— Droga! — ela gemeu ao ver Joe
fazer sinal para manobrar primeiro, sem nem ao menos ousar encará-la. Irritada,
apertou a buzina com toda a força.
Desta vez, Joe abaixou o vidro e colocou a cabeça
para fora do carro.
— Ei, por que não vem comigo? — Demi
gritou, achando que aquela era sua chance de desmascará-lo. — Vamos ao hospital
e moramos no mesmo lugar, portanto, é tolice usarmos dois carros.
Joe não respondeu de imediato. Durante um longo
tempo, continuou a fitá-la como se ela estivesse falando em grego.
— Algum problema? — insistiu Demi,
com fingida inocência.
Um leve menear de cabeça indicou que ele havia
desistido de lutar contra o inevitável. Demi sorriu secretamente, pois
imaginava que tudo que precisaria para Joe, o Lobo, revelar sua verdadeira
natureza era os dois ficarem algum tempo sozinhos. Aí, sim, provaria que tinha
razão e as outras garotas do Clube da Fantasia não poderiam mais importuná-la
com aquela história de que ela e Joe, o Lobo, Jonas eram perfeitos um para o
outro.
Aborrecido, Joe contornou o Mercedes seda preto de Demi
e acomodou-se ao lado dela, como um condenado que acaba de ser enviado à forca.
Deveria ter recusado a oferta. Entretanto, alguma
coisa lhe dizia que Demi o estava testando. Exatamente como fizera durante todo
o jantar, quando o perscrutara com o olhar a espera de vê-lo dar um passo em falso.
E passos em falso era algo que Joe não podia se dar ao luxo de fazer. Não com
Ranatta Harper à espreita, para tentar tirar-lhe a guarda de Danielle. Havia
também a assistente social que entrevistaria todos de tempos em tempos, desde
os futuros professores de sua filha até os moradores de Woodberry Park,
inclusive Demi. Fora por isso que aceitara a sugestão dela.
Sem dúvida, a bela srta. Lovato já tinha uma opinião
formada a seu respeito, mas estava muito enganada se acreditava que lhe daria
motivos para confirmar todas as coisas ruins que pensava. Desse modo, Joe fez
um esforço gigantesco para demonstrar naturalidade ao ajeitar-se no banco de
couro e focar a estrada a sua frente. Não daria à sedutora Demi nenhuma razão
para falar mal a seu respeito.
Na realidade, era bom que ela nunca soubesse que
quando tirara o carro da garagem jamais tivera a intenção de ir até o hospital.
Por que faria isso? Não estava acostumado com a vida em um condomínio familiar
e com a dinâmica mais íntima das relações entre as pessoas. Nunca antes
vivenciara nada similar. Ainda assim, seu senso de solidariedade o prevenia de
que não deveria dizer a ninguém que em lugar de dar apoio aos vizinhos, cujo
bebê estava prestes a nascer, estava seguindo para um bar próximo do estádio Wrigley
Field, onde os fãs do esporte costumavam se reunir às sextas-feiras à noite.
Ali ele era uma celebridade, mesmo tendo se aposentado há algum tempo, e se
sentia bem conversando com os freqüentadores e com o dono do bar, que já lhe
dera um lugar cativo no balcão.
No entanto, o novo Joe, aquele que estava disposto a
ser um superpai para Danielle, tinha de agir diferente, aprender a viver em
comunidade e ser solícito para com o problema dos outros. Por isso, ele faria o
papel de bom vizinho e acompanharia Demi até o hospital, sem se deixar seduzir
pela maneira provocante como o vestido preto subia e deixava a pele bronzeada
das coxas femininas à mostra, à medida que ela pisava no freio e no acelerador.
Sim, o novo Joe não sucumbiria aos anseios do próprio
corpo ou a maneira como seu coração batia descompassado diante de sua linda
vizinha.
Certo, por
quanto tempo ainda ele vai bancar o indiferente comigo?, considerou Demi,
observando-o de soslaio.
Fazia pelo menos cinco minutos que Joe entrara no
carro e continuava a fitar a estrada a sua frente como se ela fosse invisível ou algo parecido. E isso a deixava
fora de si. Nunca nenhum homem a ignorara por tanto tempo. Joe não seria o
primeiro a fazê-lo, nem se para tirá-lo daquele mutismo fosse preciso
usar todos os seus atributos, físicos e mentais.
— Posso te fazer uma pergunta? —
indagou ela, sem perder tempo com rodeios.
Joe finalmente virou-se em sua direção. Demi não
esperou que ele lhe desse permissão e prosseguiu:
— Por que os Cubs? Quero dizer, por que um jogador
tão talentoso como você ficou tanto tempo em um time como os Cubs quando
poderia ter escolhido qualquer equipe do país ou do mundo para jogar?
Um músculo pulsou no maxilar anguloso, sinal de que
o estava aborrecendo.
— Bem, digamos que sou fiel às
minhas origens, embora você pense ao contrário — Joe respondeu, dando de
ombros.
— Ora, vamos, não me diga que ainda
está zangado comigo por causa do que me ouviu dizer naquele fatídico café da
manhã de segunda-feira? Eu estava furiosa com Miley, não com você. Além disso,
como fez questão de frisar, não fui a primeira mulher a questionar seu caráter.
Pelo que dizem os tablóides, muitas já fizeram isso.
Joe a retalhou com o olhar.
— Você é sempre assim tão objetiva
e direta, Demi? Ou estava fazendo um esforço especial comigo? — Joe indagou com
ironia.
— Digamos que um pouquinho de cada
coisa — respondeu ela, dirigindo-lhe outro daqueles sorrisos do tipo
"vamos flertar um pouco?"
Beijokass, comentem muito a história vai começar a esquentar.....
aaaaa lindo deeemais, muiito mesmo haha' poosta logo pleeease, era pra mim ter comentado no capitulo anterior mais bateu uma preguiça de digitar o caphta, entãão quando eu não cometar não vai ser pq eu não li foi pq eu fiquei com preguiça o que é totalmente normal pra mim kkk, maaas enfim, ta lindo demaais o capitulo, muuito mesmo, queeero ver o q vai acontecer entãão, pleeeeease, poosta logo, beeijos
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