mas o que é isso?! — gemeu incerta, ao ver um minúsculo ser marrom-acinzentado passar pelo portão. Seria um esquilo? Um rato? Não! Era um cão!
A surpresa maior aconteceu quando atrás do pequeno animal surgiu a figura de uma garota toda vestida de preto, com mechas coloridas nos cabelos escuros e um piercing barulhento no nariz.
Sem se fazer de rogado, o cão aproximou-se de Demi e começou a roçar as patas na cadeira de ferro, antes de emitir um latido, o que confirmou que, de fato, era um cãozinho minúsculo, e não qualquer outro animal.
Ele deve ter sentido o cheiro de seu café da manhã — disse a garota, entrando no pátio e seguindo em direção a Demi. Então, deu mais alguns passos, olhando do prato com os pães de canela para ela. — Se lhe der um pedaço desse pãozinho, ele a deixará em paz.
Demi fez o que lhe era dito e observou a garota com atenção. Os olhos verdes estavam emoldurados pelo mesmo tom preto dos lábios, mas, a despeito disso, ela era surpreendentemente bonita.

Próximo Capitulo....

Meninas que comentaram obrigada !!! e vou fazer um post especial para as divulgações que foram pedidas ok ? não esqueci !!! até mais !!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 22


Imperturbável, Joe terminou de colocar a bagagem no carro e encarou a filha.
Você não está mais em Los Angeles, Danielle — lembrou-a sem se alterar. — Se não quiser participar do revezamento de carro, pode optar por usar o ônibus escolar. A escolha é sua.
Dani resmungou algumas palavras incompreensíveis e entrou na parte de trás da van.
O estranho animal que ela carregava no colo deu um latido assustado com o solavanco provocado pelo gesto abrupto.
Pensei que se sentaria na frente comigo — disse Joe, disfarçando um sorriso.
E eu pensei que gostaria que eu praticasse um pouco antes de começar o tal revezamento de carro — revidou ela, emburrada.
Joe suspirou e a encarou pelo retrovisor.
Sei que isso é uma grande mudança para você, querida. Mas tudo o que peço é que nos dê uma chance. Está mais do que na hora de conhecermos um ao outro como pai e filha devem se conhecer.
Danielle não se dignou a responder.
— Woodberry Park é um condomínio muito agradável e acho que é um excelente lugar para morarmos. Temos ótimos vizinhos. Imaginei que gostaria de conhecê-los e por isso aceitei o convite de Selena e Nick Gomes para jantar esta noite. Será uma espécie de jantar de boas
-vindas para você.
Por acaso não lhe passou pela cabeça que eu poderia estar cansada depois de uma longa viagem? — empertigou-se ela.
Joe não se deixou abater. Em vez disso, riu e avisou-a:
Minha querida, não perca seu tempo tentando me irritar. Estou disposto a fazer as coisas funcionarem entre nós. Você pode andar por aí vestida com essas roupas e adereços estranhos, e ainda por cima me insultar com seus comentários ferinos. Mas adianto-lhe que não vai funcionar. Estamos presos um ao outro, pelo menos pelos próximos seis meses. Você é minha filha e não vou desistir facilmente.
Danielle virou o rosto e fingiu prestar atenção à paisagem que se descortinava diante de seus olhos. Natta tinha razão quando dissera que Joe tentaria enganá-la e que fingiria que desejava, de fato, que tivessem um relacionamento normal de pai e filha. Bem, isso só a fazia querer ir embora de Chicago o mais rápido possível e não mediria esforços para conseguir o que queria.
Um sorriso maldoso brincou nos lábios tingidos de preto quando Dani pensou no título que daria à redação quando seu professor de inglês pedisse para escrever um texto sobre como passara as lérias de verão. Sim, "Como transformei a vida de meu pai em um verdadeiro inferno nos últimos meses" seria um título mais que perfeito.
Por que estamos parando aqui? — indagou ela, após algum tempo, ao ver Joe estacionar diante de um pequeno centro comercial.
Precisamos fazer algumas compras. Você esqueceu de me informar que eu deveria comprar ração para cachorro. Além do quê, precisa me dizer o que esse seu amiguinho costuma comer, porque não faço a menor idéia do que seja.
Não se preocupe, trouxe um pouco de ração em minha bagagem — informou-o brevemente. — Depois dou o nome para a sua governanta colocar na lista de compras.
Impossível, querida. Não temos governanta, nem empregada, nem nada parecido. Em Woodberry Park seremos apenas eu, você e seu amiguinho aí.
Como?! Se não tem empregadas? Quem fará a comida, cuidará da roupa e da casa?
Nós dois, é claro — Joe respondeu com a maior naturalidade do mundo.
Danielle deu uma sonora gargalhada.
Então voltarei para Los Angeles mais rápido do que eu imaginava — respondeu ela. — Existem leis contra trabalho infantil nesse país, sabia? Espere até a assistente social ouvir isso.
Bem, vou correr o risco.
Danielle não estava preparada quando ele estendeu a mão e acariciou a cabeça do seu cãozinho.
Totó — Joe começou a dizer carinhosamente —, você precisa explicar a sua amiga Dorothy que ela não está mais no Kansas.
Muito engraçado — Dani resmungou — E o nome dele não é Totó.
Não? Como é, então?
Ela franziu o cenho.
Ainda não decidi — admitiu, mas por nada no mundo confessaria a Joe que ganhara o cãozinho engraçado havia poucos dias. Afinal, Natta odiava animais dentro de casa. Talvez por isso sua avó tivesse tido a idéia de comprar um cão exótico e agitado para infernizar a vida de Joe.
Tenho certeza de que logo pensará em um nome bem interessante, querida. Não se preocupe com isso. Agora, venha — chamou-a, descendo da van. — Precisamos mesmo fazer nossas compras.
É pelo jeito não estava mesmo mais no Kansas, Danielle pensou, ao acompanhar o pai. Só lhe restava saber o que aquele mágico mundo de Oz lhe reservava.

Joe deixou escapar um suspiro à medida que caminhava pelo corredor. Danielle tinha sido o epítome da adolescente mimada e mal-educada durante o jantar da casa dos Gomes. Ela mal pronunciara uma palavra e ainda quase tivera uma crise quando Selena sugeriu que se quisesse poderia se reunir às outras crianças na sala de tevê. Além disso, Joe notara que as respostas secas e curtas de sua filha haviam irritado todos os presentes.

Próximo Capitulo...

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 21


Joe andava de um lado para outro do terminal como se fosse um leão enjaulado, ansiando pelos velhos tempos em que as pessoas poderiam ficar ao lado do portão de desembarque espetando por seus entes queridos. Também estava começando a se arrepender de ter ouvido o conselho de seu advogado e recusado a oferta de Ranatta de mandar Danielle para Chicago em seu jato particular. Mas, afinal, seu advogado tinha insistido que quanto antes deixasse claro para a ex-sogra que era ele quem estava no comando, melhor.
Após a morte de Carla, Ranatta não teria mais como chantageá-lo com a velha história de que se tentasse tirar Danielle de Los Angeles a filha morreria. Sim, Joe sabia que Carla tinha sido uma pessoa fraca, entregue a seus próprios vícios, e não queria que a filha sofresse por causa da fraqueza da mãe, por isso, durante anos havia se calado e deixado as coisas como estavam. Agora, porém, tudo havia mudado, era seu direito e dever de pai cuidar de Danielle e fazê-la feliz.
Nervoso, checou o relógio mais uma vez. De acordo com as informações do painel do aeroporto, o avião de Danielle já havia aterrissado e se tudo saísse como esperado sua filha deveria ser trazida até ele em questão de minutos. Joe estava tão absorto em seus pensamentos que demorou a perceber um carro elétrico da segurança do aeroporto se aproximando.
Sr. Jonas?
Ele virou-se, mas demorou algum tempo para reconhecer Danielle sentada no carro elétrico ao lado do segurança. O primeiro pensamento que teve foi: "O que fizeram com minha linda filhinha?". Vira Dani há pouco mais de um mês, e percebera que a filha estava furiosa por ter de se mudar para Chicago, mas nada poderia tê-lo preparado para o choque desse momento.
Danielle estava toda vestida de preto e, o pior, os cabelos escuros e geralmente impecáveis agora tinham listras vermelhas e roxas, além de uma grande mecha pink caindo junto ao rosto bonito. Os olhos e a boca, outrora bonitos, tinham sido contornados por uma maquiagem tão escura quanto aquelas usadas no halloween. No entanto, foi o piercing preso na lateral do nariz delicado que deixou Joe mais preocupado.
Se havia uma atitude que era um típico grito por ajuda, essa estava bem diante dele. Tal percepção bastou para inundá-lo de tristeza, levando-o a se perguntar se a tragédia que se abatera sobre Carla os perseguiria durante o resto de suas vidas.
Apesar disso, quando Danielle finalmente saiu do carro do segurança e se uniu a ele, Joe já havia se recomposto e forçou um sorriso:
Bem-vinda a...
Ao inferno — a menina completou por ele.
Eu ia dizer a Chicago, querida — comentou, rindo. — Porque, pelo jeito, você já passou no inferno antes de vir para cá.
Ora, esse é meu novo visual "punk-gótico" — Danielle retrucou. — É melhor se acostumar — completou, afastando os cabelos longos do rosto e murmurando alto o suficiente para que Joe e o segurança pudessem ouvi-la. — Se tenho de morar no inferno, é melhor que esteja vestida a caráter.
Joe exibiu um sorriso de desculpa para o segurança.
Adolescentes — disse, dando de ombros.
O homem sorriu e aceitou a gorjeta que lhe era oferecida.
Foi então que Joe teve outra grande surpresa, pois antes de partir o segurança entregou-lhe a bagagem de Danielle, sobre a qual estava uma pequena gaiola para transporte de animais. Obedecendo a um impulso, ele pegou o objeto e espiou o que havia dentro.
Um rato?! — exclamou, aturdido.
Danielle tirou-lhe a gaiola das mãos e colocou-a no chão.
Não é um rato! — corrigiu-o, indignada. — É um cão-de-crista chinês com pedigree e tudo. — Mal terminou de falar, curvou-se e pegou o animal, que mais parecia um rato marrom-acinzentado, sem pêlos, exceto pelos tufos mais claros nas orelhas e na cauda.
Ele já foi domesticado e treinado para viver dentro de casa? — Joe perguntou, franzindo o cenho.
Bem, ainda estou trabalhando nisso — respondeu Danielle, dirigindo-lhe um sorriso irônico que produziu um estranho som no piercing colocado na narina direita.
Por que será que isso não me surpreende?—Joe comentou, tirando o celular do bolso e entregando-o a ela. — Tome, ligue para sua avó e diga que chegou bem.

Você quer que eu entre nesse carro? — Danielle falou, parando bruscamente diante da van em que Joe acomodava sua bagagem.
Bem, percebo que é um carro muito diferente da luxuosa limusine de sua avó, mas quando as aulas da escola pública local começarem, após as férias de verão, precisaremos de uma van para fazermos revezamento de carro com os outros pais do condomínio.
Revezamento de carro?! — Danielle quase gritou. — E o que quer dizer com escola pública? Sempre estudei em colégios particulares em Los Angeles!

Próximo Capitulo....

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 20


Danielle fechou o celular e recostou a cabeça na poltrona, perguntando-se por que não tinha fugido daquela família no instante em que aprendera a andar. Não conseguia imaginar como ser uma garota de rua, sem pais ou dinheiro para se manter, poderia ser pior do que ser a filha de duas pessoas famosas que mal se davam conta de sua existência. Não, definitivamente, preferia viver nas ruas a ter tido pais como Carla e Joe, e, ainda por cima, uma avó controladora como Renatta Harper.
Por uma fração de segundo, a ira tomou conta de Danielle Harper Jonas. Aquele sentimento era terrível, mas nunca durava muito tempo... apenas o suficiente para ajudá-la a sobreviver. Fora o que acontecera quando Carla morreu naquele acidente. Ela mio havia derramado uma lágrima pela morte da mãe. Odiava admitir isso, mas de certa forma era mais fácil lidar com a ausência da mãe morta do que com uma mãe viva, mas ausente, se é que o trocadilho poderia fazer sentido para alguém que mal via a mãe, que estava sempre perdida em seu próprio mundo.
Danielle, porém, não queria pensar na mãe, nem no pai, o belo astro de beisebol que aparecia em um comercial no horário nobre da tevê usando apenas cuecas e arrancando suspiros de todas as mulheres, inclusive da mãe de suas amigas e de algumas de suas professoras do colégio. Um homem que apesar de tão atraente não deveria ser muito inteligente, porque a convidara para fazer um passeio na Disney logo após o funeral de Carla.
Disney?! Ela, que tinha treze anos, ir para a Disney?! Será que Joe não sabia que não era mais uma criancinha para se encantar com Cinderela e companhia? Em vez disso, tinha preferido esconder-se na casa de sua melhor amiga, Hayley Watson. Uma opção muito melhor do que ir para a Disney na companhia de um pai que vira, no máximo, umas trinta vezes ao longo de toda a sua vida.
Ah, sim, Joe costumava visitá-la em Los Angeles duas vezes por ano, em seu aniversário e no Natal. Grande coisa!, pensou Danielle. Odiava aquelas visitas, pois nunca sabiam ao certo o que dizer um ao outro. Odiava mais ainda sentar-se diante de Joe num restaurante famoso enquanto Raoul, o motorista de sua avó, os supervisionava de perto para saber se tudo estava de acordo com as instruções da poderosa Sra. Harper.
Se Joe, de fato, quisesse conhecê-la, por que não exigira passar mais tempo em sua companhia? Poderia tê-la convidado para passar as férias em Chicago ou qualquer outro lugar do país ou do mundo. Tinha vários amigos cujos pais eram separados e que passavam as férias na casa daquele que ficava mais distante durante o período de aulas. Era até um arranjo bem simples. Mas Joe, com certeza, não pensava assim, porque jamais fizera nada para se aproximar dela. Exceto, é claro, no mês anterior quando Danielle pedira para ficar em Los Angeles e o pai negara dizendo que os dois mereciam uma outra chance.
Bem, tinha novidades para o grande Joe Jonas. Não haveria outra chance, pois ele estragara todas as que lhe dera. Danielle suspirou e curvando-se para uma pequena caixa mantida no chão do avião, murmurou:
— Fique bonzinho que volto logo. — Levantando-se, pegou sua mochila e seguiu para o toalete da primeira classe.
Quinze minutos depois, ela saiu do toalete e, pelo olhar surpreso da aeromoça, era óbvio que sua missão tinha sido um grande sucesso. Por isso, ao sentar-se novamente em sua poltrona, um largo sorriso brincou nos lábios cobertos por um forte batom preto.
Joe ainda não sabia, mas a garotinha do papai estava prestes a brindá-lo com o maior choque de sua vida.

Próximo Capitulo....

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 19


Sentia-se envergonhada por ter ficado tão irritada com seu irmão na ocasião. Aliás, sua ira fora tamanha que jogara a caixa de preservativos no banco de trás do Mercedes e colocara Taylor para fora do carro. Só quando pegara sua bolsa, após ter deixado Joe em casa, que a encontrara novamente.
Quando pegara a caixa de preservativos do carro. Demi tinha sido dominada por uma forte sensação de que o destino estava conspirando a seu favor e que lhe dava a oportunidade de viver ao menos uma de suas fantasias românticas. Por isso, deixara a bolsa em casa e não pensara duas vezes antes de correr para os braços de seu "homentástico", exigindo que ele a amasse, sem compromissos, remorsos ou qualquer laço mais profundo.
E aquela fora a noite mais maravilhosa de sua vida. Ter os lábios de Joe sobre os seus, a pele desnuda roçando na sua e depois experimentar o mais intenso momento de prazer que uma mulher poderia imaginar tinha valido a pena. No entanto, o problema era que depois disso nunca mais voltaria a ser a mesma. Como esquecer a sensação inebriante de sentir Joe mergulhando em seu corpo e propiciando-lhe o maior de todos os prazeres? Depois de ter sido amada por um "homentástico", ninguém mais lhe pareceria bom o bastante...

Eles não tiveram a ousadia de colocar outra pessoa ao seu lado, tiveram? — Ranatta Harper indagou no instante em que Danielle atendeu o celular.
Não, Natta — Danielle respondeu a avó. — Não tem ninguém sentado ao meu lado.
É bom mesmo que não tenha, porque paguei uma verdadeira fortuna para que você tivesse total privacidade durante o vôo.
Danielle revirou os olhos, aborrecida. Sua avó não mudava nunca.
E assim que chegar a Chicago quero que fique com os olhos e ouvidos bem abertos, ouviu bem? Esteja atenta vinte e quatro horas por dia. Joe pode ter enganado o idiota do juiz, mas não a mim. E também não será capaz de enganar a você, a não ser que o deixe fazer isso. Compreendeu?
Sim, Natta.
Entretanto, Danielle colocou o celular sobre o assento ao lado do seu, o mesmo pelo qual sua avó pagara uma verdadeira fortuna, a fim de entregar a bandeja vazia para a aeromoça que aguardava a seu lado. Quando voltou a colocar o aparelho no ouvido, a avó prosseguia, inclemente:
Será apenas uma questão de tempo até que Joe cometa um erro que acabará para sempre com essa história de custódia temporária. Estou contando com você para ficar atenta e me reportar todos os passos dele. Fui clara?
Sim, Natta — repetiu Danielle, como sempre fazia. — Já falamos sobre isso milhares de vezes.
E vamos continuar falando até conseguir flagrar Joe no primeiro passo em falso que ele der, mocinha — Ranatta retrucou com uma ponta de irritação a permear-lhe a voz. — A menos, é claro, que tenha mudado de idéia sobre ser modelo — acrescentou, num tom do tipo "como pode ser tão ingrata". — Quem sabe não prefira viver num condomínio suburbano de Chicago com um pai que mal conhece a alçar vôos mais altos em uma carreira de modelo?
Dessa vez, Danielle deixou escapar um suspiro exasperado.
Nunca mudarei de idéia sobre o que desejo para minha vida, Natta. Não sei por que está dizendo isso!
Melhor assim! — Ranatta Harper exclamou. — Vamos repassar nosso plano mais uma vez. Depois que chegar a Chicago podemos não ter outra oportunidade de nos falarmos por muito tempo.
Danielle assentiu e repassou em voz alta o que as duas haviam combinado antes de ela embarcar.
Bem, terei de fazer da vida de Joe um verdadeiro inferno. Deverei descobrir tudo sobre as mulheres com quem ele sai e contar a você para que possa informar ao detetive particular que vai investigá-lo. Fora isso, também devo deixar claro para a assistente social encarregada do caso do quanto sou infeliz na companhia de um pai que só pensa em suas namoradas e em festas.
E que você mal o conhece — Ranatta lembrou-a.
Certo, e que mal o conheço — repetiu Danielle.
E não esqueça de que deve manter o celular bem escondido. Seu pai é um tolo se pensa que pode limitar nosso contato aos telefonemas de domingo à noite. Espero que me ligue diariamente para me informar de tudo o que está acontecendo. Estamos entendidas?
Sim, Natta.
O suspiro de Ranatta pôde ser ouvido do outro lado da linha.
Sei que sou uma pessoa controladora, Danielle, mas ficar no controle das coisas é a única maneira de lidar com qualquer situação. Acredite quando digo que Joe está mais interessado em se vingar de mim do que em ganhar sua custódia permanente. Ele ainda me culpa por Carla tê-lo abandonado.
Não se preocupe, Natta — Danielle tranqüilizou-a. — Não permitirei que Joe me engane.
Essa é a minha garota — Ranatta elogiou-a, feliz consigo mesma por ter convencido a neta de que tinha razão. — Não esqueça de me ligar o mais rápido possível.
Então, como de costume, a grande magnata do mundo da moda desligou o telefone sem nem ao menos se despedir.

Próximo Capitulo...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sr. Playboy - Capitulo 18


Joe a fitou com um sorriso.
Detesto contrariá-la, mas isso não é exatamente o que um homem aprecia ouvir após cinco horas de sexo intenso e maravilhoso.
Vamos, Joe. Sabe que não foi um comentário pessoal — esclareceu Demi.
Não?
Não, é só uma questão de que neste momento não existe espaço em nossas vidas para uma relação como essa. Você tem sua filha, eu meu trabalho e nós dois estamos convencidos de que devemos manter o foco em nossos maiores interesses se quisermos que as coisas saiam como o planejado, certo? Além do mais, temos uma preocupação.
Nossos vizinhos?
Exatamente — admitiu Demi. — Kristen, Selena e Miley não me deixariam em paz se descobrissem o que aconteceu.
Perscrutando-a com o olhar, ele sentou-se na cama e recostou-se contra os travesseiros. Parecia mais belo e sexy do que nunca. No entanto, a expressão do rosto anguloso era quase indecifrável.
Pensativo? Arrependido? Furioso? Demi não saberia dizer.
Ora, pare com isso, Demi — Joe disse, por fim. — Somos adultos e solteiros. O que poderia haver de tão ruim se os vizinhos descobrissem que passamos uma noite juntos?
Responda você mesmo. Como se sentiria se, quando sua filha chegasse, a vizinhança inteira estivesse comentando que o pai dela está dormindo com a vizinha da casa em frente?
O simples comentário o abalou.
Tem razão, não posso correr o risco de que fofocas como essas se espalhem. Não com a questão da custódia definitiva de Danielle ainda pendente no tribunal. Serei vigiado por uma assistente social durante seis meses e tenho de provar que sou respeitável e confiável.
Entende agora o que quero dizer? — Demi aproveitou a deixa. — Quanto a mim, por mais que adore Selena, devo preveni-lo de que minha amiga não consegue guardar um segredo por muito tempo.
Ah, isso não é justo! — reclamou Joe.
O que não é justo?
Desta vez, um largo sorriso iluminou as feições bronzeadas.
Que nossos caminhos tenham se cruzado justo agora, em vez de ter acontecido na época em que eu era seu ídolo e que tinha fantasias românticas a meu respeito.
Demi revirou os olhos, aborrecida.
Céus, nunca deveria ter lhe contado isso! — Erguendo um dedo, apontou-o em direção à cama. — Prometa que nunca dirá uma palavra sobre isso a ninguém, Joe Jonas!
De novo, ele riu.
Prometo, mas só se também prometer que serei o único objeto de seus desejos secretos quando o tal Clube da Fantasia se reunir outra vez.
Essa não é uma boa idéia. Além do mais, não vai querer que depois das reuniões de sábado à noite eu passe em sua casa, quando sua filha estiver aqui.
Tem razão. — Ele emitiu um longo suspiro e pareceu pensar por um instante. — E que tal se criássemos uma espécie de hot line e nos falássemos ao final da noite por telefone? Isso acalmaria nossa libido e nossos pobres corações.
Demi fez uma careta.
Não creio que seja uma boa idéia. Selena pode farejar essas coisas de longe.
Quer dizer então que depois dessa noite maravilhosa estou realmente morto para você?
Sim, você fica do seu lado da rua que ficarei do meu.
Não sei por que, mas isso não me parece uma política de boa vizinhança. Tem certeza de que não podemos ser amigos?
Acho melhor você estreitar sua amizade com os casais que tem filhos — sugeriu ela. — E é bom que saiba desde já que crianças e cães me odeiam. Portanto, sua filha também não se sentirá muito à vontade em minha companhia.
Acho que está exagerando, mas se prefere assim. — Ele fez menção de sair da cama, mas Demi o deteve.
Por favor, Joe, fique onde está. Tivemos uma noite maravilhosa, mas acabou. Para o bem de todos, vamos deixar as coisas como estão.
Então, com movimentos ágeis, colocou o vestido preto e saiu da casa de Joe antes que ele pudesse detê-la. Logo atravessava a rua com as sandálias nas mãos, deixando para trás o ladrão que roubara seu coração quinze anos atrás.
Claro que tinha consciência de que aquela fora a maior loucura que já cometera na vida. Mas será que até mesmo a mais lúcida das mulheres teria rejeitado a oportunidade de viver uma noite de paixão com aquele que fora o alvo de suas fantasias românticas durante tanto tempo?
Sua experiência lhe dizia que não.
Além disso, Taylor também contribuíra para que ela tomasse aquela decisão intempestiva. Na realidade, fora a atitude de seu irmão que acabara por empurrá-la em direção a Joe. Não fosse pelo fato de Taylor tê-la convidado para almoçar na sexta-feira, ter-lhe feito um sermão sobre a necessidade de se manter longe de Joe, e, ao final do almoço, ainda ter lhe dado aquela caixa de preservativos, alertando-a de que caso não resistisse, deveria, pelo menos, estar prevenida, nada daquilo teria acontecido.